Sexta-feira, 31 de Dezembro de 2010
2010
FIZEMOS BASTANTE, MAS FICOU MUITO MAIS POR FAZER!
Face às dificuldades parece que fizemos muito, mas confrontados com os problemas na prestação de cuidados de saúde, constatamos muitas das nossas fragilidades... mas não desistimos!
Quarta-feira, 29 de Dezembro de 2010
A penicilina G é um antibiótico natural derivado de um fungo, o bolor do pão Penicillium chrysogenum (ou P. notatum). Ela foi descoberta em 15 de setembro de 1928, pelo médico e bacteriologista escocês Alexander Fleming e está disponível como fármaco desde 1941, sendo o primeiro antibiótico a ser utilizado com sucesso.
O nome penicilina é usado também para outros antibióticos relacionados.
A penicilina foi descoberta em 1928 quando Alexander Fleming saiu de férias e esqueceu algumas placas com culturas de microrganismos em seu laboratório no Hospital St. Mary em Londres. Quando voltou, reparou que uma das suas culturas de Staphylococcus tinha sido contaminada por um bolor, e em volta das colônias deste não havia mais bactérias. Então Fleming e seu colega, Dr. Pryce, descobriram um fungo do gênero Penicillium, e demonstraram que o fungo produzia uma substância responsável pelo efeito bactericida: a penicilina. Esta foi obtida em forma purificada por Howard Florey e Ernst Chain da Universidade de Oxford, muitos anos depois, em 1940. Eles comprovaram as suas qualidades antibióticas em ratos infectados, assim como a sua não-toxicidade. Em 1941, os seus efeitos foram demonstrados em humanos. O primeiro homem a ser tratado com penicilina foi um agente da polícia que sofria de septicémia com abcessos disseminados, uma condição geralmente fatal na época. Ele melhorou bastante após a administração do fármaco, mas veio a falecer quando as reservas iniciais de penicilina se esgotaram. Em 1945, Fleming, Florey e Chain receberam o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina por este trabalho. A penicilina salvou milhares de vidas de soldados dos aliados na Segunda Guerra Mundial. Durante muito tempo, o capítulo que a penicilina abriu na história da Medicina parecia prometer o fim das doenças infecciosas de origem bacteriana como causa de mortalidade humana.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Terça-feira, 28 de Dezembro de 2010
Doentes vão à triagem e, fora os casos mais simples, são encaminhados para Tomar e Abrantes.
Quando houver profissionais em Torres Novas, os doentes internados regressam. Até o INEM foi contactado no sentido de desviar os doentes da Unidade de Torres Novas para as unidades de Tomar e Abrantes. No entanto, as urgências internas estão asseguradas.
Domingo, 26 de Dezembro de 2010
Ana Jorge. A dieta saudável ou a sopa da pedra
por Rute Araújo , Publicado em 25 de Dezembro de 2010 | Actualizado há 16 horas
O i dedica contos de Natal a cada um dos ministros do XVIII Governo Constitucional. É uma pequena prenda nossa, própria do espírito da época. Inspirados em contos, romances ou filmes, adaptámos as histórias às nossas personagens ministeriais. Aviso: aqui a realidade e os factos vergam-se à ficção. Leia. E divirta-se.
Há mais de 30 anos que a Pensão Ideal recebia doentes de todo o povoado. A Alzira da perna coxa, o Joaquim do cisco no olho, o Manel do mal prolongado, a Zulmira da cabeça entre as orelhas, tanta gente em aflição que o senhor Ambrósio, encarregue das contas, tinha desistido de continuar a contar. Enquanto a Pensão estava de cabeça perdida entre somas e subtracções, o caldeirão Ideal ia ficando cada vez mais vazio. Só em batatas, a mercearia já tinha sete folhas em atraso. Um dia, a cozinheira Ana dirigiu-se para o fogão. Quando ia mexer a sopa a colher de pau fez "plock" contra o fundo. Logo agora que já se tinha metido em despesas para alimentar mais uns engripados da epidemia-que-diz-quevem-ai-mas-não-vem é que lhe ia acontecer isto. Com que cara ia dizer que não tinha sopa para o gasto? Então, a cozinheira Ana teve uma ideia. Despiu a bata branca de trabalho, agarrou no caldeirão, e foi para a rua. Chegou à primeira casa e bateu à porta do Santeira dos Tantos, o velho aldeão conhecido pela sua avareza.
