Hospital compra carros topo de gama
Administração hospitalar manda reduzir uso de medicamentos e número de tratamentos
24 Julho 2010 (CM)
Por:Cristina Serra
O Centro Hospitalar do Médio Tejo – que integra os hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas – adquiriu este mês dois automóveis topo de gama para dois dos seis administradores, numa despesa total de 60 mil euros. A aquisição vai contra as ordens da ministra da Saúde, Ana Jorge, que em Maio deu indicações para que os hospitais públicos reduzissem a despesa em 50 milhões de euros, até ao final do ano. Uma das despesas a cortar era precisamente a aquisição de carros para os administradores.
Esta aquisição de duas viaturas ignora totalmente o despacho dos ministérios das Finanças e da Saúde de 29 de Junho, que manda "reduzir a despesa total com a frota automóvel, designadamente com as viaturas de serviço afectas aos administradores, relativamente ao valor executado em 2009."
A aquisição de carros topo de gama está a provocar profundo mal-estar nos funcionários hospitalares. Segundo apurou o CM, questionam a legitimidade da aquisição quando o "conselho de administração impõe medidas de restrição no uso de medicamentos, redução de enfermeiros e suspensão de tratamentos, como a proibição de aplicação de cardioversores implantáveis no serviço de Cardiologia". Os dois automóveis foram adquiridos em regime de aluguer operacional e entregues aos gestores a 21 de Julho. São da marca Renault, modelo Fluence, com equipamento de luxo, incluindo estofos em pele, bancos aquecidos, GPS e faróis automáticos. Cada viatura custa cerca de 30 mil euros.
Os dois gestores passam assim a dispor de carros de luxo de serviço, tal como já acontece com os restantes quatro administradores. Os seis administradores terminam o mandato em Outubro.
O CM pediu um esclarecimento à administração do CHMT, que não respondeu. O Ministério da Saúde diz "desconhecer a situação", mas irá "apurar, no âmbito da monitorização dos planos de redução da despesa dos hospitais".
O hospital de Abrantes, inaugurado há 25 anos, está a ser objecto de trabalhos de modernização de serviços e requalificação das instalações, num investimento de 4 milhões de euros (ME).
As intervenções em curso na unidade – que integra o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), conjuntamente com os hospitais de Tomar e Torres Novas -, estão centradas na melhoria dos serviços de urgência e zona de triagem e na reinstalação dos serviços farmacêuticos do piso 10 para o piso térreo.
João Vaz Rico, gestor do hospital desde 2007, anunciou que, a curto prazo, será instalada uma unidade de cuidados continuados de convalescença com capacidade para 47 camas, no piso 10 do hospital, integrada na Rede Nacional de Cuidados Continuados, num investimento global de 1,8 ME.
Segundo Vaz Rico, até ao final do ano vão avançar outros investimentos na requalificação física da unidade e no reforço da qualidade da prestação de serviços, como nos casos do internamento, pediatria, alimentação e dietética.
O gestor da unidade hospitalar – dotada de 192 camas e 740 colaboradores dependentes – sublinhou outro “investimento de fundo”, na ordem dos 1,4 ME, que resultará da construção de uma nova cozinha e de um novo restaurante/refeitório.
Desde Outubro de 2007 que, por deficientes condições a cozinha do hospital de Abrantes está encerrada na sequência de uma inspecção da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), funcionando desde então através de um sistema em que as refeições chegam já embaladas, sendo depois preparadas e distribuídas no refeitório e nas enfermarias.
O montante global de investimentos, que ronda os 4 ME, é justificado pelo gestor com a “necessidade da melhoria do estado das instalações e dos serviços de atendimento”, sublinhando a integração no CHMT de três unidades hospitalares, que “apresentam diferentes idades entre si”.
Exma. Senhora
Ministra da Saúde
ASSUNTO: Equipa de gestão do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT).
Atendendo a que o mandato do actual Conselho de Administração do CHMT está a terminar a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo acha pertinente fazer alguns comentários sobre a sua actividade e apresentar algumas sugestões sobre a composição do futuro órgão dirigente do CHMT.
O CHMT precisa de ser valorizado em todas as suas valências como unidade pública de saúde, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, e promover sinergias e a colaboração com outros níveis de cuidados de saúde, nomeadamente os Primários e Continuados.
