Utentes da Saúde do Médio Tejo

A Comissão de Utentes da Saúde reúne na próxima segunda, a partir das 18,30 horas, na Casa Sindical de Torres Novas, para analisar e tomar posição pública sobre as informações prestadas pelo Conselho de Administração do CHMT.

Aproveitaremos também a oportunidade para fazer o balanço da recolha de assinaturas “Pela Nossa Saúde”, que refere concretamente aspectos da organização da prestação de cuidados de saúde na Região do Médio Tejo.

Precisamos de um fio condutor

« na política de Saúde»

José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos (OM), lançando ontem à noite um novo ciclo de conferências promovido pela organização que lidera, disse que «não se percebe bem qual é a linha de condução política em termos da definição do futuro do sistema nacional de saúde».

Algumas das medidas tomadas pela tutela, conforme confessou, deixam-no até «perplexo». Isto porque «parecem expressar» então «uma falta de linha condutora hierárquica que, prejudicando os doentes, não beneficiam o Serviço Nacional de Saúde (SNS)».

Para sustentar a tese, José Manuel Silva referiu a «deslocação» para Santarém de 240 portadores do vírus HIV que eram seguidos no Hospital de Torres Novas.

«Esta perspectiva de centralizar não traz, em muitas situações - não posso dizer se na maioria ou minoria -, qualquer benefício», notou, verificando que no caso referido o Estado tanto paga o correspondente «preço compreensivo» num local como noutro.

O problema é que, nos cálculos do bastonário da OM, o Ministério da Saúde somou mais 90 quilómetros - as cidades de Torres Novas e Santarém distam cerca de 45 quilómetros – ao trajecto que tem de ser percorrido pelos 240 utentes do SNS em causa.

«Como estes doentes significam, em média, muito mais de mil consultas por ano, quer dizer que se acrescentou ao seu seguimento cerca de 100 mil quilómetros anuais de deslocações», estimou José Manuel Silva.

Se fossem feitas contas para avaliar o impacte no terreno de algumas das medidas tomadas pelo ministério da João Crisóstomo, em Lisboa, conjecturou o bastonário, «provavelmente isso teria obstado a que a decisão pudesse ter sido tomada».

Daí que o representante dos médicos tenha chegado à seguinte conclusão: «Precisamos de um fio condutor na política de saúde em Portugal e de definir, claramente, qual é o futuro do nosso sistema nacional de saúde.»

Bastonário da Ordem dos Médicos , TM 19.06.12

A CUSMT reuniu, ontem, dia 18 de Junho, em Torres Novas, com o Grupo Parlamentar do Partido Ecologista “Os Verdes” que se fez representar pelo Deputado José Luís Ferreira, acompanhado por Manuela Cunha e Sónia Colaço, para analisar a situação actual dos Serviços Públicos no Distrito de Santarém e a prestação de cuidados de saúde no médio Tejo. Depois de trocadas informações e experiências sobre a situação que se vive na zona, nos diversos serviços públicos e especialmente nos serviços de saúde, depreendendo-se, facilmente, que têm sido de uma forma geral reduzidos, de menor qualidade e, em alguns casos, encerrados, sempre em prejuízo dos utentes, no que respeita à saúde, formou-se consenso que: • As medidas que estão a ser tomadas, tanto a nível nacional como local, são um ajuste de contas com o Serviço Nacional de Saúde que tem permitido às populações fácil acesso a bons cuidados de saúde; • Essas medidas representam cortes e mais cortes na prestação de cuidados de saúde, deixando as populações desapoiadas e sem acesso aos serviços, incentivando ou obrigando o recurso a serviços de saúde privados; • É permanente o encerramento de serviços do SNS, ao mesmo tempo que abrem e se incentivam serviços de saúde privados com o apoio explícito, ou implícito do Estado; • Está a ser feita de uma forma galopante e escandalosa a transferência dos custos do SNS para o Utente; • Estas medidas estão a ser executadas sem estudos que as sustentem, ao mesmo tempo que se gastam milhões em pareceres que não são aplicados por serem tardios ou por não virem ao encontro dos interesses e da política que estão em curso; • Só a reacção e participação activa das populações e das organizações que defendam o SNS poderá contribuir para inverter esta situação.

 Torres Novas, 19 de Junho de 2012

A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo, tendo em conta que os dois últimos pedidos de reunião ao Conselho de Administração do CHMT não se concretizaram com o argumento de que seriam temas a tratar no âmbito do Conselho Consultivo do CHMT, que estaria em fase de instalação, o que ainda não se verificou, resolveu solicitar uma reunião com o objectivo de trocar informações sobre a actual situação do Centro Hospitalar e fazer avaliação das medidas implementadas e suas consequências para os utentes e sociedade envolvente.

