Afinal, não houve qualquer votação relativamente à petição que pede a suspensão da reestruturação do Centro Hospitalar do Médio Tejo. O documento chegou, nesta quinta-feira, à reunião de plenário mas, para surpresa da própria comitiva que viajou de Tomar até Lisboa, as diversas bancadas da Assembleia da República disseram de sua justiça em relação às pretensões dos 7553 peticionários... sendo que se ficou sem saber se a referida petição foi aprovada ou não.
Aliás, a delegação tomarense lamentou não ter sido informada sobre a existência de um período antes da ordem do dia, o que fez com que cerca de meia centena de pessoas (alguns desistiram pelo meio) tivessem que aguardar nas bancadas do parlamento mais de quatro horas para ouvir as considerações das diferentes forças. Carina João Oliveira, deputada do PSD, eleita no distrito de Santarém, começou por usar da palavra, não hesitando em fazer a defesa da reestruturação do Centro Hospitalar do Médio Tejo, posição que não deixou de provocar algum desconforto nas bancadas uma vez que a social-democrata era a relatora do processo. Baseando-se apenas em números, Carina João Oliveira recuou no tempo e classificou como «má decisão» a construção de três hospitais no Médio Tejo, não deixando de alertar para os «61 milhões de euros de dívida só a fornecedores externos», para além de «35 milhões de euros negativos de capitais próprios». A deputada do PSD sublinhou, ainda, que a urgência vai ficar em Tomar e que se houver registo para erros nesta reestruturação «que se corrijam». A Assembleia da República TV fez a transmissão da reunião e registou, dessa forma, as principais intervenções.
António Filipe (PCP) - Depois de Carina João Oliveira, saliência para a intervenção de António Filipe, da bancada do Partido Comunista, nome que sempre acompanhou, bem de perto, todo este processo. O deputado fez questão de alertar para os gastos que as pessoas têm que fazer perante a instalação de portagens: «O processo de reorganização do Centro Hospitalar do Médio Tejo traduziu-se, afinal, no processo de desorganização da vida as pessoas abrangidas por este centro. Os utentes, em vez de serem atendidos nos serviços a que sempre recorreram, agora têm de andar de trás para a frente na A23, com as portagens recentemente colocadas. A população de Tomar está entre as mais sacrificadas, mas não são as únicas. Todos os utentes do Médio Tejo foram negativamente afectados por estas mexidas. O grupo parlamentar do PCP acompanhou de perto este processo e sempre manifestou grande preocupação quanto às consequências em relação ao acesso à saúde».
João Semedo (BE) - Registo, depois, para as restantes intervenções das diferentes bancadas. Em declarações reproduzidas pela Assembleia da República TV, João Semedo, do Bloco de Esquerda, disse que a reestruturação não teve por objectivo melhorar os cuidados de saúde: «Esta reestruturação não teve por objectivo melhorar os cuidados de saúde, mas sim resolver a situação deficitária em que o hospital se encontrava. Aliás, a senhora deputada, na sua intervenção, não foi capaz de elencar um aspecto positivo da reestruturação. O que a senhora deputada disse é que se pouparam 16 milhões de euros. Eu ainda não avalio as unidades de saúde pela poupança mas sim pela qualidade dos serviços prestados. Os peticionários deste documento têm toda a razão. Era necessário parar para pensar. E mudar para melhor».
Idália Serrão (PS) - Seguiu-se Idália Serrão, do Partido Socialista. A deputada, eleita por Santarém, saudou a comitiva tomarense, como aliás fizeram todas as bancadas, e não deixou de dar uma alfinetada a Miguel Relvas, ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares e ainda presidente da Assembleia Municipal de Tomar, assinalando a ausência do governante na delegação nabantina. Relativamente à petição propriamente dita, Idália Serrão disse que o PS respeita a pretensão dos aderentes mas alertou que a interrupção da suspensão iria colocar em causa a prestação de cuidados no Médio Tejo: «O Partido Socialista respeita a pretensão dos eleitos da Assembleia Municipal de Tomar para que se suspenda, de imediato, o processo de reorganização do Centro Hospitalar do Médio Tejo, alterando igualmente e de imediato a classificação referente ao serviço de urgência no Hospital Distrital de Tomar, passando a adoptar a classificação de serviço de urgência médico-cirúrgica. Manifestamos, por conseguinte, nesta fase, a interrupção proposta possa vir a colocar em causa uma prestação de cuidados de saúde de qualidade e uma distribuição equilibrada dos recursos nos concelhos de Abrantes, Torres Novas e Tomar. Mas não ignoramos aqueles que são os problemas do Hospital de Tomar. Por isso dizemos que este processo não poderá colocar em causa a qualidade dos serviços prestados à população do concelho de Tomar».