O aumento do número de elementos do actual Conselho de Administração do CHMT (que segundo consta foi um imperativo de manutenção dos equilíbrios político-partidários e regionais) não se traduziu em quaisquer ganhos de eficiência e eficácia nem na definição de um plano estratégico para tão importante unidade de saúde do SNS. Nem o objectivo de equilibrar a situação financeira, bem explícito pelos responsáveis, aquando da tomada de posse não foi alcançado, tendo, até piorado.
Esta Comissão de Utentes, na ausência de Conselho Consultivo do CHMT (e na esteira de algumas das conclusões de recente Auditoria do Tribunal de Contas), sugere que a próxima equipa dirigente seja mais pequena (mas deve continuar a ter o Director Clínico e o Enfº. Director), mais coesa, mais dialogante com os profissinais e com a comunidade envolvente, mais eficaz na definição e aplicação de um plano estratégico que dinamize os serviços existentes, crie outros e aproveite todas as potencialidades de instalações e equipamentos, como forma de servir o desenvolviemento social e económico da Região e do País.
Certos da atenção que as nossas observações merecerão de Va. Exa. enviamos os nossos melhores cumprimentos.
A Comissão de Utentes da Saúde
do Médio Tejo
Médio Tejo, 26.07.2010
Exmo. Senhor
Presidente do Conselho de Administração
do Centro Hospitalar do Médio Tejo
ASSUNTO: Pedido de reunião, para análise das medidas de contenção de
despesas e pedido de informação sobre as listas de espera
para consultas e cirurgias.
Na ausência de Conselho Consultivo do CHMT, onde muitos aspectos da vida do Centro Hospitalar seriam tema de informação e análise, a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo solicita a Va. Exa. uma reunião para sermos informados sobre as medidas de contenção de despesas e quais os impactos na prestação de cuidados de saúde aos utentes.
Aproveitaremos, ainda, para solicitarmos informações sobre as listas de espera para consultas e cirurgias e a demora nos exames especiais, pois que têm sido recorrentes as queixas por parte dos utentes.
Com os melhores cumprimentos.
A Comissão de Utentes da Saúde
do Médio Tejo
Médio Tejo, 26.07.2010
Mais de meio milhar de pessoas estiveram concentradas na noite de sexta-feira junto à ponte de Constância em protesto pelo seu encerramento à circulação rodoviária, tendo prometido "intensificar as formas de luta" a partir da próxima semana.
Convocada por mensagens via telemóvel e através das redes sociais, a manifestação popular decorreu de forma ordeira e pacífica, vigiada de perto pela GNR, tendo sido anunciada a criação de uma "Comissão de Utentes Unidos pela Ponte" (CUUP), aprovado um documento reivindicativo a enviar ao Ministro das Obras Públicas e avançar com formas de protesto "mais duras" se não for realizada uma nova inspecção que permita a reabertura da travessia, até ao próximo dia 27 de Julho, terça-feira.
A ponte, que funcionava num dos tabuleiros da travessia ferroviária (no outro tabuleiro continua a fazer-se a circulação de comboios) adaptado à circulação rodoviária, garantia a ligação da parte sul do concelho de Constância (onde se situam dois terços do território do município e da sua população) à parte norte (onde estão a quase totalidade dos serviços e equipamentos).
O seu encerramento na quarta-feira, "de forma inesperada e sem terem sido providenciadas alternativas para os milhares de utentes diários", está a gerar a revolta das populações, que foram unânimes na análise à situação e da necessidade de se intensificarem as posições, tendo defendido de forma unânime a necessidade de "avançar com novas formas de protesto".
Júlia Amorim, uma porta voz da CUUP e vice-presidente da autarquia, disse à agência Lusa que uma das medidas que podem ser tomadas terça-feira, "se até lá as entidades responsáveis pelo encerramento da ponte não solucionarem o problema", é "cortar ou parar a normal circulação ferroviária" na travessia.
"Se a Refer tem o direito de nos cortar a ponte rodoviária nós também temos o direito de cortar a linha aos comboios", afirmou, tendo adiantado que "outras ideias" de protesto estão em equação, como, "por exemplo, a retirada das vedações e proceder à reabertura da ponte ao tráfego rodoviário".
Júlia Amorim afirmou à Lusa que a população se sente "indignada, humilhada e discriminada em todas as esferas da sua vida pessoal normal, assim como se sente prejudicada pelos prejuízos causados ao tecido económico local, regional e nacional".
