Administração do CHMT recebe Comissão de Utentes e diz que estrutura pode ser sustentável
Foi o Dr. Silva Torres que nos recebeu e que no final admitiu que o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio tejo «tem falado muito pouco com a Comissão de Utentes» começou por dizer Manuel José Soares. Não há boas nem más notícias porque a realidade de hoje pode ser alterada por qualquer factor externo.
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Uma das garantias dadas nesta reunião é a de que hoje não há qualquer alteração decidida no que diz respeito a concentração de urgências ou outras valências, esclareceu o representante dos utentes que adiantou também que o Dr.Silva Torres reconheceu que o Conselho de Administração «não conseguiu fazer o Plano Estratégico». Foram abordados problemas pontuais como o caso da aposentação da profissional em ginecologia e obsterícia que não foi substituída e que por isso as mulheres que tinham consultas na unidade de Tiomar deixaram de as ter tendo sido assegurado que o Conselho de Administração tem tentado resolver este problema mas que ainda não há solução, «porque não tem sido fácil». Aos representantes dos utentes foi também afirmado que estão a ser afinados alguns canais de forma a dar resposta ás requisições de meios complementares de diagnóstico por parte dos cuidados de saúde primários e que, por fim, o Dr.Silva Torres disse ter consciência que o Centro Hospitalar do Médio Tejo é sustentável. Assim sendo como se justifica o «buraco de 45 milhões» de euros que ainda há dias foi notícia, uma questão que não foi respondida porque também não foi questionada dados os muitos assuntos que seria importante abordar mas que em uma hora e meia de reunião seria naturalmente impossível, explicou Manuel José Soares da Comissão de Utentes da Saúde, satisfeito por o elemento do Conselho de Administração ter assumido posições que até agora não tinham sido assumidas. «Mais vale tarde do que nunca» disse Manuel José Soares.
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Foi o Dr. Silva Torres que nos recebeu e que no final admitiu que o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio tejo «tem falado muito pouco com a Comissão de Utentes» Foi o Dr. Silva Torres que nos recebeu e que no final admitiu que o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio tejo «tem falado muito poucomeçou por dizer Manuel José Soares. Não há boas nem más notícias porque a realidade de hoje pode ser alterada por q
ERS diz que situação da saúde no país exige 'redobrada atenção'
30 de Setembro, 2011
O presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) afirma que a situação do país exige «redobrada atenção» à equidade no acesso aos cuidados de saúde, mas também à qualidade e eficiência dos serviços.
«A ERS foi criada num contexto político em que se sentiu a necessidade de regulação para prevenir as consequências, eventualmente nocivas, da introdução de mecanismos tipo mercado na prestação do serviço público da saúde», especialmente no acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde, mas também à qualidade dos serviços, diz Jorge Simões em entrevista à Lusa nas vésperas do seu primeiro aniversário como presidente da entidade, que se assinala no sábado.
Para Jorge Simões, actualmente a regulação é ainda mais necessária: «além dos aspectos relacionados com a supervisão da intervenção de estabelecimentos públicos, privados e sociais com medidas diversas no campo da contracção de despesa, especialmente da despesa pública, há aspectos de equidade, de acesso aos cuidados de saúde, mas também aspectos de qualidade e eficiência em relação aos quais é necessário ter uma redobrada atenção».
Sobre os cortes anunciados para o sector e as eventuais implicações que poderão ter para os utentes, Jorge Simões afirmou que «a contracção da despesa pública faz-se sempre à custa de qualquer coisa. Pode fazer-se à custa do desperdício, e aí é que as qualidades dos decisores políticos estão à prova, no sentido de identificar o desperdício».
Mas, alerta, «se não houver um apuramento técnico muito adequado, muito concreto em relação aos mais diversos temas, naturalmente que pode haver os riscos dos cortes, além de cortarem o desperdício, cortarem nalguns aspectos que são essenciais no acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde, concretamente ao Serviço Nacional de Saúde (SNS)».
