ABAIXO-ASSINADO
Os abaixo-assinados, moradores na Freguesia de RIACHOS, reclamam a
colocação de mais médicos na sua Extensão de Saúde, pois os clínicos ao serviço não
conseguem prestar cuidados médicos a toda a população, obrigando milhares de utentes
a deslocarem-se à Sede do Centro de Saúde, em Torres Novas. Aqui, para além dos
transtornos e dos custos da deslocação, nem sempre conseguem marcar as necessárias
consultas e contribuem para congestionar, ainda mais, os serviços, que também estão a
atender os utentes de outras freguesias sem médico.
A POPULAÇÃO DA MEIA VIA ESTÁ FARTA DE DESCULPAS E DIZ AOS RESPONSÁVEIS DA SAÚDE DO CONCELHO, DA REGIÃO E DO PAÍS: FAÇAM QUALQUER COISA PARA RESOLVER O PROBLEMA DA FALTA DE MÉDICOS! RESPEITEM O DIREITO DOS CIDADÃOS A CUIDADOS DE SAÚDE V I G I L I A frente à Extensão de Saúde MEIA VIA 8 de Maio de 2009 (sexta) das 20 às 22 horas
CRISE NÃO JUSTIFICA OS PROBLEMAS DA SAÚDE
A crise económica e financeira internacional não são desculpa para os problemas existentes no sector da saúde. Apesar de avanços científicos e organizacionais localizados, está cada vez mais difícil e caro o acesso a cuidados de saúde, em virtude de opções políticas erradas do poder político. Estão neste caso a concentração e encerramento de serviços, a política de recursos humanos e a política do medicamento. A crise económica que o País atravessa poderá ter consequências directas na saúde das famílias, especialmente nas mais pobres. Num futuro próximo poderão não ter dinheiro para comprar medicamentos, as idas às consultas médicas poderão ser adiadas e, de uma forma geral, poderá haver comportamentos violentos e riscos em termos de saúde mental. A longo prazo poderá surgir um aumento das complicações ligadas às doenças crónicas, má alimentação e desnutrição, e aumento de comportamentos de risco, como o consumo de drogas e álcool. Face aos problemas os responsáveis políticos vão anunciando medidas sobre medidas que, em alguns casos não passam de promessas, que ou não se concretizam ou são agendadas para o futuro longínquo. Quer a apresentação de medidas, quer a concretização de mais pequena obra merecem sempre a pompa e a circunstância, em que se gastam recursos financeiros, que depois dizem faltar para melhorar o acesso a cuidados de saúde. Infelizmente, a realidade tem desmentido a propaganda. Objectivamente estão a criar-se as condições para a criação do mercado dos cuidados de saúde, que acentuará as diferenças na Saúde entre os ricos e os pobres. FALTAM MÉDICOS E OUTROS PROFISSIONAIS NOS CENTROS DE SAÚDE Ao longo dos últimos quatro anos a Comissão de Utentes interpelou várias vezes o Ministério e os organismos dele dependentes a propósito da falta de médicos. Nos três primeiros anos as respostas garantiam que a implementação das USF resolveriam o problema. Infelizmente, na nossa região apenas existem duas – em Tomar – o que deixa a nu muitas das advertências que fomos fazendo (um bom princípio, com uma má aplicação prática). Mais recentemente, e como cada vez faltam mais médicos, as respostas para as nossas perguntas, referem que os ACES (Agrupamentos dos Centros de Saúde) vão ser um instrumento para a resolução da carência de clínicos. Os próximos meses confirmarão ou não se essa nova forma de organização vai resolver os problemas, pois que são já os Directores Executivos desses ACES (no caso concreto do ACES do Zêzere) a dizer que é impossível resolver os problemas existentes na sua área de acção e afirma, ainda, que a situação se vai agravar nos próximos tempos. A situação é grave nos concelhos de Abrantes, Constância e Torres Novas. A ausência de cuidados médicos de proximidade tem reflexos negativos nas urgências hospitalares. O Governo, apesar da sua maioria absoluta no Parlamento, não toma qualquer medida que minimize os impactos negativos da falta de médicos. Repudiamos as tentativas de convencimento da opinião pública de que, em nome da qualidade dos serviços e da racionalização dos meios, se têm de encerrar Extensões de Saúde. ORGANIZAR O CENTRO HOSPITALAR DO MÉDIO TEJO respeitando os interesses da comunidade envolvente Continuamos a não saber quando será instalado o Conselho Consultivo do CHMT. Será muito mau, como acto de gestão e de prática democrática – que implica a participação e a transparência – que a Administração do CHMT elabore e apresente e o Ministério aprove o Plano Estratégico do Centro Hospitalar sem ouvir a comunidade envolvente, representada no Conselho Consultivo. O cumprimento da lei não é uma questão facultativa, é uma obrigação. Que se está a fazer para cumprir a lei, os Estatutos do CHMT? A POLÉMICA DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS Recentemente, as entidades privadas relacionadas com a fileira do medicamento, representantes do médicos e os próprios