Quarta-feira, 20 de Março de 2013
C o n v i t e
para o 10º. Aniversário
da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo
23 de Março de 2013, 15 horas
Auditório do Montepio Nossa Senhora da Nazaré,
em Torres Novas
Neste mês de Março, a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo comemora 10 anos de actividade ininterrupta. Foi uma década de intervenção, caracterizada pelo apoio aos anseios das populações em matéria de prestação de cuidados de saúde.
Foram, também, anos de esforços no sentido de reforçar a participação de utentes (que chegou a abranger dezenas de milhares de cidadãos) e instituições locais e regionais quer na apresentação de soluções que privilegiaram sempre a proximidade e a qualidade dos serviços prestados.
É este o caminho que queremos continuar a trilhar. Assim, a 23 de Março de 2013, entre as 15 e as 19 horas, no Auditório do Montepio Nossa Senhora da Nazaré, em Torres Novas, promoveremos uma sessão/debate comemorativa do 10º. Aniversário desta Comissão de Utentes.
Para esta iniciativa, que terá como tema central “A PARTICIPAÇÃO DOS UTENTES NA ORGANIZAÇÃO DOS CUIDADOS DE SAÚDE”, gostaríamos de contar com a presença.
Para esta iniciativa foram convidados todos os Grupos Parlamentares da Assembleia da República (alguns já confirmaram a presença), instituições locais e regionais.
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(intervenção na reunião CMTN, sobre o CHMT)
*Como se temia, e como a CDU várias vezes alertou, a Medicina Interna vai sair este mês do Hospital de Torres Novas. Trata-se da valência mais importante do Hospital, sendo a que tem mais procura pela população doente e pelos familiares e amigos.
A saída da Medicina Interna implica o fim de 70 camas, sendo que 14 das quais já estão fechadas e as restantes passarão para o Hospital de Abrantes ainda este mês. Serão destruídos 80 postos de trabalho, sendo 44 enfermeiros, 25 auxiliares, 10 médicos e 1 administrativo.
A deslocação da Medicina Interna para o Hospital de Abrantes constitui a machada final no Hospital de Torres Novas. Depois de ter ficado sem outras valências o Hospital de Torres Novas é neste momento uma sombra do que foi. A situação implica a deslocação dos doentes e a sua permanência no Hospital de Abrantes com todas as consequências negativas que isso implica não só para os doentes em especial mas também para os familiares e amigos que terão as visitas muito dificultadas.
Esta decisão, absolutamente errada e com consequências dramáticas para a população do nosso concelho, foi tomada pela vontade exclusiva da Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo. Ora, tendo em conta a extrema gravidade da decisão e as nefastas consequências que a mesma provocará na população de Torres Novas, a Câmara não pode alhear-se da situação.
Enquanto entidade representativa da população do concelho, a qual será altamente prejudicada com a saída da Medicina Interna do Hospital de Torres Novas, a Câmara deverá tomar uma posição clara e inequívoca de oposição à medida e manifestá-la perante a Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo. E tudo deve fazer para que este caminho, absolutamente trágico para a população do nosso concelho que fica sem direito aos cuidados de saúde, seja invertido. O Hospital de Torres Novas tem que manter a Medicina Interna. E a Câmara tem a obrigação de tudo fazer para isso seja uma realidade.
(Carlos Tomé, 19.3.2013)
Saúde Oral
TANTA FALTA FAZ NO SNS

Reunião da População de Montalvo
Na 6ª feira dia 15 de Março de 2013, pelas 18,30, realizou-se uma reunião da população de Montalvo, na Casa do Povo, convocada pela Junta de Freguesia, para analisar a intenção do Centro de Saúde de Constância, de encerrar a Extensão de Saúde de Montalvo.
Estiveram presentes, o Presidente e Vereadores da Camara de Constância, o Presidente da Junta de Freguesia de Montalvo, a CUSMT e cerca de 150 munícipes.
