A Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral (APMCG) manifestou hoje “indignação” pela contratação de médicos através de prestação de serviços em detrimento da “colocação célere” dos jovens médicos de família.
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Na audição, o vice-presidente da associação, Rui Nogueira, afirmou que “não se pode admitir que haja médicos mal colocados e não se pode admitir contratar médicos em horários reduzidos (35 horas)”, que depois são completados com recurso às empresas de contratação externa.
Para João Sequeira Carlos, a opção adotada pelas Administrações Regionais de Saúde (ARS) de novos contratos em horário de trabalho reduzido é uma “má gestão” de dinheiros públicos.
O deputado do Bloco de Esquerda João Semedo afirmou que, atualmente, há mais de 300 empresas que prestam serviços de contratação externa e mais de mil médicos a trabalhar neste regime.
Por outro lado, “82 por cento dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde recorrem a estes serviços. Não é bom para os profissionais e é mais dispendioso”, acrescentou.
Para Paula Santos (PCP), esta não é a solução para resolver a carência de falta de médicos: “Sai mais caro ao Estado e a eficácia não é garantida”.
Sequeira Carlos manifestou preocupação com a falta de médicos de família, uma “situação intolerável” em muitos centros de saúde, sentida pelos utentes e pelos clínicos.
Para combater este problema, a associação aponta “três eixos fundamentais”: a “reforma dos cuidados de saúde primários, a organização e reformulação dos concursos de admissão de novos médicos e a rentabilização máxima dos médicos de família disponíveis”.
Rui Nogueira notou que “houve uma evolução na celeridade de colocação dos jovens médicos, mas há assimetrias muito grandes".
“Na região de Lisboa e Vale do Tejo é onde há mais falta de médicos de família e onde é mais difícil colocá-los”, lamentou, considerando esta situação um “vício do sistema”: “Abrem-se vagas onde não são necessárias e isso cria uma desmobilização dos próprios médicos e alimentam-se as empresas de contratação externa”.
Para Rui Nogueira, a abertura de faculdades de medicina não resolve a falta de clínicos. “Nós estamos com falta de médicos, mas em 2020 teremos médicos para exportar”, acrescentou.
A ministra da Saúde, Ana Jorge, revelou na terça-feira que cerca de meio milhão de portugueses não têm atualmente médico de família, apesar do aumento do número de clínicos desta especialidade.
O Ministério da Saúde estimava assegurar que todos os portugueses tivessem o seu médico de família em 2012/2013, mas a ministra diz agora que esse objetivo só será atingido em 2015.
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