Sábado, 31 de Agosto de 2013
CHMT vai ampliar a sua actividade de cirurgia para tratar a miopia
30/08/2013 - 13:45
Com uma pequena intervenção cirúrgica é hoje possível corrigir a visão e deixar de usar óculos. Esta técnica que necessita de equipamento especial, disponível no Centro Hospitalar Médio Tejo (CHMT), vai agora ter a sua actividade fortemente alargada por decisão do Conselho de Administração.
O Conselho de Administração do CHMT considera que estão criadas as condições necessárias para uma utilização mais intensiva do equipamento existente na Unidade de Tomar e, a partir de Setembro, vai ser possível dar resposta em curto espaço de tempo a todos os interessados.
Com esta solução, torna-se possível deixar de usar óculos ou lentes de contacto, bem como, por vezes, baixar a potência das lentes utilizadas.
Os eventuais candidatos terão de ter idade entre os 21 e os 40 anos, ser saudáveis e terem uma graduação de óculos estável há, pelo menos um ano.
Para serem observados basta utilizarem o nº de telefone 249320114 (de 2ª a 6ª feira, das 09:00 às 18:00) onde serão de imediato inscritos para uma consulta de triagem.
Na farmácia
Despacho repõe opção por remédio mais barato
O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos congratulou-se hoje com o novo modelo de receita médica que vai permitir ao doente optar, na farmácia, pelo medicamento mais barato, considerando que foi reposta a legalidade.
A Ordem dos Farmacêuticos (OF) tinha apresentado uma queixa no Ministério Público a contestar o modelo de receitas em vigor, por obrigar os doentes que pretendem exercer direito de opção sobre os medicamentos que compram na farmácia a pronunciar-se no momento da consulta, na presença do médico.
O despacho publicado na sexta-feira e que hoje entrou em vigor surge após a decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa, que deu razão à Ordem dos Farmacêuticos.
Para o bastonário Maurício Barbosa, a inquirição ao utente, por parte do médico, sobre a opção ou não por um medicamento mais barato "limitava a liberdade do doente".
Além disso contrariava o espírito da lei que instituiu a obrigatoriedade de prescrição de remédios por denominação comum internacional (substância ativa).
"Neste momento é que foi verdadeiramente reposta em toda a sua plenitude o direito de opção do utente. O doente deve ter o seu livre direito de optar pelo medicamento que, com base na receita médica, considera mais adequado às suas capacidades económicas e financeiras", afirmou à agência o bastonário da OF.
Para a Ordem, as receitas médicas que entraram em vigor a 1 de abril continham um campo "errado e ilegal" em que o doente era questionado pelo médico, no momento da prescrição, se iria exercer o direito de opção ou não na farmácia.
"Ninguém deve pôr em causa o direito de opção do doente, que deve ficar ativo para que possa exercê-lo no momento da dispensa [do remédio]", argumentou Maurício Barbosa.
O bastonário entende ainda que o ambiente de consulta médica é de "alguma desigualdade e assimetria", o que faz com que o doente se sinta condicionado na resposta que dá ao clínico em relação ao seu direito de opção por um medicamento mais barato.
Esta questão torna-se ainda mais importante no caso das receitas renováveis, com validade de seis meses, considera a OF, uma vez que até as condições económicas das pessoas e os preços dos fármacos podem mudar entre a prescrição e a receita.
O despacho que elimina o campo com o direito de opção do doente no momento da consulta não interfere com nenhuma das exceções contempladas na lei que permitem ao médico prescrever um medicamento de marca específica.
Terça-feira, 27 de Agosto de 2013
Álvaro Beleza
PS acusa governo de desmantelar SNS "à socapa"
por Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca<input ... >Ontem
O PS acusou hoje o Governo da maioria PSD/CDS-PP de "aproveitar o mês de agosto" para desmantelar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e entregá-lo a privados.
"Aproveitar o mês de agosto para, à socapa, ir desmantelando o SNS, sob o pretexto da difícil sustentabilidade do mesmo, não é sério. O PS não deixará que se faça cá o que já se vê em Espanha - a pretensa privatização da gestão pública dos hospitais e dos cuidados primários de saúde", afirmou o membro do Secretariado Nacional socialista Álvaro Beleza, na sede do partido em Lisboa.