O Presidente da Camara iniciou a reunião informando das démarches que a Camara e a Junta tinham feito para resolver o problema da falta de médico em Montalvo e dizendo que estavam ali com a população para, em conjunto, verem o que fazer perante a decisão do Centro de Saúde, que pretende inscrever todos os utentes de Montalvo com médico de família, mas no Centro de Saúde de Constância. Não entende esta decisão e acha que a falta de condições não pode ser argumento dado que a Camara e a Junta se dispuseram a fazer o que fosse necessário nas instalações. Informou, ainda, que esperava a presença do Dr. Ciborro que viria para esclarecer os presentes das vantagens de passarem para Constância.
O Dr. Ciborro, chegou bastante apressado e sem tomar o seu lugar na mesa, disse que decidiram resolver a situação do Concelho de Constância, aceitando inscrever com médico de família os utentes de Montalvo, mas só em Constância e nunca em Montalvo. Perante uma ou outra reação dos presentes o Dr. Ciborro abandonou a sala.
O Presidente da Camara perante aquela atitude afirmou que existe realmente má vontade com a população de Montalvo (1300 pessoas) dado que a Camara tem procurado por todos os meios resolver a situação e até se dispôs a colocar um carro com motorista para transportar o médico para Montalvo e regresso, o que é muito mais fácil e económico, que transportar 1300 utentes.
A Vereadora Júlia Amorim, responsável pela área social e da saúde, especificou todos os passos dados pela Camara com o Secretário de Estado, o Centro de Saúde e o ACES Médio Tejo, do qual só agora, depois de muitas insistências, conseguiu a marcação de uma reunião para o dia 27 de Março. Considerou que, apesar de tudo, alguma evolução houve, dado que antes não havia médicos de família nem de recurso para a população de Montalvo e agora já aparecem médicos de família. Lembrou que já há utentes de Montalvo a inscrever-se em Constância.
Seguiram-se várias intervenções no sentido de afirmar que os idosos são quem tem mais dificuldades e ficam abandonados e a necessidade de se fazer alguma coisa para contrariar esta situação tendo sido sugerido que se promova uma concentração no momento e no local da realização da reunião de 27 de Março. Houve quem achasse que era tarde e que se deveria fazer alguma coisa antes e houve quem solicitasse que a CUSMT de utentes se pronunciasse.
A CUSMT informou que estava totalmente disponível para apoiar o que a população decidisse, alertou para o facto de estarem a seguir diretivas da tutela que visam centralizar e encerrar extensões o que a CUSMT sempre tem procurado contrariar, porque não há qualidade do serviço sem proximidade e fácil acesso. Informou que o ACES Médio Tejo ainda não fez, nem marcou qualquer reunião com CUSMT nem com o Concelho da Comunidade e sugeriu que os utentes de Montalvo deixassem de se inscrever em Constância para não prejudicar as démarches que vierem a ser feitas, como já aconteceu noutros locais. Por fim incentivou os presentes a encontrarem formas de reagir, pois quando se luta perde-se ou ganha-se mas, quando não se luta já se perdeu, reafirmando a total disponibilidade para as apoiar.
Centro Hospitalar do Médio Tejo já tem cardiologia pediátrica
(in O Ribatejo)

Até há bem pouco tempo, os recém-nascidos no Centro Hospitalar do Médio Tejo com suspeita de doenças de coração tinham de ser transferidos para os hospitais centrais de Lisboa, que dispunham da tecnologia e dos recursos humanos especializados que não existiam então no CHMT, o que envolvia custos e transtornos acrescidos para as famílias das crianças. Por isso, quando na semana passada dois recém-nascidos com suspeita de cardiopatia congénita foram observados pela cardiologista pediátrica do Centro Hospitalar, que confirmou a doença num dos casos, o conselho de administração considerou que este foi “um momento único na afirmação da capacidade de diagnosticar patologias cardíacas em crianças com idade pediátrica”.