Margarida Netto (CDS) - Do lado do CDS/PP, como se esperava, surgiu total concordância em relação à reestruturação, sendo que a deputada Margarida Netto, do distrito de Santarém, fez ainda questão de dizer que a sua bancada compreendeu os transtornos causados: «O CDS não deixa de compreender os transtornos que a reestruturação possa ter causado. No entanto, a manutenção desgarrada da anterior situação teria custos muito significativos. Manter a duplicação de serviços seria ofensivo numa altura em que se podem tantos esforços aos portugueses».
José Luís Ferreira (Verdes)- A última intervenção da noite foi da autoria de José Luís Ferreira, dos Verdes, que chamou a atenção para as gravosas consequências que a reestruturação provoca nas populações: «Chamámos a atenção para as gravosas consequências que as alterações iriam provocar nas populações. A medicina interna foi retirada, houve redução na urgência, houve extinção de metade das camas no hospital de Tomar, houve a extinção de cerca de uma centena de postos de trabalho... O Governo virou as costas às pessoas. É inaceitável».
por Lusa, texto publicado por Paula Mourato<input ... >Hoje<input ... >
A União Humanitária dos Doentes com Cancro alertou hoje para a existência de doentes oncológicos sem dinheiro para comer, uma situação que agrava a sua condição física já debilitada pela doença e pelos efeitos dos tratamentos.
O alerta da associação surge a propósito do Dia Mundial da Alimentação, assinalado a 16 de outubro, que lembra ainda a importância da alimentação na prevenção do cancro e na melhoria do prognóstico do doente oncológico.
"Muitos doentes têm dificuldades económicas. O pouco apetite que têm, não têm dinheiro para comer", disse à agência Lusa Cláudia Costa, psicóloga da associação.
"Estamos a passar uma fase muito complicada e as pessoas não têm dinheiro para se alimentar e os doentes oncológicos precisam, mais ainda, de uma alimentação mais equilibrada e uma vida saudável", sustentou.
Cláudia Costa contou à Lusa que já foi a casa de vários doentes levar comida, "mas está a ser cada vez mais difícil porque cada vez há menos donativos" para associação de solidariedade social e de beneficência, sem fins lucrativos, "mas tentamos sempre ajudar quando nos pedem".
"Há outro tipo de doentes que não têm dificuldades económicas, mas não têm apetite devido à doença e aos tratamentos", comentou.
Cláudia Costa lembrou que os doentes oncológicos têm de ter muito cuidado com a alimentação.
"O cancro e a malnutrição são duas condições que estão frequentemente associadas, seja pelas alterações fisiológicas resultantes da doença, seja pelos efeitos colaterais do tratamento, como a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia, sendo fundamental realizar uma adequada intervenção nutricional - fator que deve ser encarado como um complemento fundamental ao tratamento", explicou.
Uma alimentação correta pode prevenir o desenvolvimento de certos tipos de cancro e aumentar a capacidade de resposta do organismo e contribuir para a evolução positiva da doença, após diagnóstico.
"É, pois, fundamental um estado nutricional adequado que ajude a prevenir complicações e outras doenças, a otimizar a qualidade de vida do doente nos vários estádios da doença, a aumentar a resposta e tolerância aos tratamentos e a obter alta hospitalar mais cedo. Verifica-se que, na maior parte dos casos, as necessidades nutricionais dos doentes oncológicos são superiores às da população em geral", acrescentou.
Dados mostram que a desnutrição afeta 40 a 80 por cento dos doentes oncológicos, e que a maioria dos familiares e amigos, destes pacientes, não sabem como lidar com o problema, apesar de reconhecerem que as carências alimentares, decorrentes do cancro, são graves ou muito graves.
Auditoria aos hospitais do SNS
É já na próxima quinta-feira, a partir das 15 horas, que irá discutir-se, em Assembleia da República, a petição que pede a suspensão da reestruturação que tem sido levada a cabo no Centro Hospitalar do Médio Tejo. Este processo já se arrasta desde Fevereiro último, altura em que uma delegação tomarense entregou, nas mãos de António Filipe, vice-presidente da Assembleia, mais de sete mil assinaturas.