O socialista considerou existir "uma tentativa encapotada de mirrar o SNS para transferir a saúde para grupos privados" e criticou também a sucessão de cortes protagonizados ou anunciados pelo executivo liderado por Passos Coelho.
"Os gastos públicos com a Saúde no orçamento para 2013 já estão abaixo da média da OCDE e da UE. Qual é o limite? Que país é que este Governo quer para os portugueses? Queremos a Etiópia, o Burkina-Faso? Que nível de SNS é que temos?", questionou.
Álvaro Beleza sublinhou que Portugal não pode continuar a ter "um ministro das Finanças na Saúde", referindo-se a Paulo Macedo, mas antes "um ministro que cuide da saúde dos portugueses".
"O SNS está no código genético do PS. Para o PS estão sempre as pessoas primeiro, neste caso os doentes", afiançou, acrescentando que "cortes em cima uns dos outros já não são nas gorduras nem no músculo, são cortar as mãos e os pés ao SNS".
O Jornal de Negócios noticiara que os centros de saúde vão ter reduções na despesa de 4% em 2014, o que, segundo o diário, se somaria a outros cortes já previstos e que ascenderiam a uma redução de despesa com pessoal na ordem dos 14,75 por cento.
No entanto, uma nota divulgada pelo Ministério da Saúde na sequência da notícia diz "não ter fundamento" o valor de redução de quase 15% na despesa com pessoal nas Administrações Regionais de Saúde e nos hospitais SPA que foi divulgado, uma vez que ainda se estão a elaborar propostas e "toda e qualquer previsão apresentada neste momento é prematura e sujeita a correções posteriores".
Domingo, 25 de Agosto de 2013
A Felicidade Reflexa
Numa longa entrevista, publicada no Portal da Saúde, o Ministro da Saúde, à pergunta “quem é Paulo Macedo”, sublinha que, para si e para a sua equipa, servir o país constitui forte motivação para se superarem, e conclui: ”Para mim, a verdadeira felicidade é reflexa”.
Da tirada mística do Ministro da Saúde sobre a “verdadeira felicidade” podem porém resultar perigosos equívocos, cuja origem está no conteúdo concreto do serviço prestado ao país por si e pelo governo em que está integrado.
O Zé é um entre 1 milhão e 500 mil trabalhadores que não têm emprego, um dos que já não direito a qualquer subsídio de desemprego, que não pode pagar a renda de casa, que recorre ao Banco Alimentar e não tem médico de família nem dinheiro para medicamentos. Ele é um dos 30064 doentes com indicação para uma consulta de especialidade muito prioritária nos hospitais públicos, que deveria ter sido realizada ao fim de 30 dias, mas que aguarda há mais de 150 dias. Ele é um dos filhos dos cerca de 1600 pais, que por serem doentes e terem mais de 75 anos, mesmo no serviço de urgência de hospitais sem ar condicionado, perderam o direito a viver durante a última vaga de calor. O Zé serve como “carne para canhão” da guerra que ao serviço da alta finança o Governo do Sr. Ministro da Saúde trava contra o seu próprio povo. Os interesses que esse Governo serve não são os interesses do país. Do Zé.
Na mesma entrevista o Ministro da Saúde mostra que percebe pouco de saúde. Limitar a promoção da saúde e a prevenção da doença aos comportamentos, designadamente aos relacionados com o tabaco e o álcool, não só não chega como ilude. Já se sabe, há muito, que na intervenção sobre os condicionantes da saúde devem ser considerados os impactos de todas as políticas. Joseph E. Stiglitz um conhecido economista, revela no seu recente livro, “O Preço da Desigualdade”, que nos Estados Unidos, uma mulher branca, não hispânica, com curso superior, tem uma esperança de vida 10 anos superior à das mulheres, negras ou brancas, sem curso superior. Se o governo teve em conta os impactos em saúde das políticas que prossegue em matéria de educação, de rendimentos e de inclusão social, então não estamos só perante um erro de avaliação, de negligência na ação, mas de crime.
O Ministro da Saúde não deveria fazer entrevistas longas. Engana-se, se a intenção é fazer esquecer a política de silêncio que rodeia a gestão da informação sobre os dados relativos aos resultados da sua política. Na entrevista a que nos referimos, se por um lado diz coisas que não se conformam com a realidade, por outro deixa escapar aquilo que é o cerne da sua desgraçada política.
