Terça-feira, 28 de Fevereiro de 2012
CHMT explica que congestionamento nas urgências se deve a um «pico gripal»
Várias pessoas denunciaram a presença de muitos doentes na urgência de Tomar instalados em macas e cadeiras e denunciaram também a retenção de macas dos bombeiros que desta forma estavam impedidos de regressar ao quartel. CHMT diz que estas situações se devem a um aumento exponencial de episódios de gripe à semelhança do que está acontecer noutros hospitais do país.
Urgências de Tomar com um númconsiderável de doentes instalados em macas e cadeiras sem o conforto devido à sua situação. Uma realidade tem levado a criticas e manifestações de desagrado por parte de alguns familiares desses doentes. Esta tarde a RCT foi abordada por diversas vezes sobre esta situação e contactou a Administração do CHMT. Joaquim Esperancinha, presidente do Conselho de Administração explica que tem havido um afluxo de doentes anormal mas que se deve ao surto gripal e não ás medidas que estão a ser implementadas no âmbito do processo de reestruturação do CHMT. Este afluxo de doentes está a acontecer também em Torres Novas e em Abrantes como noutros hospitais da região e do país: «há uma afluência muito maior que o habitual mas que tem réplica noutros hospitais, principalmente a norte do rio tejo» disse, adiantando que quinta-feira a situação estará normalizada com a abertura de mais camas em Abrantes e rejeitando que este afluxo de doentes que coincidiu com o processo de reestruturação no Médio tejo seja consequência desse processo.
Joaquim Esperancinha disse ainda que perante as informações que lhe chegam o pico gripal já estará «em fase decrescente» e, apesar de ser possível antecipar a abertura de mais camas em Abrantes, o que sucederá quinta-feira, dia 1 de março, a Administração decidiu não antecipar essa abertura por se entender tecnicamente não ser necessário.
Quanto ás queixas dos bombeiros acerca da retenção de macas nos hospitais, Joaquim Esperancinha diz que a informação que lhe chegou é que «há ambulâncias que ficam duas horas à espera» que sejam libertadas as macas, situação que para aquele responsável «é um exagero» havendo a consciência que os serviços tem que ser agilizados de forma a ultrapassar esse problema. Ainda assim o presidente do Conselho de Administração do Centro hospitalar do Médio Tejo considera que comparando com o que se passa noutras unidades hospitalares, onde há macas retidas durante 10 horas a situação não sendo a ideal não é tão grave. É algo que não deve acontecer mas numa situação de surto como a que se vive agora até se compreende. Mas o Centro Hospitalar do Médio Tejo não tem macas em número suficiente, questionámos, ao que Joaquim Esperancinha respondeu que : «o problema é o espaço, as urgências estão congestionadas em todo o lado»!
(in Rádio Cidade de Tomar)
Na quinta-feira Dia 1 de março
2012-02-28 09:54:02 (Jornal Cidade Tomar)
A Comissão de Saúde da Assembleia Municipal de Tomar convida os trabalhadores do Hospital Distrital de Tomar e população em geral a marcar presença numa marcha de pesar e de luta, entre a Praceta Mário Nunes (Edifício da PT) e o Hospital de Tomar, passando pela Av. Manoel de Mattos e Rua D. Lopo Dias de Sousa, a partir das 12h15, do dia 1 de março de 2012, dia de Tomar.
Chegados ao local, depor-se-á uma coroa de flores junto à placa do Hospital Distrital de Tomar, em sinal de luto, pelo estado da saúde em Tomar. Convidam-se os tomarenses que se quiserem associar a trazer uma flor ou uma vela.
Esta manifestação pretende ser um sinal veemente de protesto pelo Plano de Reorganização do Centro Hospitalar do Médio Tejo, e pelo anunciado encerramento da Urgência Médico Cirúrgica neste dia.
Decisão da Roche “eticamente reprovável e ilegal”
Farmacêutica fornece quatro medicamentos sem alternativa terapêutica no tratamento de situações clínicas de risco
O Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento considerou hoje "eticamente reprovável e ilegal" o corte no fornecimento de fármacos a 23 hospitais públicos decidido pela fabricante Roche, por dívidas superiores a 135 milhões de euros.
A fabricante suíça, enquanto detentora de autorizações para colocar no mercado e vender medicamentos, está "obrigada" a "garantir o fornecimento adequado e contínuo do mercado de forma a satisfazer as necessidades dos doentes, assim como a respeitar o princípio da continuidade do serviço à comunidade", considera aquele organismo tutelado pelo Ministério da Saúde.
"O não cumprimento destas obrigações é punível" por lei, adverte a nota, na qual se sugere que a multinacional "obtenha ganho das suas querelas financeiras, se assim entender, junto dos tribunais".
Acusa ainda a Roche Farmacêutica de ter interrompido o fornecimento, entre outros, de "quatro medicamentos que não têm alternativa terapêutica e são indicados para o tratamento de situações clínicas de risco para a vida dos doentes -- doenças oncológicas e virais da maior gravidade".