"Não somos cidadãos de segunda e isso mesmo foi lavrado em documento onde reivindicamos a construção de uma nova ponte que sirva o concelho, a região e o país, onde exigimos que de imediato se realize uma nova inspecção à travessia agora encerrada, com divulgação urgente dos seus resultados, e se inicie o processo de obra de reabilitação da velha travessia, como prometido e anunciado publicamente pelo primeiro Ministro José Sócrates em Tramagal, em Outubro de 2008".
"Caso as nossas pretensões não sejam atendidas, encetaremos todas as formas de protesto ao nosso alcance com vista à resolução definitiva deste problema, que se arrasta há dezenas de anos", prometeu.
Era fatal como o destino: anteontem, no habitual frente-a-frente na SIC Notícias, lá apanhei o dr. José Luís Arnaut, do PSD, a explicar com generoso desprendimento e incomparável sentido de justiça social que não fazia sentido nenhum que uma pessoa como ele pagasse pelo recurso ao Serviço Nacional da Saúde o mesmo que portugueses claramente carenciados e com um baixo nível de rendimentos.
A população do concelho de Constância vai realizar, esta sexta-feira, a partir das 23 horas, uma manifestação de protesto para com o encerramento da ponte de Constância Sul/Praia do Ribatejo. O coro de protestos está a crescer e o alvo é a REFER, acusada de avançar para esta medida sem qualquer tipo de aviso prévio.
A Hertz falou com Olga Antunes, que faz parte do grupo de cidadãos que têm estado na condução dos protestos. O concelho recuou trinta anos, afirmou: «A medida da REFER fez recuar o concelho cerca de trinta anos... Na altura tínhamos de atravessar o Tejo de barco para chegar à outra parte do concelho. O encerramento da ponte é privar as pessoas que moram do outro lado de se deslocarem para os locais de trabalho, de irem ao Centro de Saúde, é privar os bombeiros de prestarem auxílio... significa, até, quando a escola abrir, que os alunos da margem sul não tenham acesso à escola do seu concelho. Se as razões que levaram ao fecho da ponte tivessem sido fundamentadas e se a REFER tivesse dado mais tempo para que fossem encontradas outras soluções... do mal o menos. Mas tudo se passou em menos de 48 horas. Nem as forças de segurança tiveram tempo de se organizar».
RÁDIO VOZ ENTRONCAMENTO
105,7 FM
"ESPAÇO SAÚDE E BEM ESTAR"
da responsabilidade do Centro de Saúde do Entroncamento, com intervenções de médicos e enfermeiros.
TODAS AS QUINTAS, depois das 8,45 e com repetição depois das 17,30 horas
Continuam a gozar connosco e com o País
(texto de V. Dias, no blog "O tempo das cerejas")
A matéria de fundo para que esta manchete do Público de ontem remete (na parte referente ao não aumento das vagas em Medidicna) já foi devidamente abordada aqui e dispensa praticamente outros comentários.
De momento, nem estou interessado em saber ou em identificar onde estão desde há mais uma década as resistências corporativas a um significativo aumento de vagas em Medicina adequado à comprevadíssima falta de médicos no país. É que, quem que que sejam os sectores em causa, neles ninguém votou.
Se há essas resistências, então o que importa reter é que elas só têm sido triunfantes porque há governos, primeiro-ministros e ministros da Saúde que as têm caucionado e avalizado. Resumindo: são José Sócrates e Ana Jorge que devem, com carácter de urgência, uma clara explicação ao país sobre o que explica o prosseguimento de uma autêntica chuchadeira de mau gosto e de péssimos resultados para a saúde em Portugal.
Moção aprovada na assembleia da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo por unanimidade. Resultou da fusão da aprovação de três apresentadas por CDU, PSD e deputado independente.
