Quarta-feira, 30 de Março de 2011
Decorrem os censos 2011. Os resultados são importantes para a definição das estratégias económicas e sociais (enquadradas pelas diferentes opções políticas). É importante saber quantos somos e em que condições vivemos, quais as habilitações académicas e profissionais e as relações com os estabelecimentos de ensino. Também importante saber se se trabalha ou não, qual o tipo de relação contratual e qual o meio de transporte que se utiliza. Até é muito importante não nos andarmos a enganar, escondendo relações laborais ilegais.

MAS NÃO SERIA TAMBÉM FUNDAMENTAL SABER?: se nos consideramos saudáveis; com que frequência recorremos aos Centros de Saúde e/ou unidades hospitalares; se temos médico de família; a que distância nos encontramos de uma unidade de saúde; que tipo de transporte é utilizado entre o domicílio e a unidade de saúde; se temos ou não dificuldades financeiras para aceder a cuidados de saúde...
Vamos continuar "IGNORANTES", estatiscamente falando, em matéria de saúde. Como se a saúde não fosse o bem precioso do ser humano.
Não nos admiremos pois, que o planeamento estratégico, em saúde e em Portugal, seja feito "a olho" segundo "interesses"... que não os das populações.
Com o objectivo de exigir respostas claras à falta de cuidados de saúde primários, as várias comissões de utentes do distrito de Santarém vão realizar concentrações conjuntas juntos dos respectivos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) no próximo dia 16 de Abril.
A decisão foi tomada na semana passada, em Almeirim, onde se reuniram cerca de 20 representantes de sete comissões, que aprovaram um documento conjunto em que sinalizam os principais problemas sentidos pelas populações e onde agendam os protestos em Almeirim, Torres Novas e Constância.

As comissões de utentes vão mobilizar as populações para aderirem ao protesto, havendo mesmo quem esteja na disposição de “acampar” na véspera junto ao ACES da Lezíria, em Almeirim, disse à Lusa o coordenador da comissão de utentes da saúde de Benavente, Domingos David.
O grau de descontentamento neste concelho levou a que esta comissão convocasse para 2 de Abril uma “tribuna pública”, para reflectir sobre “a saúde em Benavente no 35º aniversário da Constituição da República”.
Na reunião realizada em Almeirim, repetiram-se os relatos das dificuldades criadas pela falta de médicos e de enfermeiros nos centros e nas extensões de saúde da região e de algumas situações caricatas, como as dos médicos contratados por uma empresa de prestação de serviços para o Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Benavente e que adormecem literalmente nas consultas devido ao cansaço.
Alpiarça, onde há dois anos metade da população não tinha médico de família e em que, depois de muitas acções de luta da população, com abaixo-assinados entregues no Parlamento, foi conseguida a colocação de dois médicos cubanos, volta, segundo a comissão de utentes, a viver momentos de incerteza, por se desconhecer se esses contratos serão renovados e por outra médica estar em vias de se reformar.
Manuel José Soares, coordenador da comissão de utentes da saúde do Médio Tejo, relatou alguns casos de sucesso graças à luta destas estruturas criadas pelos cidadãos, apelando ao aparecimento de outras e à importância da sua presença nos Conselhos da Comunidade existentes em cada ACES.
“Muitas localidades ainda têm médico porque as populações se movimentaram”, disse.
(in O Ribatejo)
Hospitais e centros de saúde receberam 135 reclamações por dia em 2010
30.03.2011 - 11:25 Por Alexandra Campos (Público)
Inspecção da Saúde diz que investimento nos gabinetes do utente deu resultados. Médicos, membros das direcções e chefias são os grupos profissionais mais criticados pelos cidadãos.
Os estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) receberam uma média de cinco reclamações por hora, durante o ano passado. Ao ritmo de cerca de 135 por dia, registaram um total de 49.197 queixas em 2010. Mas foi a primeira vez, em 25 anos, que se verificou uma diminuição no número de reclamações dos cidadãos que recorrem às unidades de saúde públicas. Um sinal de que os serviços estão a fazer esforços para melhorar "a acessibilidade, a comunicação/relacionamento com os cidadãos e as próprias condições estruturais e organizacionais", conclui a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) no Relatório do Gabinete do Utente ontem divulgado no seu site .
O número de reclamações nos hospitais públicos e nos centros de saúde tem vindo a aumentar gradualmente desde que, em 1986, a então ministra da Saúde, Leonor Beleza, criou os gabinetes do utente. Mas no ano passado verificou-se o contrário - as queixas diminuíram sete por cento (menos 3582), face a 2009. Resultados positivos que se devem, em parte, ao trabalho de avaliação de cariz pedagógico e de acompanhamento, pela IGAS, da actividade desenvolvida pelos gabinetes do utente, que "contribuiu para sensibilizar os responsáveis pelos serviços e instituições do SNS no sentido de adoptarem metodologias destinadas a melhorar a qualidade dos serviços prestados e o grau de satisfação dos cidadãos/utentes", refere o relatório.
Olhando para os números, percebe-se que a taxa de reclamações é muito superior nos hospitais por comparação com os centros de saúde. Se, nos hospitais, a taxa é de 1,48, nos centros de saúde fica-se pelos 0,55 por mil (o que significa que há uma reclamação por cada dois mil actos).
O tempo de espera continua a ser a principal causa de crítica nos hospitais, seguida dos problemas no atendimento e dos "cuidados desadequados". Nos centros de saúde do Norte, do Centro, de Lisboa e Vale do Tejo e do Alentejo, a maior parte de reclamações esteve associada a "doentes sem cuidados" (sobretudo devido à falta de médico de família), enquanto no Algarve o tempo de espera foi o motivo mais frequente de crítica. Quatro hospitais públicos obtiveram taxas de reclamações superiores a 2,5 por mil, em 2010. Neste conjunto, a unidade que mereceu mais queixas foi o Hospital de Cascais, seguida do Garcia de Orta (Almada), Vila Franca de Xira e do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio.
Domingo, 27 de Março de 2011
LAR FERROVIÁRIOS
II Conferência sobre Saúde