Por isso, argumenta, «é que a ERS contribuiu no passado e contribui agora de uma forma mais redobrada para a elaboração de estudos técnicos, visando, permitindo ou colaborando no sentido de uma boa decisão política».
Nesse sentido, aponta dois estudos que a ERS está a realizar a pedido do ministro da Saúde, Paulo Macedo: a Carta Hospitalar, que vai mapear a oferta pública dos serviços de saúde, e uma análise sobre a sustentabilidade financeira do SNS, que será entregue hoje.
Relativamente à Carta Hospitalar, Jorge Simões explica que vai referenciar todos os serviços hospitalares de maneira a que «o decisor político possa decidir aquilo que é mais adequado do ponto de vista do acesso efectivo e necessário dos cidadãos aos cuidados de saúde, mas tendo em consideração também a necessidade de melhorar a eficiência».
Jorge Simões lembra que «o país mudou» e a Entidade Reguladora da Saúde tem de acompanhar a mudança que ocorreu no país no último ano. «A ERS deve olhar para o sistema de saúde de uma maneira muito compreensiva e não pode estar fechada numa torre de marfim».
E, garante, a intervenção da ERS será sempre «independente e isenta» e analisará «todas as situações que possam pôr em causa o acesso dos cidadãos a cuidados de saúde nos termos legais».
Todas as situações têm que «ser vistas caso a caso no sentido de tentar identificar quais são as consequências que daí advêm de cada uma das medidas e se elas ferem ou não aspectos centrais, nalguns casos até constitucionais, do acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde».
Lusa/SOL
ACTUALIDADE - Ideia de terminar com urgências no Nossa Senhora da Graça e em Torres Novas saiu… de Tomar. Quem o diz é António Rodrigues
António Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, afirmou à Hertz que a ideia de acabar com parte das urgências em dois dos três hospitais do Centro Hospitalar do Médio Tejo partiu, precisamente, de alguém ligado... a Tomar. O autarca torrejano disse mesmo que, nesta altura, seria melhor não levantar muitas ondas relativamente ao assunto. Aliás, enquanto presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, António Rodrigues afirma que não é obrigatória a tomada de qualquer posição, pois considera que tal não leva a lado algum.
Ainda assim, ficou a garantia de que já foi solicitada uma audiência ao Ministro da Saúde, apesar de ter ficado a convicção de que as urgências não irão ser encerradas: «É por estas e por outras que, por vezes, acontece aquilo que não queremos que aconteça... Houve efectivamente alguém que se lembrou de dizer, e foi alguém de Tomar, que uma parte das urgências deveria acabar no próximo ano. A administração já desmentiu mas o Governo ainda não abriu a boca em relação a isto. Toda esta movimentação política nas Assembleias, nas rádios, vai ao encontro dos desejos de quem decide. Estamos a colocar-nos a jeito... Em minha opinião, nesta fase do campeonato, o silêncio seria de ouro. Mas as pessoas sentem necessidade de falar... Fica-lhes bem. Enquanto presidente da Comunidade Intermunicipal não fiz e nem vou fazer qualquer proposta para tomadas de posição quando entendo que isso não leva a lado algum. Agora, se me perguntar se andamos atentos... É claro que andamos! Já pediu audiência ao Ministro da Saúde? Já pedi, sim senhor! Mas este alarido só prejudica os interesses do Médio Tejo e os hospitais de Torres Novas e Tomar. Não oiço ninguém falar sobre algo que é tão preocupante e até já há decisões... Estou a falar no encerramento das extensões de saúde! Somos todos afectados! Aqui, convinha haver uma estratégia articulada para minimizar o impacto destas decisões. Estamos, assim, perante duas totalmente distintas mas ambas preocupantes... Distintas porquê? No caso das urgências, o cenário foi negado pela administração do Centro Hospitalar, pelo que não há qualquer sentido nessas notícias. No outro caso sim, há ordens do Governo para encerrar extensões de saúde».