O Ministro já não fala em dar um médico de família a todos, mas insiste em dizer que pretende reforçar os cuidados primários no mesmo momento em que se reduzem os horários nos centros e extensões de saúde. Diz que pretende estimular as cirurgias de ambulatório, aproximar os cuidados de saúde dos cidadãos, reforçar os cuidados continuados, integrar níveis e áreas de cuidados, promover a investigação e a excelência dos cuidados, mas o Hospital do Seixal continua parado, anuncia-se o fecho da urgência polivalente da margem sul e as propostas de contratualização apresentadas pelo governo aos serviços de saúde, até nos Cuidados Continuados, são de asfixia e não de estímulo à racionalidade ou de combate ao desperdício. A distância entre as palavras do Ministro da Saúde e os seus atos é enorme.
Diz o Ministro na entrevista que, “a nível da gestão, caminharemos para a separação do financiamento da prestação de cuidados”. O que está em cima da mesa é um negócio anual de 8 ou 9 mil milhões de Euros diretos e outros tantos mil milhões indiretos. O objetivo da política de saúde que o Ministro promove é a entrega da prestação de cuidados de saúde à alta finança nacional e estrangeira garantindo o Estado a respetiva clientela e pagamento. O duplo critério seguido pelo governo em relação aos serviços públicos integrados no Serviço Nacional de Saúde e aos prestadores privados da ADSE, por exemplo, aí estão para o demonstrar. E isto mesmo sem que haja demonstração de que a esperança de vida e os anos de vida sem doença sejam maiores entre os beneficiários da ADSE.
O que preocupa o Ministro não é o desperdício. Como noutros processos de privatização a que já assistimos, o Ministro está limpar a casa para a entregar aos seus futuros donos. Nos países onde se pratica este modelo de “separação do financiamento da prestação de cuidados” a despesa em saúde sujeita aos preços impostos pelo fornecedor privado tende a disparar com a qualidade a piorar. É rever a experiência dos Estados Unidos, mas não só.
Como demonstram as experiências das Parcerias Público/Privadas e as experiencias dos Hospitais SA do Governo de PSD Barroso/Portas e dos Hospitais EPE do PS/Sócrates, em saúde os processos de privatização da propriedade ou da gestão traduziu-se num aumento brutal de custos para o Estado sem ganhos em saúde equivalentes. Como se revela pelos ranking e pela cultura que os promove, a necessária harmonização por cima do nível dos serviços foi substituída por um cada vez maior desequilíbrio, que só a qualidade e dedicação dos profissionais que vão ficando consegue amenizar.
Quanto mais tarde ocorrer a demissão do governo CDS-PP/PSD e a realização de eleições legislativas que permitam ao povo escolher outra política, pior será a situação de saúde, mais difícil a saída da crise, mais distante o direito à felicidade.
Joaquim Judas - 21-08-2013
Sexta-feira, 23 de Agosto de 2013
TOMAR - Saiba o que dizem os candidatos à Câmara sobre o processo relativo ao Hospital Nossa Senhora da Graça

A perda de valências no Hospital Nossa Senhora da Graça, de Tomar, foi uma das dores de cabeça para a população nabantina - e não só - durante os últimos tempos. E tanto assim foi que houve lugar a diversas manifestações, sendo que uma destas iniciativas resultou mesmo da subida de dezenas de populares ao salão nobre da Câmara Municipal, precisamente na ocasião em que o executivo analisava o problema.