A Associação dos Lares Ferroviários está a organizar a II Conferência sobre Saúde, com lugar no dia 7 de Abril, no Salão Paroquial da Igreja N.ª Sr.ª de Fátima do Entroncamento, e destina-se à população sénior do Entroncamento.
Durante a tarde, entre as 14h00 e as 16h00, serão discutidos temas sobre a saúde e bem estar relacionados com a 3ª Idade. No final das prelecções, decorrerá ainda um rastreio à glicemia, tensão arterial e índice de massa corporal.
PROGRAMA
14h00 – Sessão de Abertura
Moderadora: Dr.ª Isabel Heitor (C. Saúde Entroncamento)
14h10 – Insuficiência Venosa
Dr. Nuno Monteiro (C. Saúde Entroncamento)
14h30 – Hábitos de Vida Saudável
Dra. Sara Ferreira (C. Saúde Entroncamento)
14h50 – Artroses e outras alterações osteo-articulares
Dra. Rita Carvalho (C. Saúde Entroncamento)
15h10 – Alterações do Trânsito gastro-intestinal
Dr. João Moreira (C. Saúde Entroncamento)
15h30 – Afectividade e Sexualidade na 3ª Idade
Dr. Bruno Ferreira (Escola Superior Educação Torres Novas)
15h50 – Debate
16h00 – Encerramento
Sexta-feira, 25 de Março de 2011
Comissão de Utentes da A 23 - Médio Tejo agenda marcha de protesto para 8 de Abril

As Comissões de Utentes das A23, A24 e A25 agendaram para o dia 8 de Abril uma Marcha Protesto que culmina na Guarda. A Comissão de Utentes do Médio Tejo da A23 (CUMTdaA23) decidiu corroborar a iniciativa fazendo uma marcha de protesto desde a A1 (nó da Videla) até ao limite do distrito de Santarém. A Marcha sairá da Videla às 17,30horas e terá passagens por Entroncamento (Rotunda do E. Leclerc), Abrantes (Olho de Boi) e Mação, locais onde se juntarão outros participantes.
Em comunicado distribuído à imprensa, a Comissão de Utentes recordou as acções que já realizou: «Com distribuição de panfletos denunciando os preços das portagens; Com colocação de faixas em viadutos da A23; Foram ainda recolhidas milhares de assinaturas em vários concelhos; A CUMTdaA23 contactou autarquias, empresas de transportes, associações e teve reuniões nas câmaras de Mação, Sardoal e Tomar. Lamentavelmente os deputados do PS e PSD pelo distrito de Santarém abandonaram à sua sorte as populações que representam. Nós gostávamos, e o país precisa, que os dirigentes políticos tivessem em consideração a opinião das pessoas que representam. Lamentavelmente a maioria dos deputados, representantes do distrito, esqueceram-se de quem os mandatou. Toda a gente sabe que a posição dos deputados do PS nas últimas eleições, foi de que não haveria pagamento de auto-estradas no interior. A palavra dada não foi respeitada! Sem alternativas confirmamos o não ao pagamento de portagens! Os utentes estão empenhados em que isto não vá por diante! Não deixaremos que as populações do interior saiam prejudicadas!».
Quinta-feira, 24 de Março de 2011
Na sequência da sua candidatura, em representação dos utentes, ao Conselho Consultivo da ERS - Entidade Reguladora da Saúde -, a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo foi convidada a indicar um elemento efectivo e outro suplente. Este será, entre outros, um dos assuntos a tratar na póxima reunião da CUSMT que se realiza na próxima semana.