Considerando que:
de acordo com o Plano Rodoviário Nacional a “A23 – Auto Estrada da Beira Interior” atravessa os distritos da Guarda, Castelo Branco, Portalegre e Santarém, ligando a Guarda (nó da A25) a Torres Novas (nó da A1) e que esta auto-estrada, com uma extensão de 217 km, é a 3ª maior auto-estrada do país e é considerada estruturante na rede rodoviária portuguesa. De acordo com o contrato de concessão, promovido pelo Governo, a sua exploração em regime de SCUT (sem custos para o utilizador) liga Abrantes à Guarda em 178 km de auto-estrada.
a A23 assegura uma ligação estratégica nacional, na sua vertente transfronteiriça - pois é reconhecidamente uma das principais vias da exportação de produtos e mercadorias para Espanha e para a Europa - mas também regional - entre o litoral e o interior - com particular impacto na Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), abrangendo e servindo os concelhos de Torres Novas, Alcanena, Entroncamento, Tomar, Vila Nova da Barquinha, Constância, Sardoal, Ourém, Abrantes e Mação.
as empresas e os cidadãos estão confrontados com a ausência de alternativas. Neste caso é mesmo a não-existência de potencial de circulação entre os municípios abrangidos. Há troços de estradas nacionais, há partes de vias municipais, mas em nenhum dos casos há continuidade ou serviço que faça a ligação que hoje a A23 estabelece entre estes municípios.
as vias tidas como alteernativas são hoje inexistentes, ou seja, são piores do que as que existiam antes da sua criação, na medida em que há muito se transformaram em arruamentos urbanos repletos de constrangimentos (rotundas, passadeiras, semáforos, cruzamentos, zonas comerciais, etc.) que põem em causa o direito à mobilidade das populações, sendo que muitos destes troços são hoje da responsabilidade dos Municípios.
não há qualquer justificação técnica ou política que possa promover a introdução de portagens neste troço da A23 (que corresponde ao antigo IP6) porque só a partir da localização de Abrantes/Mação se inicia a concessão à empresa SCUTVIAS. Tal significa que não há perda de receita, não implica renegociação do contrato de concessão, o Estado não perde receitas.
A implementação de portagens na A23 prejudica a coesão territorial, na medida em que esta só é real se for mantida uma descriminação positiva, de forma a contrariar o êxodo das populações do interior para o litoral.
A implementação de portagens nas SCUT’s, de um modo geral, e em particular na A23, agravará a crise económica e social, que comprovadamente afecta a nossa região face às repercussões nas micro, pequenas e médias empresas e no tecido social que delas depende. A introdução de portagens afectará a sua competitividade, introduzindo mais efeitos perversos nos custos de contexto, associando-se inaceitavelmente à redução do número de activos pelo crescimento do desemprego e ao crescente envelhecimento da população, com impacto negativo nas políticas económicas, de imigração e de assistência social.
Acresce que afectará irreversivelmente a mobilidade sustentada que a região tem como necessária e fundamental para o seu desenvolvimento e integração solidária da sua população. Aliás, a implementação de portagens nas SCUT’s afectará a sinistralidade rodoviária, a poluição ambiental, os níveis de stress, o bem-estar e a saúde das populações.
Assim, a eventual extensão da cobrança de portagens ao troço da A23, que está sob administração da empresa Estradas de Portugal S.A. (garante da sua conservação e manutenção), constituirá um exercício político inaceitável de introdução de portagens onde elas nunca estiveram (nem estão) previstas.
Face às recentes notícias que dão como certa a introdução de portagens na A23 (auto-estrada 23 que atravessa em longitude a CIMT) a Assembleia de Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, reunida no dia 30 de Junho de 2010, delibera:
- manifestar a sua rejeição à eventual introdução de portagens na A23, que atravessa um conjunto de concelhos da Comunidade Intermunicipal, no Distrito de Santarém, assim como dos Distritos de Castelo Branco Guarda e Portalegre. Aliás, no espaço entre a saída da A1 em Videla/Torres Novas e a proximidade de Abrantes/Mação, tem a particularidade de no território da CIMT ela não ter associada uma concessão a um ente privado - não faz parte da concessão entregue à SCUTVIAS. A conservação e a manutenção desta via são feitas por intervenção directa da empresa Estradas de Portugal S.A..
- aprovar esta decisão em minuta e dela dar conhecimento ao Sr. Presidente da República, à Assembleia da República (Presidência, Grupos Parlamentares, Comissão Parlamentar de Obras Públicas), ao Governo (Primeiro Ministro e Ministro das Obras Públicas), às Câmaras e Assembleias Municipais dos Distritos de Santarém, Castelo Branco, Guarda e Portalegre, aos Governos Civis de Santarém, Castelo Branco, Guarda e Portalegre, à Associação Nacional de Municípios Portugueses, à Associação Nacional de Freguesias e publicitá-la na comunicação social.
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