– Ó vizinho, quer ver isto? Estava aqui a fazer uma sopinha da pedra, gostosa que só ela, para os meus doentinhos da pensão.
–Sopa com uma pedra? Você está a enganar quem? Olhe que eu nunca joguei no Boavista mas sou de lá perto.
–Vizinho, ouça o que lhe digo. Esta pedra que aqui tenho é mágica. Parece que já gastámos tudo e que só sobra água? Desengane-se. Junto a pedra e fica aqui uma sopa que é uma maravilha. Só com a pedra. Mas, já agora que aqui estou, não tem aí uma pitadinha de sal para temperar esta iguaria? Quem diz sal, diz uma cenourinha e uma couve. E, sem querer abusar, uma cebola, um rabanete, um chouriço.
Quarta-feira, 22 de Dezembro de 2010
BOAS FESTAS
CUIDADOS DE SAÚDE
E QUALIDADE DE VIDA PARA TODOS
Segunda-feira, 20 de Dezembro de 2010
TOMAR – Posto Médico da Serra «não fecha em 2011»
«Há a garantia de que, em 2011, não será equacionado qualquer encerramento do Posto Médico da Serra de Tomar». Quem o disse à Hertz foi Carlos Nunes, presidente daquela Junta de Freguesia, num balanço com uma reunião com Fernando Siborro, do Agrupamento de Centros de Saúde do Zêzere.
O autarca considera-se satisfeito com aquilo que ouviu mas, admite, ainda «está de pé atrás»: «Para já fiquei satisfeito, embora ainda de pé atrás. Pelo menos, o doutor Siborro disse-nos que, em 2011, não havia qualquer alteração que existe até agora e, no futuro, se isso acontecesse, seríamos os primeiros a ser informados». Carlos Nunes recuou no tempo para falar dos protestos de há alguns meses e disse que valeram mesmo a pena: «Não tenho dúvidas nenhumas! O doutor Siborro ficou muito zangado devido a essas situações e disse que houve alguma precipitação... mas acredito que se não tivéssemos feito nada, se calhar as coisas já estavam consumadas».
(in Rádio Hetz)
Domingo, 19 de Dezembro de 2010
Com tanta pobreza, com tanta crise, com medicamentos mais caros, com menos prestações sociais, com aumento dos custos nos cuidados de saúde, com o encerramento ou diminuição de instalações e serviços, sempre em "defesa do Estado Social e do SNS", esperemos que não se chegue a esta situação...
Sábado, 18 de Dezembro de 2010
Será verdade que, em 2010, o Centro Hospitalar do Médio Tejo vai pagar mais de 6 milhões de euros a empresas prestadoras de serviços médicos?
ARSLVT aconselha utilização da Linha de Saúde 24 e promove prioridade no atendimento a crianças entre os 1 e 12 anos nos Centros de Saúde
Autor João Baptista em destaque, twitter, Últimas Dez 18, 2010 (O Ribatejo)
A sua criança está doente? Está preocupada/o? Não corra para a urgência, corra para o telefone” é o conselho da ARSLVT -Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo que pretende com esta medida promover o recurso prioritário aos cuidados de saúde primários e um uso racional das urgências hospitalares. As crianças entre os 1 e 12 anos, encaminhadas pela Linha de Saúde 24, vão ter prioridade no atendimento da doença aguda nos Centros de Saúde da Região de Lisboa e Vale do Tejo. A ARSLVT pretende assim relembrar que nem sempre é necessário o recurso às urgências hospitalares, havendo outras alternativas que poderão dar uma resposta igualmente eficaz a situações de suspeita ou de doença nas crianças. Segundo o médico Gonçalo Cordeiro Ferreira, coordenador para a área da Pediatria da ARSLVT, “muitos dos atendimentos nas urgências pediátricas hospitalares que se verificam nesta altura do ano poderiam facilmente ser resolvidos através de aconselhamento telefónico ou, se necessário, com recurso aos cuidados de saúde primários, aliviando assim os hospitais para as situações verdadeiramente urgentes”.