Face às mudanças no Centro Hospitalar do Médio Tejo, algumas das quais, não anunciadas nem previstas no Plano de Reorganização (que têm dificultado o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde), à existência de uma proposta de Carta Hospitalar que refere alterações nos serviços do CHMT e à inexistência de Conselho Consultivo, justifica-se plenamente esta iniciativa da Comissão de Utentes.

A Assembleia Municipal de Torres Novas, na sua reunião de 28.6.2012, vai debater a proposta de Carta Hospitalar (apresentada pela ERS) e as suas implicações no Centro Hospitalar do Médio Tejo.

PELA NOSSA SAÚDE!

Pela nossa saúde! 

10 326 cidadãos

já assinaram 

Defendemos o aproveitamento integral
das unidades de saúde.

Somos
contra o encerramento de serviços hospitalares, de Extensões de Saúde e
farmácias nas zonas rurais.

Reclamamos
que os serviços de Urgência, medicina
interna, pediatria e cirurgia do ambulatório devem existir nas três unidades do
CHMT (Abrantes, Tomar e T. Novas).

Foram abertas vagas em muitos hospitais.

Ver lista de hopitais e especialidades em:

http://www.acss.min-saude.pt/Portals/0/Despacho%20n.º%207702-D.2012.pdf

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Rádio Cidade de Tomar

2012-06-19 11:23:42

CHMT anuncia vagas para 28 especialistas     

Nunca o Centro Hospitalar do Médio Tejo difundiu tanta nota à imprensa em tão curto espaço de tempo, apesar de ter convocado uma conferência de imprensa para a próxima quinta-feira. Agora anuncia-se a abertura de 28 vagas para serem preenchidas por especialistas em diferentes áreas.

Aqui transcrevemos a nota informativa chegada à redacção:

«O Centro Hospitalar do Médio Tejo inicia neste segundo semestre uma nova fase da reforma que decorrre desde Janeiro de 2012.
O objetivo agora está centrado na melhoria da eficiência organizacional e recebeu um impulso fundamental com a recente abertura de 28 vagas para serem preenchidas por novos Especialistas de várias áreas, que irão reforçar o Quadro Médico deste Centro.
A chegada em breve destes novos Especialistas constitui um avanço importante na consolidação do Plano de Reorganização doCHMT».

Fonte: OPSS

MÉDIO TEJO – Consulta de cirurgia pediátrica disponível a partir de Julho

É já neste mês de Julho que terá início a consulta de Cirurgia Pediátrica do Centro Hospitalar do Médio Tejo, um serviço que fica englobado na Pediatria do Hospital de Torres Novas.

Refira-se que esta novidade foi dada a conhecer através de uma nota de imprensa do próprio CHMT que refere, nesse mesmo texto, que este serviço de consulta será realizado «em colaboração com cirurgiões do Hospital Dona Estefânia, de Lisboa, e permitirá uma maior diferenciação do Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar, concretizando, assim, um dos objectivos do Plano de Reorganização». Não deixa de ser curioso que se dê a conhecer este novo serviço pouco tempo depois de ter sido colocada em causa a continuidade da Pediatria em Torres Novas, através do estudo da Entidade de Saúde. Dessa forma, com este reforço, na prática, fica quase a certeza de que o Hospital Rainha Santa Isabel irá continuar a ter essa valência.
Conferência de imprensa na quinta - Tal como a Hertz tinha avançado, em primeira-mão, nesta sexta-feira, o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo irá promover uma conferência de imprensa nesta quinta-feira, a partir das 11h30, no auditório do Hospital de Torres Novas. Em cima da mesa estará, assim, a realização de um balanço sobre a reorganização que continua a ser levada a cabo no CHMT.

Executivo socialista chumba proposta para debater carta hospitalar

A vereadora da CDU na Câmara de Torres Novas, Filipa Rodrigues, apresentou na reunião de 12 de Junho uma proposta na qual proponha a realização de uma reunião extraordinária da assembleia municipal para, em conjunto com a câmara, debater o estudo sobre a Carta Hospitalar que foi recentemente emitido pela Entidade Reguladora da Saúde. De acordo com a mesma, este estudo propõe “alterações significativas no CHMT, com consequências directas no Hospital de Torres Novas” pelo que no entender da CDU, a câmara e assembleia deviam produzir uma tomada de posição conjunta de forma a salvaguardar os legítimos interesses dos utentes do CHMT. O presidente da Câmara de Torres Novas, António Rodrigues, não concordou e votou contra, tal como os seus vereadores socialistas.