Em nota de imprensa, o conselho de administração do Centro Hospitalar disse que “estamos no bom caminho, a trabalhar em prol dos nossos doentes, minimizando o seu sofrimento, maximizando a capacidade de resolução dos seus problemas através de um diagnostico precoce, fruto de um investimento tecnológico e humano a que se propôs este conselho de administração”.
Segunda-feira, 18 de Março de 2013
Sexta-feira, 15 de Março de 2013
Urgências básicas estão em Torres Novas há um ano
A reclassificação das urgências das unidades de Torres Novas e Tomar entrou em vigor no dia 1 de Março de 2012, ficando a unidade de Abrantes com a urgência médico-cirúrgica. Desde então, os serviços destas duas unidades tem funcionado com dois médicos de serviço (ao contrário dos anteriores seis) e, à porta dos hospitais, estão ambulâncias SIV (Suporte Imediato de Vida), tripulados por enfermeiros treinados para prestarem o melhor auxílio aos doentes. De resto, foi esta semana publicado na rede social Facebook um vídeo intitulado “1.º ano SIV de Tomar e SIV Torres Novas” Em pouco mais de três minutos e meio, o filme mostra diversos planos dos veículos em emergência, com Torres Novas e Tomar como cenário, imagens dos tripulantes a equiparem o veículo com material médico, e até a conferirem a mecânica dos veículos. A concentração das urgências, recorde-se, decorre de um decreto de lei de 2008, que classifica as urgências dos hospitais de Torres Novas e Tomar como básicas.
Por: Jornal Torrejano, em: 14-03-2013 13:33:36
À frente da PSP e do hospital Amigos de Artur Sousa manifestam-se (© Jornal O Templário, em 15-10-2014, por Jornal O Templário) |
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Amigos de Artur Sousa, vítima mortal de um esfaqueamento na passada sexta-feira, queixam-se de negligência por parte do Hospital de Tomar Um grupo de amigos de Artur Sousa, fizeram uma instalação em forma de protesto à porta da PSP e do Hospital de Tomar de modo manifestar a sua indignação pela morte do seu amigo. Nos cartazes que colocaram à porta dos dois edifícios pode ler-se "Neste local jaz a Cidade de Tomar". Ana Pontes, amiga de Artur Sousa, explica que "a instalação não tem só a ver com o falecimento de um amigo, mas com um todo que se passa nesta cidade. Se existe polícia, porque não ajudam realmente? O mesmo com o hospital e as urgências". |
TODOS CONTRA A RETIRADA DO MÉDICO DE FAMÍLIA!
TODOS A FAVOR DE SERVIÇOS DE PROXIMIDADE!



Domingo, 10 de Março de 2013
Doentes mentais estão a abandonar tratamento por falta de dinheiro

Número de doentes que está a faltar a consultas ou a tratamento é "maior do que o habitual" daniel rocha
Assistentes sociais e especialistas de saúde mental avisam que há cada vez mais doentes a faltar às consultas e a abandonar a medicação. O fenómeno não está quantificado, mas é preocupante
As dificuldades económicas estão a fazer com que muitos doentes não consigam suportar os custos das deslocações e faltem às consultas de saúde mental. Há também cada vez mais doentes a admitir que não tem dinheiro para a medicação prescrita. As assistentes sociais alertam para um aumento anormal e preocupante do número de queixas de doentes que se dizem impossibilitados de prosseguir com o tratamento e o coordenador do Plano Nacional para a Saúde Mental da Direcção-Geral de Saúde avisa que, privados de tratamento, estes doentes correm sérios riscos.
"Temos cada vez mais informações sobre doentes que avisam que não vão comparecer às consultas por falta de dinheiro para o transporte", avisa Álvaro Carvalho, coordenador do Plano Nacional para a Saúde Mental da Direcção-Geral de Saúde. Fernanda Rodrigues, presidente da direcção nacional da Associação dos Profissionais de Serviço Social, confirma esta realidade, acrescenta que estes doentes estão também a abandonar a medicação pelos mesmos motivos e sublinha que, apesar de não existirem dados sobre o número de pessoas afectadas, o fenómeno "é preocupante".