Assim, a ARSLVT aconselha o recurso à Linha de Saúde 24, através do número de telefone 808 24 24 24 em situações de preocupação ou dúvida sobre a saúde das crianças. Por outro lado, a ARSLVT deu instruções aos serviços de atendimento dos Agrupamentos dos Centros de Saúde – atendimento permanente, atendimento complementar, consultas de recurso e outras consultas vocacionadas para o atendimento de doença aguda – para que as crianças entre os 1 e os 12 anos que sejam encaminhadas pela Linha Saúde 24 tenham prioridade no atendimento.
Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010
Saúde
por Joaquim Judas
(Médico)
Saúde Sem Ideologia
Tal como acontece por todo o país, a população da nossa região tem vindo a responder ao apelo de Cavaco Silva para que, sem preconceitos ideológicos, se abra na sociedade portuguesa um debate sobre a saúde.
Mais recentemente, a população da Quinta do Conde, no concelho de Sesimbra, exige a construção do Centro de Saúde há muito adiada. Nos últimos dias, a População de Corroios, no concelho do Seixal, com cerca de mil reclamações escritas, exige que o governo dê forma à prioridade, estabelecida em 2007, para a construção do Centro de Saúde de Corroios. Ainda neste concelho, no dia 11 de Dezembro, muitas centenas de pessoas participaram na Festa promovida pela Câmara Municipal, designada de Festa de “Natal pelo Hospital no Seixal”, e, com o mesmo objectivo, de fazer cumprir o Protocolo assinado entre o Ministério da Saúde e a Câmara para a construção do Hospital, está agendada para as 11 horas do domingo, dia 19 de Dezembro, uma visita, aberta a todos os interessados, ao local previsto para a sua construção.
É esta a forma de “sem preconceitos” defender o direito à saúde e o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A destruição do SNS faz parte do pacote imposto por Bruxelas a Portugal e Cavaco Silva assume-se como seu promotor ao inclui-lo na sua agenda eleitoral. A manifestação de preocupação de Cavaco Silva e do PSD, PS e PP com a “sustentabilidade” do SNS, é acompanhada de medidas práticas de asfixia do SNS, que se antecipam ao “debate” que agora se diz propor.
Cavaco Silva sabe que a raiz dos problemas que afectam o SNS está na Lei de Bases da Saúde e no Estatuto do SNS, diplomas aprovados pelo seu governo no início dos anos 90 e mantidos pelos governos que se lhe seguiram. A promiscuidade entre público e privado, a contenção da capacidade de resposta pública, o crescimento da prestação privada financiada com dinheiros públicos, só podiam conduzir às graves distorções que o SNS formalmente instituído em 1979 actualmente apresenta. Os mesmos que hoje se escandalizam com os honorários pagos a médicos já sabiam, desde o Relatório da OCDE sobre a Saúde em Portugal, de 1998, que estes ganhavam no privado o dobro do que lhes era pago no serviço público. Entretanto um estudo sobre Recursos Humanos do Serviço Nacional de Saúde, realizado com apoio do Instituto Nacional de Administração e pela Apifarma, ao mesmo tempo que afirmava que “durante a década de 90... o aumento... dos efectivos do SNS se fez à custa de pessoal sem nomeação definitiva”, concluía contra toda a evidência que “a estrutura não dá sinais de envelhecimento”. Do que fizeram os governos ao longo de todo esse tempo e das consequências dos seus actos já se sabe. Espantosa, a sua solução de empurrar mais profissionais para fora do SNS, para não criar as instalações necessárias e de apresentar a prestação privada como remédio. O mesmo remédio que em todo o mundo se revela com piores resultados não só em termos de custos para os doentes e para o erário público como em termos de anos de vida com saúde e de esperança de vida.
Já se sabia que o aumento da mortalidade, como forma de destruição das forças produtivas, tem desde sempre sido um dos remédios do capitalismo para ultrapassar as suas crises sistémicas. Que a direita coloque na sua agenda do século XXI medidas que levam à sua concretização deve-nos fazer pensar e agir.
Em nome da vida: Viva a luta das populações em defesa do SNS!
(in Setúbal na Rede)