Muitos meses passaram, muita polémica pelo meio também, de tal forma que a dita reestruturação já está em fase muito avançada, ou seja, a medicina interna e a despromoção da urgência, de que os nabantinos tanto reclamavam e reclamam, são serviços que já estão concentrados em Torres Novas e Abrantes, respectivamente, pelo que a votação desta petição nesta altura de pouco poderá valer. Tudo aponta, dessa forma, para que PSD e CDS-PP votem contra as intenções dos aderentes, sendo que o PS também deverá seguir pelo mesmo caminho ou, então, optar pela abstenção. Os previsíveis votos a favor da CDU e do Bloco de Esquerda não irão chegar para o cumprimento dos desejos nabantinos. Refira-se que a Câmara Municipal de Tomar disponibiliza os dois autocarros para que os diferentes membros das forças políticas do concelho possam deslocar-se até Lisboa e assistir a esta votação.
(Rádio Hertz)
A Marcha Contra o Desemprego irá passar pelo concelho de Tomar no dia 11 de Outubro (quinta-feira), pelas 9h30, altura em que dezenas de pessoas irão cumprir um percurso cujo início será junto ao Centro de Emprego e o final em plena Praça da República. Esta é uma organização da CGTP-IN, sendo que a União de Sindicatos de Santarém encabeça a coordenação distrital e o concelho de Tomar foi o escolhido para o arranque da marcha em pleno Ribatejo devido ao elevado número de insolvências que tem registado durante os últimos anos.
Numa conferência de imprensa que contou com as presenças de Manuel Martins, da Concelhia local da CDU, Filipe Vintém, membro da Assembleia Municipal na bancada do Bloco de Esquerda, e de Rui Aldeano, destaque para as palavras deste último, que é o coordenador da União de Sindicatos de Santarém. Foram apresentados números relativos ao desemprego no distrito, sendo que em Tomar, por exemplo, há dados que apontam para 2580 pessoas sem trabalho: «No distrito de Santarém, em Julho, a taxa de desemprego em relação ao mês homólogo, cresceu 29,8% e, em Agosto, 28,5%, sendo calculado que o número real de desempregados seja de 28 mil. No que diz respeito a Tomar, calcula-se que no mês de Agosto o desemprego tenha atingido sensivelmente 2580 pessoas, números enormes se tivermos em conta a população activa do concelho». Rui Aldeano não deixou, ainda, de focar alguns exemplos recentes de empresas que fecharam portas ou que têm passado por maus momentos. E, com efeito, do concelho de Tomar houve registo para várias citações: «Falamos do Portugal onde empresas como a Citaves, IFM-Platex, Unimármores, Marfrel, Citaves, Metalúrgica de São Lourenço, Martifer, Tegael, Jumbo de Santarém e a Univer, encerraam ou reduziram postos de trabalho entre muitas outras pequenas empresas que não conseguem resistir a tanta austeridade e a esta política de empobrecimento. Esta é a hora de dar a palavra aos desempregados, de mostrar que os trabalhadores querem trabalhar e que cada trabalhador desempregado, a cada dia que passa sem emprego é mais um dia de angústia e de incerteza». Como sublinhado, a Marcha Contra o Desemprego irá passar pelo distrito de Santarém no dia 11 de Outubro, sendo que Tomar, Entroncamento e Benavente foram os concelhos escolhidos. Rui Aldeano explicou porquê: «Pretendemos que esta marcha saísse de Tomar pois este é um concelho que até há bem pouco tempo foi muito industrializado e que, num espaço de três anos, tem sofrido um grande número de insolvências com as consequências que isso tem provocado para a população e para o desenvolvimento concelhio. Pretendemos hoje, e mais que tudo, apelar a todos os que passam pela situação de desemprego, os que têm amigos ou familiares nessa situação, aos precários ou até aqueles que ainda não conseguiram o seu emprego, que venham para a rua mostrar que o desemprego não é uma questão de números mas sim de pessoas e das suas vidas. A CGTP-IN preocupa-se com todos os trabalhadores empregados ou desempregados e pretende dar voz a todos e nesse sentido está a promover uma grande Marcha Nacional contra o Desemprego, que começou a 5 de Outubro e irá decorrer até ao dia 13. Esta marcha deve ser de todos, dos desempregados, dos jovens à procura do primeiro emprego, dos precários, dos trabalhadores que aguardam pelas suas indemnizações há longos anos e até daqueles que hoje têm emprego mas que não sabem o dia de amanhã».
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