O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo, Silvino Alcaravela, disse na terça-feira, dia 3 de Outubro, na Assembleia da República, que a reestruturação prevista ainda não está validada pelo Ministério e confirmou que "existe a perspectiva" de novas privatizações de serviços nos hospitais do Centro Hospitalar do Médio Tejo.
Estas alterações dizem respeito nomeadamente ao Laser Oftalmológico e à Reabilitação, para além da Tomografia Axial Computorizada que já funciona dentro desse regime na unidade de Abrantes.
Por outro lado, Alcaravela escusou-se a precisar se as recolhas e análises para laboratório continuarão a funcionar normalmente no hospital de Torres Novas, após entrar em vigor como Serviço de Urgência Básica (SUB) no início de 2007 e com a centralização da urgência médico-cirúrgica em Abrantes, mas admitiu que aquele sector continua a trabalhar abaixo da capacidade instalada.
O responsável prestava declarações, na terça-feira, dia 3 de Outubro, na Assembleia da República onde foi ouvido pela comissão parlamentar de Saúde, no âmbito da reestruturação em curso dos três hospitais que compõem aquele centro e abrangem onze concelhos da região.
Confrontado pela deputada Helena Pinto com o facto de os estudos que sustentam este projecto não serem do conhecimento público, o administrador comprometeu-se a fazer oportunamente a sua divulgação e voltou a prometer que nenhuma das medidas será tomada sem prévia consulta aos órgãos autárquicos dos concelhos envolvidos.
Outra das questões em aberto prende-se com a rede de transportes intra-hospitalares de que depende a eficácia do atendimento de doentes nos três unidades do Médio Tejo. Silvino Alcaravela informou a comissão da Assembleia de que o concurso aberto pela sua administração foi anulado e que estão a decorrer negociações com os bombeiros da região com vista a assegurar esse serviço. Uma das condições é que as ambulâncias consigam chegar aos utentes dentro dos trinta minutos após a sua solicitação.
Quanto aos transportes nas deslocações espontâneas da iniciativa dos cidadãos, segundo Alcaravela deverão ser assegurados pela Comunidade Urbana.
A presença de Silvino Alcaravela no parlamento aconteceu no seguimento de uma proposta nesse sentido apresentada pelo deputado do Bloco de Esquerda (BE), João Semedo, no dia 20 de Junho.
"Está em curso uma reestruturação do Centro Hospitalar do Médio Tejo, instituição que integra os hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas. Segundo os seus responsáveis, este processo procura estabelecer uma adequada articulação entre aqueles hospitais, através de um melhor aproveitamento dos recursos e meios disponíveis em cada uma daquelas unidades" – argumentava o deputado do BE no documento que prosseguia: "Não se duvida da complexidade do problema, tanto mais que na origem da construção daquelas unidades estão sucessivos erros de planeamento quanto à missão, programação e dimensão de cada uma delas. É um processo que se arrasta, multiplicando-se as indefinições quanto ao modelo de funcionamento do Centro Hospitalar e ao papel a desempenhar por cada um daqueles três hospitais, nomeadamente, quanto às especialidades a manter, desactivar ou criar em cada um deles; ao número, natureza, valências e localização dos serviços de urgência; ao sistema de circulação e transporte dos doentes; e, também, quanto à sua articulação com a rede dos centros de saúde".
João Semedo acrescentava que em todo este processo tem havido falta de informação, com os responsáveis hospitalares a dizerem que estão a aguardar decisões superiores.
"Neste contexto, é natural que cresçam, entre a população, sentimentos de insegurança e intranquilidade quanto ao futuro do Centro Hospitalar, ambiente que explica as múltiplas movimentações de utentes daqueles concelhos em defesa do acesso e da qualidade dos serviços públicos" – disse ainda o deputado do BE que concluiu por requerer a audição pela comissão parlamentar de Saúde dos presidentes Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e do conselho de administração do Centro Hospitalar, Silvino Alcaravela.
O responsável da ARS acabou por não ir ao parlamento na terça-feira da semana passada.
Joaquim Lopes
Fonte: Jornal Torrejano
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