A perda da urgência médico-cirúrgica e ainda da medicina interna causou um enorme descontentamento na população que, agora, em caso de urgência, tem de percorrer dezenas de quilómetros, principalmente até Abrantes. Este assunto irá, decerto, marcar a campanha eleitoral dos concorrentes à autarquia tomarense, que terão de avançar com soluções para que o acesso aos cuidados de saúde fique mais salvaguardado... isto se ainda houve volta a dar. O processo-hospital esteve em cima da mesa no recente debate promovido pela Hertz. Questionados, os sete candidatos, com mais ou menos argumentos a este propósito, disseram de sua justiça. Seguindo a ordem resultante nos boletins de voto, registo para as palavras de Carlos Carrão, do PSD, que admitiu prejuízos para os tomarenses mas sublinhou que há que ter a consciência dos tempos em que vivemos: «Independentemente daquilo que foram alguns prejuízos para o concelho, convém dizer que estava em causa a viabilidade financeira do próprio Centro Hospitalar do Médio Tejo. E a confirmar-se essa viabilidade, então as três unidades, entre as quais Tomar, poderiam continuar a funcionar. Temos a informação que o nosso hospital tem sido reforçado com algumas valências, que são questões de oportunidade, e esperemos que essa oferta ainda seja mais reforçada. O que está em cima da mesa é a qualidade dos serviços de saúde. Temos de estar atentos mas também temos de estar atentos perante a conjuntura que nos rodeia». Rui Coutinho, do Bloco de Esquerda, não teve dúvidas em apontar o dedo à Câmara Municipal, acusando-a de passiva por ter permitido a saída de valências do hospital: «Se há dez anos atrás, alguém afirmasse que Tomar iria deixar de ter as urgências, ninguém iria acreditar. Estamos a falar de algo essencial para a vida dos cidadãos. Temos constatado que todas as valências têm desaparecido e não há a capacidade da autarquia em lutar para que elas se mantenham. Deve haver maior empenho do executivo neste processo. Caso contrário, qualquer dia, Tomar nem tem um hospital». Por sua vez, Flávio Nunes, do Movimento Partido da Terra, preferiu remeter mais considerações depois de concretizar um desejo, que passa por uma reunião com o Ministro da Saúde: «Tenho que falar com o Ministério da Saúde e, dessa forma, avançar com propostas após as eleições. É o que tenho a dizer por agora sobre este assunto...». Bruno Graça, da CDU, considerou que o fundamental é olhar para a saúde como um todo e não só na vertente hospitalar. O candidato sublinhou que o desejo da população deve ser tido em consideração: «Para nós, o problema é este Que saúde é prestada à população do concelho de Tomar? E esta situação passa por diferentes etapas, desde os cuidados primários até aos hospitalares. Esta é uma responsabilidade do Governo. Mas a Câmara tem de apoiar todos os movimentos cívicos que se façam em Tomar. E não se pode deixar que Ourém vá para o Hospital de Leiria, porque isso irá enfraquecer a posição de Tomar neste diálogo com o Governo». Ivo Santos centrou-se em pormenores para justificar a perda de importância de Tomar, precisamente nas questões do Centro Hospitalar do Médio Tejo. O cabeça de lista do CDS deu um exemplo concreto: «Há cerca de um mês, abriu em Tomar um centro de hemodiálise. E sabem qual é o nome? Chama-se Centro de Hemodiálise Ourém/Tomar. Até aceitaria que fosse Tomar/Ourém, agora desta forma?! Estamos a falar de algo que está sedeado no concelho, na freguesia de São João Baptista. Importante, convém dizer, é que esta estrutura exista e que, finalmente, tenham sido criadas condições para se ter instalado na cidade. Mas são estes pormenores, estes pequenos nadas, que realçam a nossa falta de importância no contexto regional». Anabela Freitas, do PS, defendeu uma actuação conjunta, admitindo que, até agora, cada município tenha puxado a brasa à sua sardinha: «A resolução do Centro Hospitalar do Médio Tejo passa, precisamente, por uma actuação intermunicipal, precisamente entre os vários Municípios que são servidos por esta estrutura. E é aqui que Tomar tem de ter liderança. Se calhar, cada um puxa a brasa à sua sardinha, mas é preciso perceber que se todos convergirem numa solução, então todos ficaremos a ganhar, sob pena de alguma das Unidades ficar fora do Centro Hospitalar». Pedro Marques, dos Independentes por Tomar, recuou à altura em que a saída das valências começou a registar-se no Hospital e acusou o executivo PSD de não ter voz neste processo: «O problema do hospital começa quando fomos perdendo as valências e não houve reacção. E começa com a criação do Centro Hospitalar do Médio Tejo, que viabilizou o hospital de Abrantes. Enquanto a Unidade principal foi prejudicada. Há que ter voz! Não é por acaso que, de entre todos os que estão neste debate, o único que tem queixas-crime por falar do hospital sou eu. Mas não ofendi ninguém. Apenas me limitei a dizer a verdade. Tem que se envolver outros municípios, nomeadamente Ourém e Ferreira do Zêzere. E foram envolvidos? Não foram! Nós não dependemos na Administração Central. Para nós, em primeiro lugar, está sempre o concelho de Tomar. Não é ninguém lá de baixo (ndr: Lisboa) que nos dá ordens».