"Estamos a registar uma falta de comparência às consultas que não é habitual. As assistentes sociais que trabalham na área da saúde mental referem que o principal motivo apresentado por estes doentes é o facto de não conseguirem pagar as deslocações e senhas de transporte. Por outro lado, o mesmo se passa na aquisição de medicamentos, com muitas pessoas a admitir que interromperam a terapêutica ou a comprar só parte da medicação prescrita, com escolhas que são ditadas por razões financeiras", alerta Fernanda Rodrigues. As consequências, refere, "já estão a sentir-se com o agravamento dos problemas de saúde destas pessoas". "Muitas vezes conseguir apenas que estas pessoas aceitem ser tratadas já não é fácil", lamenta.
Sobre as possíveis consequências de um abandono do tratamento Álvaro Carvalho não hesita em assumir que há riscos. "Sabe-se que um processo depressivo, por exemplo, e no caso de um tratamento estritamente farmacológico, precisa de um período mínimo de três meses e em média de seis meses para avaliação quando responde à medicação", explica. Por outro lado, em muitas situações, uma interrupção súbita da medicação pode ser muito prejudicial. Nos casos de depressão grave podemos assistir a um agravamento do problema e ao risco de suicídio. Há casos que podem ser controlados com um tratamento e que sem ele exigem internamento. Outro exemplo: os doentes com esquizofrenia precisam da medicação para ajudar a controlar uma série de manifestações desta patologia, mas precisam também de estar inseridos em programas de reabilitação psicossocial. Quando (e se) essa vertente do tratamento falha, por falta de dinheiro para se deslocarem para os locais onde têm estas respostas, estes doentes são afectados de forma grave e acabam remetidos para um perigoso isolamento.
Os dados sobre as consultas de saúde mental nos hospitais psiquiátricos e nos serviços locais de saúde mental mostram, apesar de tudo, um aumento entre 2005 e 2011. Porém, Álvaro Carvalho nota que este crescimento "é pouco expressivo". Principalmente, se tivermos em conta que estes números também reflectem o aumento das unidades periféricas onde existem estas consultas, traduzindo (e bem) uma actividade mais descentralizada, nota Álvaro Carvalho. Assim, seria expectável que tivessem aumentado ainda mais. A falta de dinheiro pode estar a desviar muitos doentes das consultas e a funcionar como travão, admite o especialista como uma das explicações para o "tímido" aumento das consultas.
O mesmo raciocínio pode ser usado na leitura dos dados sobre as vendas de antidepressivos e estabilizantes de humor que mostram um aumento de quase um milhão de embalagens entre 2008 e 2012. É muito ou seria mais ainda, se os doentes não estivessem a passar por dificuldades económicas? Esta é uma questão mais complexa. O elevado e crescente consumo de antidepressivos em Portugal - um dos maiores da Europa - não é nada que tenha começado nos anos de crise. "É algo que já existia antes da crise", sublinha Álvaro Carvalho. Aliás, lembra o psiquiatra, os portugueses também são líderes no consumo de outras substâncias como os ansiolíticos, o álcool ou mesmo os antipsicóticos.
Apesar de recusar fazer uma associação directa entre este consumo excessivo de antidepressivos e a crise, por falta de evidência científica, Álvaro Carvalho admite que as duas realidades não estejam completamente desligadas. Há também que considerar a hipótese de estarmos perante os efeitos de uma má prática com uma excessiva prescrição. A propósito disto, o director do Programa Nacional para a Saúde Mental refere que recentemente recuperou uma proposta - elaborada há três anos com o Infarmed e a Ordem dos Médicos - sobre as "boas práticas" da prescrição deste tipo de medicamentos e que envolve acções de formação dirigidas aos profissionais de saúde.
Sexta-feira, 8 de Março de 2013
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