Sardoal: Deputado António Filipe reclama resolução imediata para suprir problema de falta de médicos de família
O deputado comunista António Filipe reclamou hoje por uma resolução imediata para o problema da falta de médicos de família tendo afirmado que a situação é de degradação e que deriva de razões meramente economicistas.
De visita ao Sardoal, o deputado do PCP eleito pelo distrito de Santarém inteirou-se sobre a falta de médicos de clínica geral no centro de saúde local, um concelho com quatro freguesias e onde habitam cerca de 4.000 pessoas, e onde a população esteve durante “muitos meses” sem um único dos três médicos de clínica geral que ali deveriam prestar cuidados de saúde.
“É um grave problema que preocupa as populações e causa desânimo aos autarcas locais apesar de, recentemente, uma clínica ter começado a prestar serviço profissional, algumas horas por semana, mediante transporte assegurado pela autarquia”, disse à Lusa o deputado, que considerou a medida, “insuficiente” face às necessidades dos utentes locais.
“A situação continua muito precária e é uma fraca solução de recurso tendo em conta que são cerca de 4 mil habitantes, uma população muito envelhecida, distante dos grandes centros urbanos e que não tem asseguradas as condições de acesso à saúde exigíveis e a que têm direito”, advogou.
O deputado comunista afirmou “defender e apoiar a luta das populações e das autarquias” em condições similares, tendo reclamado ao Governo que “assuma as suas responsabilidades e garanta um Serviço Nacional de Saúde (SNS) em condições”.
O Governo, disse, “tem obrigação de encontrar médicos e contratá-los directamente através do SNS sem a intermediação de empresas”, tendo defendido ainda um aumento do número de médicos formados nas faculdades nacionais.
“Não temos médicos em número suficiente mas depois vemos jovens que terminam o ensino secundário com médias altíssimas a não poderem aceder às faculdades de medicina”, observou.
António Filipe defendeu que o Governo adopte “medidas imediatas e de urgência” para garantir a contratação de médicos portugueses e, “a título provisório”, de outras nacionalidades.
*Lusa
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Hospital de Torres Novas assinala Dia Mundial do AVC
O hospital de Torres Novas vai assinalar o Dia Nacional do Doente com AVC, no dia 31 de Março, com diversas iniciativas que irão decorrer no hall principal daquela unidade do centro hospitalar do Médio Tejo. Entre as 10 e 19 horas serão realizadas avaliações do risco cardiovascular das pessoas interessadas, bem como serão promovidos esclarecimentos sobre factores de risco, hábitos de vida saudável, sinais de alerta do AVC e reabilitação.
Por: Jornal Torrejano, em: 23-03-2011 11:12:38
Terça-feira, 22 de Março de 2011

A CUSMT vai estar presente na próxima reunião do Conselho de Comunidade do ACES Serra d'Aire, que se vai realizar no próximo dia 25 de Março, nas instalações do Centro de Saúde de Alcanena. Entre os assuntos a analisar está o Plano de Actividades e Orçamento para 2011.

A ponte sobre o rio Tejo, na zona de Constância, vai reabrir dia 6 de abril, anunciou a Câmara Municipal.
A ponte, que liga Constância sul e a Praia do Ribatejo, em Vila Nova da Barquinha, foi encerrada por questões de segurança no dia 21 de Julho de 2010 a todo o tráfego rodoviário e a normal utilização vedada aos cerca de quatro mil automobilistas, dividindo o concelho em dois, com a freguesia de Santa Margarida separada da sede do município pelo Tejo.
Na ocasião, a REFER (Rede Ferroviária Nacional), gestora da infraestrutura, alegou “falta de segurança devido ao elevado estado de degradação” no tabuleiro após a realização de uma vistoria técnica.
Desde aquela data, e com o encerramento da ponte, as alternativas mais próximas para atravessar o Tejo são as pontes da Chamusca e de Abrantes, a cerca de 25 quilómetros de distância, uma situação que tem implicado transtornos e revolta nas populações.
Um protocolo para a sua reabilitação foi, entretanto, estabelecido entre o Ministério da Obras Públicas, Estradas de Portugal, REFER e as autarquias envolvidas (Constância e Vila Nova da Barquinha).
A reabertura vai ser feita de forma condicionada a veículos ligeiros até 3.500 quilos e que não ultrapassem os 2,10 metros de altura e os 2,40 metros de largura, excecionando as viaturas de emergência e transportes escolares.
O presidente da Câmara de Constância, Máximo Ferreira, já manifestou a sua satisfação pela reabertura da travessia após 8 meses “extremamente dolorosos” para as populações de Constância, Santa Margarida e freguesias e concelhos limítrofes.
“Foram esforços e sacrifícios impossíveis de contabilizar, quer pelos gastos acrescidos em combustível quer pelo tempo dispendido para se chegar da freguesia de Santa Margarida à sede de concelho”, onde estão sediados os principais serviços municipais, de saúde, segurança, educação, mas também as principais empresas empregadoras do concelho.
Após a retoma da circulação, as obras prosseguirão no período nocturno o que vai implicar o encerramento da travessia entre as 21:00 e as 7:00, período em que serão realizados trabalhos incompatíveis com a circulação de viaturas, acrescentou.
(in O Ribatejo)