Eleições autárquicas: momento importante na participação democrática das populações
D E B A T E
“O papel das autarquias na organização dos cuidados de saúde”
19 de Setembro, 21 horas
no Auditório do Montepio Nª. Sra. Nazaré, Torres Novas

Convidamos a população a participar nesta iniciativa, que se realiza no dia 19 de Setembro, às 21 horas e para a qual foram convidadas todas as candidaturas autárquicas.
Sábado, 17 de Agosto de 2013
...
D E B A T E
“O papel das autarquias na organização dos cuidados de saúde”
19 de Setembro, 21 horas
no Auditório do Montepio Nª. Sra. Nazaré
Torres Novas

Quando se pretende analisar da qualidade de vida de uma comunidade, um dos factores mais importantes a ter em conta é o nível de satisfação na prestação de cuidados de saúde.
No próximo dia 29 de Setembro realizam-se eleições autárquicas, momento importante na participação democrática das populações. Tempo e oportunidade que devem ser aproveitadas para o necessário debate e apresentação de propostas sobre a organização da prestação de cuidados de saúde.
Convidamos a população a participar nesta iniciativa, que se realiza no dia 19 de Setembro, às 21 horas e para a qual foram convidadas todas as candidaturas autárquicas.
http://expresso.sapo.pt
Estado paga no privado o que recusa no público
Terapêutica para o cancro recusada no Serviço Nacional de Saúde é dada pela ADSE em hospitais particulares.
Vera Lúcia Arreigoso
9:10 Sábado, 17 de agosto de 2013
Última atualização há 37 minutos
Rui Duarte Silva O Ministério da Saúde não revela quantos fármacos para o cancro esperam por entrar no Serviço Nacional de Saúde para não prejudicar o processo negocial O Estado dá aos funcionários públicos doentes com cancro medicamentos que recusa aos restantes portugueses. Nos hospitais públicos, os médicos só podem prescrever terapêuticas aprovadas após um demorado processo, enquanto nos hospitais privados paga, na íntegra, aos beneficiários da ADSE os remédios logo que entram no mercado nacional.
O Ministério das Finanças, responsável por este sistema de proteção social dos funcionários públicos do sector administrativo até 2014, confirma a discrepância de critérios. E revela até que as comparticipações a 100% para os antineoplásicos, incluindo os inovadores, são extensíveis a outros medicamentos.
O Ministério da Saúde não revela quantos fármacos para o cancro esperam por entrar no Serviço Nacional de Saúde para não prejudicar o processo negocial, mas há já casos conhecidos. Por exemplo, a abiraterona, para o cancro da próstata metastizado, recusada a doentes em vários hospitais públicos, incluindo nos três centros do Instituto Português de Oncologia, e que ainda está em avaliação pelo Infarmed para comparticipação, é dada aos beneficiários da ADSE nos hospitais privados desde que começou a ser comercializada em Portugal, em outubro de 2011.
Domingo, 11 de Agosto de 2013
Relatório Cuidados continuados (só) chegam a 2% dos idosos
A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) chegou a apenas 2% dos quase dois milhões de idosos portugueses em 2012, revelou um relatório da Administração Central do Sistema de Saúde, que indica ainda que é no Algarve que o acesso dos doentes à rede é melhor conseguido, escreve o Jornal de Notícias (JN) desta quarta-feira.
08:00 - 07 de Agosto de 2013 | Por Notícias Ao Minuto
Só 39.663 de um universo de cerca de dois milhões de idosos portugueses usufruiram, no ano passado, da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), informou a Administração Central do Sistema de Saúde através de um relatório de implementação e monotorização daquele serviço, a que o JN teve acesso. É no Algarve que existem mais respostas em relação ao número de idosos residentes na região, com 5,5% dos maiores de 65 anos a receberam assistência da rede. Por sua vez, em Lisboa e Vale do Tejo apenas 1,1% dos séniores tiveram acesso a cuidados continuados.
Em 2012, o Norte registou mais de um terço do número total de doentes que entraram na RNCCI, seguido pela região Centro e de Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e Alentejo, sendo que é nestas últimas que existem menos utentes.
No ano passado, foram criados mais 316 lugares na rede, um acréscimo de 5,6% quanto ao número de camas de internamento.
Acresce ainda que até ao final do ano deverão abrir mais 31 unidades, aumentando em 800 o número de lugares disponíveis.
Em Julho, 1.400 estavam em lista de espera para internamento nestas unidades.