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE 26 DE SETEMBRO DE 2011
Período Antes da Ordem do Dia
MOÇÃO
CONTRA A DEGRADAÇÃO DO ACESSO AOS CUIDADOS DE SAÚDE
Na última sessão desta Assembleia a bancada da CDU defendeu que, embora pequenas, se verificavam algumas melhorias na área da saúde.
Estas melhorias baseavam-se essencialmente na colocação de mais médicos no ACES Serra de Aire.
Porém, foram contratados médicos que não podem exercer medicina em Portugal.! Um bom exemplo de desperdício de recursos!
Hoje, há razões acrescidas para que o acesso aos cuidados de saúde no Médio Tejo volte a estar destaque.
A primeira razão diz, directamente, respeito à saúde em si. A saúde é um bem tão precioso que merece estar sob vigilância constante. É obrigação de todos mantê-la e melhorá-la!
Outro conjunto de razões diz respeito à evolução do acesso aos cuidados.
Tem-se vindo a constatar que o acesso à prestação dos cuidados de saúde está mais dificultado, e, com tendência a piorar, em razão das medidas do governo central e das entidades locais para cumprimento das medidas impostas pela troika.
Cidadãos sem médico de família são cada vez mais, atingindo no nosso concelho neste momento mais de 14.500 utentes.
As medidas de restrição de celebração de contratos de prestação de serviços e os cortes nos custos com pessoal, determinados recentemente pelo governo contribuirão para agravar a situação.
Perspectiva-se o encerramento das extensões de saúde com menos de 1500 utentes. Esta intenção vai criar ainda mais dificuldades e obstáculos aos cidadãos do nosso concelho, pois deixará mais utentes desprotegidos e sem alternativas credíveis!
A concentração dos exames de diagnóstico nos hospitais, embora positiva para o SNS, obriga a mais e maiores deslocações com o consequente aumento dos custos para os utentes.
Alvitra-se a possibilidade do encerramento das urgências (ou parte das urgências) dos hospitais de Tomar e Torres Novas. As suas consequências agravam, e de que maneira, o acesso aos cuidados urgentes.
Diversas entidades apontam a existência de má gestão do Centro Hospitalar e de um “buraco” de milhões de euros, mas os responsáveis continuam nos seus lugares mesmo depois de os mandatos já terem terminado há um ano!
O valor das taxas moderadoras vai ser aumentado, o que irá complicar ainda mais a já precária situação financeira dos cidadãos que são obrigados a recorrer aos cuidados de saúde. É mais um obstáculo para o cidadão ver reconhecido o seu direito à saúde.
As portagens da A23 e, pelos vistos também no IC3, constituem mais um grande obstáculo nesse caminho.
Os medicamentos estão menos acessíveis, os transportes de doentes mais difíceis.
A lista de obstáculos que um cidadão doente precisa de passar para ter acesso aos cuidados de que necessita, é tão grande, que, certamente, este chegará ao fim muito cansado!.
Esta Assembleia, que representa os cidadãos do concelho de Torres Novas, não pode ficar indiferente a esta situação, por isso
A CDU propõe a aprovação da seguinte MOÇÃO:
1) A Assembleia Municipal manifesta a sua preocupação pela acelerada degradação das condições de acesso aos cuidados de saúde por parte dos cidadãos do concelho e pela demora na resolução dos graves problemas que afectam o funcionamento das unidades de saúde do Médio Tejo;
2) A Assembleia Municipal manifesta a sua oposição a todas as medidas que contribuam para dificultar a concretização prática do direito à saúde por parte dos cidadãos;
3) A Assembleia Municipal manifesta publicamente o seu apoio à luta da população do concelho por um melhor acesso aos cuidados de saúde a que têm direito.
Os eleitos da CDU