Utentes da Saúde do Médio Tejo

GASTAR BEM HOJE

PARA GANHAR MAIS SAÚDE NO FUTURO

E EVITAR DESPESAS MAIORES

É habitual ouvir os governantes e outros responsáveis afirmar que não se podem tomar determinadas medidas para favorecer o acesso a cuidados de saúde porque as condições financeiras do Serviço Nacional de Saúde e do próprio Estado não o permitem.

Não concordamos com essa desculpa e provamos através de alguns exemplos concretos que verbas bem aplicadas permitem poupar dinheiro e ter os portugueses com muito mais saúde. Mais, sabemos que as necessidades das pessoas e as alterações do perfil epidemiológico dos mais velhos, leva a que cada vez as despesas públicas aumentem, nomeadamente com os cuidados continuados integrados. Em todos os países do mundo os custos de saúde aumentam. Mas há politicas que podem aumentar os ganhos em saúde.

VACINA CONTRA O CANCRO DO COLO DO ÚTERO

Portugal tem a mais alta incidência da Europa deste cancro, cuja principal causa é o vírus HPV, registando 900 casos por ano e mais de 300 casos mortais. Os encargos financeiros para tratar as mulheres afectadas são elevadíssimos e os dramas de sofrimento das próprias e familiares é incomensurável. Já existe vacina para as raparigas adolescentes e mulheres jovens, testada com êxito em dezenas de milhares de mulheres. Grande parte dos países europeus recomenda e financia a vacinação. Mas, em Abril, o partido maioritário português (que apoia o governo) rejeitou recomendar ao Governo a inclusão da vacina contra o colo do útero no Programa Nacional de Vacinação.

NUTRICIONISTAS NOS CENTROS DE SAÚDE

No distrito de Santarém, é escasso o número de Clínicos Gerais nos Centros de Saúde e Extensões (principalmente nas rurais), mas nutricionistas pura e simplesmente não existem. É uma situação grave tendo em conta a importância que os nutricionistas têm na promoção da saúde e prevenção da doença. Consideradas a epidemia do séc. XXI pela OMS, as doenças associadas aos distúrbios alimentares têm consequências económicas para o país que chegam a atingir as cinco centenas de milhões de euros. Perante estes dados torna-se premente a introdução de nutricionistas nos Centros de Saúde, profissionais que devem dar combate à doença e prevenir novos casos.

MEDICAMENTOS SEM RECEITA MÉDICA

O Ministério da Saúde publicou, recentemente, mais uma lista de medicamentos que não precisam de receita médica para serem adquiridos. Objectivamente trata-se de mais uma medida que visa aliviar o Estado de despesa (pois deixa de pagar comparticipação) e de um incentivo à auto-medicação. Esta é causa de tratamentos inadequados e de posologias erradas, o que leva a que muitas doenças se agravem e acabem em casos agudos. E o impacto na sinistralidade rodoviária? Nesta situação recorre-se às urgências hospitalares onde os custos directos suplantam o que se poupa na comparticipação dos medicamentos.

SEGURANÇA RODOVIÁRIA

A sinistralidade rodoviária, pelo impacto que tem nas famílias e nas economias, foi considerada um problema de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde. Chegou mesmo, já neste século a ser o tema em destaque nas comemorações do Dia Mundial da Saúde. É por isso que lamentamos a constatação de que nos primeiros seis meses do ano, no nosso Distrito, houve mais vítimas mortais, do que em igual período do ano anterior. Face a esta realidade apoiaremos todas as medidas e investimentos que tenham por objectivo uma eficaz segurança rodoviária.

UM SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE EFICIENTE E EFICAZ!

Todos os resultados conseguidos até agora pelo Serviço Nacional de Saúde (instituído a 15 de Setembro de 1978) indicam que é um bem público que importa preservar. Tudo faremos para que seja melhor e mais eficiente, pois consideramos que a saúde é o bem precioso do ser humano.

Pel'A Comissão de Utentes da Saúde

do Médio Tejo

Médio Tejo, 27.Agosto.2007

ACÇÕES DEFESA DO SNS

(Em todo o País, de 1 a 22 de Setembro)

INICIATIVAS DA CUSMT

(já confirmadas)

Até 15 de Setembro

Subscrição e divulgação da Carta Aberta ao Ministro da Saúde;

Divulgação documento para a população;

Reuniões com variadas entidades (já há confirmações);

Elaborar e divulgar (por exemplo aos autarcas) documento sobre aniversário SNS;

10 de Setembro

Conferência de Imprensa em Tomar;

12 de Setembro

Reunião utentes Pedrógão (Torres Novas);

13 de Setembro

Reunião utentes na Meia Via (Torres Novas);

14 de Setembro

Reunião utentes na Ribeira (Torres Novas);

21 de Setembro

Vigília frente ao Ministério da Saúde

(entrega de abaixo-assinado, cartazes...).

ASSUNTO:

Falta de médico nas Freguesias do Pedrógão, Ribeira e Meia Via

(Clicar para ver o PDF em Anexo).