organismos públicos (Infarmed e Ministério da Saúde) entraram em polémica sobre a prescrição e troca de medicamentos de marca por genéricos. Já por diversas vezes salientámos que as alterações às regras de comparticipação dos medicamentos apenas tem contribuído (no global) para transferir parte da despesa do Estado para os utentes. Em causa está o malfadado “preço de referência”. As suas propostas defendidas, há quase uma dezena de anos, pelo Movimento de Utentes resolveriam as polémicas e aliviariam as despesas dos utentes e do Serviço Nacional de Saúde: Todos os medicamentos deveriam ser receitados por DCI (Denominação Comum Internacional); as receitas de medicamentos de marca deveriam ser justificadas clinicamente e sobre o seu valor não deveria ser aplicado o “preço de referência”; criação da unidose; farmácias públicas nas principais unidades de saúde havido força política para a implementação destas medidas, apesar das maiorias absolutas existentes na Assembleia da República. O QUE FOI FEITO A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo tem tentado por todas as formas fazer chegar às mais diversas entidades os problemas e as propostas dos utentes para melhorar as condições de acesso a cuidados de saúde no Médio Tejo. Grupos Parlamentares Pedimos reuniões a todos os Grupos Parlamentares. A CUSMT foi recebida por todos, à excepção do Partido Socialista. Dessas reuniões resultaram vários requerimentos ao Governo, tendo em alguns casos chegado respostas concretas, como no caso da ampliação do Centro de Saúde do Entroncamento, cujas obras se anunciam para Maio próximo. Lembram-se as mil assinaturas Autarquias Solicitámos reuniões às Assembleias Municipais de Abrantes, de Tomar e de Torres Novas, sobre a reorganização dos serviços do CHMT. Reunimos com a AM de Torres Novas, com a presença de todas as forças políticas, tendo sido posteriormente aprovada por unanimidade um documento que foi enviado ao Ministério da Saúde. Também na AM de Tomar, nos informou, de que foi aprovada por unanimidade uma moção sobre o mesmo assunto. Também se realizou uma reunião com a Junta de Freguesia da Meia Via, a propósito da ausência de médico na Extensão de Saúde local. A Câmara Municipal de Constância enviou à Comissão de Utentes um documento sobre a prestação de cuidados médicos (que não existem em Montalvo e estão em perigo em Santa Margarida), o qual foi enviado a diversas entidades. Entidades do sector da saúde No Ministério da Saúde entregámos recentemente mais de a anulação das medidas de reorganização das urgências e das cirurgias no CHMT e fazendo sentir a necessidade do aproveitamento integral das instalações, equipamentos e recursos humanos no Centro Hospitalar. Esperamos a marcação da reunião solicitada. Ao Governador Civil de Santarém (representante governamental no distrito e entidade que amiúde aparece em eventos relacionados com o sector da saúde) já solicitámos duas reuniões e não houve resposta. Aos Directores Executivos dos ACES foram pedidas (por duas vezes reuniões). Estão empossados há poucos dias, pelo que continuamos a aguardar pacientemente pela marcação das reuniões. E PRÓXIMAS INICIATIVAS Já se iniciou a médicos para a Extensão de Saúde. Vai realizar-se uma de 2009 (sexta), das 20 às 22 horas, Ainda sem data e sem forma, vamos organizar iniciativas públicas no de Abrantes) e em médico nas respectivas extensões de saúde. A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo continuará a usar todas as “armas” da democracia para que os direitos a cuidados de saúde sejam respeitados em Médio Tejo actos eleitorais.
CONTESTANDO AS ALTERAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DO CENTROHOSPITALAR DO MÉDIO TEJO.
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo, na quarta-feira, dia 8 de Abril, entregou no Ministério da Saúde documentos com 8175 assinaturas, solicitando a inviabilização das medidas tomadas pelo Conselho de Administração do CHMT (RETIRADA DA URGÊNCIA CIRÚRGICA dos Hospitais de Torres Novas e Tomar E DAS CIRURGIAS PROGRAMADAS dos Hospitais de Abrantes e Torres Novas) e, ao mesmo tempo, se reclama o aproveitamento integral de serviços, instalações e equipamentos.
Recordamos que assuntos relacionados com a organização dos cuidados de saúde (quer os prestados no Centro Hospitalar quer nos Centros de Saúde) foram motivo de aprovação, por unanimidade, de documentos nas Assembleias Municipais de Tomar e Torres Novas.
A Comissão de Utentes aproveita esta oportunidade para solicitar à Senhora Ministra da Saúde uma reunião com o objectivo de debater a revitalização dos serviços de saúde (de uma forma integrada) no Médio Tejo, que consideramos um factor fundamental para o desenvolvimento socio-económico da nossa região.
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