Domingo, 26 de Fevereiro de 2012
Austeridade pode custar “milhares de vidas”
Michael Marmot, um dos maiores especialistas em saúde pública, diz que o empobrecimento aumenta as “mortes prematuras”.
Quinta-feira, 23 de Fevereiro de 2012
TOMAR – Missão cumprida: 7553 assinaturas entregues na Assembleia da República

Missão cumprida. É este o sentimento reinante entre a comitiva que partiu de Tomar, na manhã desta quinta-feira, com destino à Assembleia da República, onde procedeu à entrega de 7553 assinaturas. A petição que pede a suspensão da reestruturação do Centro Hospitalar do Médio Tejo chegou às mãos de António Filipe, vice-presidente daquele órgão legislativo do Estado português.
A Hertz foi o único órgão de comunicação social que testemunhou o acto simbólico e seguiu viagem com todos os elementos que compõem a Comissão de Saúde, casos de Rosa Santos (PSD), Hugo Cristóvão (PS), José Vasconcelos (IpT), Paulo Macedo (CDU) e Paulo Mendes (Bloco de Esquerda). José Pereira marcou presença em representação da Assembleia Municipal de Tomar. A estes nomes juntaram-se diversos autarcas de Juntas de Freguesia do concelho, casos de Augusto Barros (São João Baptista), Augusto Lopes (Asseiceira), António Vicente (São Pedro), Carlos Lopes (Beselga), Fernando Graça (Sabacheira), Jaime Lopes (Casais), Jorge Rosa (Olalhas), José Serra (Carregueiros), Luís Antunes (Paialvo). Para além disso, tirando duas excepções, os presidentes que não puderam estar presentes delegaram funções em representantes, como foi o caso de Santa Maria dos Olivais, entre outras freguesias. Referência para o excelente ambiente e espírito de camaradagem vividos durante toda a viagem. A comitiva colocou as questões partidárias de lado e uniu-se em torno de uma causa: o Hospital Nossa Senhora da Graça. A Hertz realizou uma reportagem, em vídeo, onde ficam expressos os momentos mais importantes da deslocação a Lisboa.
TOMAR – António Filipe garantiu à Hertz que a reestruturação do CHMT pode voltar atrás

A Hertz falou, em exclusivo, com António Filipe, que recebeu, nesta quinta-feira, a pasta com as 7553 assinaturas da petição a favor da suspensão da reestruturação do Centro Hospitalar do Médio Tejo. O vice-presidente da Assembleia da República e também deputado eleito pelo PCP em Santarém, explicou à nossa reportagem quais os trâmites que vão ser seguidos em relação à petição.
António Filipe não exclui a possibilidade de haver um retrocesso naquilo que já foi feito no Centro Hospitalar do Médio Tejo, ou seja, a porta continua aberta para o regresso da medicina interna e da ortopedia ao Hospital Nossa Senhora da Graça: «Recebi esta petição em nome da presidente da Assembleia da República. De seguida, farei um despacho de emissão deste processo para a Comissão de Saúde, que irá ficar encarregue deste dossier. Esta Comissão irá nomear um deputado, que será o relator. Este deputado irá ouvir o Ministério da Saúde, para além de uma audição formal dos peticionários. Ou seja, quem entregou esta petição será convocado para expor as suas razões. Depois desta fase, será aprovado o relatório final, com consequente envio à presidente da Assembleia da República para agendamento em Plenário. Esta petição, porque tem mais de quatro mil assinaturas, é obrigatoriamente debatida em Plenário. Nesse debate serão apreciadas e votadas algumas iniciativas que tenham sido apresentadas por grupos parlamentares respeitantes à matéria em causa. Neste momento, sabe-se que há uma iniciativa do PCP, que está na Comissão de Saúde. Das duas uma: ou o relatório da petição está concluído antes da apreciação dessa iniciativa e serão debatidas, em conjunto, por arrastamento. Ou, então, se o projecto de resolução for agendado primeiro, isso irá acelerar o processo de apreciação da petição. Faço votos para que este processo decorra como celeridade. Como eleito que sou pelo círculo de Santarém, sei que os peticionários querem que o processo seja avaliado sem factos consumados. No que depender de mim, irei esforçar-me nesse sentido».
«Comissão deve discutir processo, ainda que tal imponha reposição de serviços»
«No âmbito da apreciação desta petição, tem de haver uma discussão sobre o que fazer, com celeridade, até porque há decisões que já foram implementadas no terreno. Será mau que esta petição seja discutida quando tudo estiver consumado. Nesse sentido, não se devem consolidar decisões negativas que tenham sido tomadas. A Comissão de Saúde deve discutir o que fazer, ainda que tal imponha a reposição de serviços que tenham sido abandonados».
Quarta-feira, 22 de Fevereiro de 2012
TOMAR - Mais de sete mil assinaturas vão ser entregues, nesta quinta, na Assembleia da República

Uma comitiva, que andará por volta das trinta pessoas, irá deslocar-se até à Assembleia da República para, na manhã desta quinta-feira, proceder à entrega da petição, que pede a suspensão do processo de reestruturação do Centro Hospitalar do Médio Tejo.
Mais de sete mil assinaturas - às quais ainda falta contabilizar o abaixo-assinado que tem decorrido na internet - vão chegar às mãos de Assunção Esteves, presidente da Assembleia. Importa referir que os membros da Comissão de Saúde da Assembleia Municipal de Tomar irão ser recebidos por todas as forças com assento no parlamento, ocasião em que, por certo, estarão em cima da mesa todas as dúvidas e protestos em relação à reestruturação do CHMT. A comitiva, que parte de Tomar por volta das sete da manhã, irá viajar no autocarro do Município e, nessa viagem, seguem representações de todas as juntas de freguesia do concelho.
Terça-feira, 21 de Fevereiro de 2012
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Gabinete do Ministro
Despacho n.º 2398/2012
1 — Nos termos e ao abrigo do disposto na alínea a) do n.º 1 e nos n.os 4 e 5, todos do artigo 18.º dos Estatutos constantes do anexo II ao Decreto -Lei n.º 233/2005, de 29 de dezembro, com as alterações introduzidas pelos Decretos -Leis n.os 50 -A/2007, de 28 de fevereiro, 18/2008, de 29 de janeiro, e 176/2009, de 4 de agosto, nomeio presidente do conselho consultivo do Centro Hospitalar do Médio Tejo, E. P. E., o Prof. Doutor João Manuel Godinho de Queiroz e Melo.
2 — O presente despacho produz efeitos a partir do dia imediato ao da sua assinatura.
9 de fevereiro de 2012. — O Ministro da Saúde, Paulo José de Ribeiro Moita de Macedo
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Domingo, 19 de Fevereiro de 2012
REUNIÃO
COMISSÃO UTENTES SAÚDE
DO MÉDIO TEJO
Segunda, 20.2.2012, 18,30 horas
na Casa Sindical de Torres Novas


Em Portugal grassa a impunidade: BPN, Universidade Independente, mil milhões em submarinos, Isaltino Morais, entre centenas de casos. Ninguém vai preso.
Mas este governo quer mandar para a prisão os Administradores Hospitalares (AH) por violação das regras da assunção de compromissos - «obrigações de efectuar pagamentos a terceiros em contrapartida do fornecimento de bens e serviços ou da satisfação de outras condiçõe» , art. 90.º, dec-lei n.º 32/2012 de 13.02.12 link.
Mais grave: Os hospitais do Estado, depois da publicação deste diploma, deixam de poder comprar a crédito - medicamentos, consumo clínico, serviços, enfim tudo que é necessário para assegurar a sua actividade - nas situações em que «compromissos excedam os fundos disponíveis (verbas disponíveis a muito curto, n.º 6, artigo 82.º do referido diploma).
Por sua vez, os fornecedores correm o risco de ficarem de mãos a abanar caso efectuem fornecimentos de bens ou serviços «sem que o documento de compromisso, ordem de compra, nota de encomenda ou documento equivalente possua a clara identificação do emitente e o correspondente número de compromisso válido e sequencial, obtido nos termos do n.º 3 do artigo 84.º, não poderão reclamar do Estado ou das entidades públicas envolvidas o respetivo pagamento ou quaisquer direitos ao ressarcimento, sob qualquer forma.»
Que dizer deste diploma? Tentativa de um grande salto, maior que a perna. Infelizmente o nosso ordenamento jurídico está repleto deste tipo de leis, vocacionadas ao incumprimento.
Inevitável: A publicação da lei dos compromissos não podia deixar de dar azo às cenas do costume.
Os piegas dos AH barafustam, barafustam. Ameaçam com a demissão em bloco (é... o demites). Enquanto o ministro da saúde diz não ter conhecimento de qualquer ameaça e que a lei é para cumprir. E reforça: “Há uma maior exigência relativamente aos gestores hospitalares e a todos os do sector empresarial do Estado, no sentido de haver um pagamento das dívidas que os hospitais e outras empresas têm e não serem criadas novas dívidas”. Não explica, no entanto, aonde os AH, sujeitos a responsabilidade civil, criminal, disciplinar e financeira, sancionatória e ou reintegratória, nos termos da lei em vigor, vão buscar o dinheiro para as despesas correntes.
Pedro Lopes, finalmente vogal do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, parece decidido a atirar-se: “Nenhuma pessoa minimamente inteligente aceita continuar se não houver alterações. Ficarmos é atirarmo-nos ao precipício”.
Outro AH, teme a penhora das três assoalhadas: “Ninguém aceita que lhe possam penhorar a casa ou enfrentar a cadeia por causa de uma lei que é impossível de cumprir”.
E a mudança cultural não podia faltar: «A nova lei tem aspectos positivos, porque “vai obrigar a uma mudança de cultura”, que já devia ter acontecido há vários anos. O problema é a mudança súbita, radical sem ter em conta o subfinanciamento das unidades nem o carácter excepcional do sector da Saúde, em que a falta de dinheiro pode traduzir-se na morte de pessoas.»
Desta vez, é a doer!... Dificil de acreditar...num país de piegas e artistas.