Fármacos não chegam aos hospitais públicos por "contenção de encargos".
O Ministério da Saúde tem 31 novos fármacos à espera 'na gaveta' por razões orçamentais. Para tratar asma, hipertensão, epilepsia ou diabetes, estas moléculas já têm visto técnico e económico para serem utilizadas de forma generalizada, mas continuam sem chegar aos hospitais públicos "por contenção de encargos com medicamentos", justificou ao Expresso a equipa do ministro Paulo Macedo.
A lista de 31 novas moléculas 'cativas' é revelada na mesma semana em que gerou polémica a decisão dos três IPO de não dispensar um novo medicamento para o cancro da próstata metastizado. A abiraterona ainda está em processo de avaliação para comparticipação do Estado e os responsáveis garantem não ter suporte legal para utilizar o remédio, à venda por 3528 euros a caixa.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/saude-atrasa-31-novos-medicamentos=f825335#ixzz2bY9r7Dsy
O "Relatório de Reclamações do Sector Privado e Social relativo ao primeiro semestre de 2013" revela que, nos primeiros seis meses deste ano, foram apresentadas 3.790 queixas contra os serviços de saúde privados, ainda assim menos do que as 4.030 apresentadas no mesmo período do ano anterior.
O relatório mostra uma descida no número de reclamações apresentadas no setor privado e social desde 2011, invertendo a tendência crescente que se verificava desde 2006.
Assim, em 2011, a ERS contabilizou um total de 8.399 queixas, número de caiu para 7.503 em 2012.
Por região de Saúde, Lisboa e Vale do Tejo lidera o número de reclamações, com 60,2% do total (2.280), seguida pela região do Norte, ainda assim com menos de metade das queixas (1.127).
Quanto à natureza do prestador de serviços de saúde, é principalmente no setor privado que se verificam as situações de descontentamento, uma vez que o setor social apenas reúne 7,5% do total das reclamações (283).
O sector privado é responsável por 91,7% das queixas, totalizando 3.476.
A qualidade da assistência administrativa (965 reclamações), a qualidade da assistência de cuidados de saúde (766) e os tempos de espera superiores a uma hora (741) são os principais motivos de reclamação.
Desagregando por prestador, o relatório mostra que no setor privado é a qualidade da assistência administrativa que gera mais queixas, ao passo que no setor social é a qualidade da assistência de cuidados de saúde.
A ERS arquivou no primeiro semestre deste ano 2.097 reclamações, a grande maioria por a situação não ser "susceptível de outra actuação que não a já garantida".
(in O Sol)
A propósito da polémica em torno dos medicamentos que os três institutos de Oncologia alegamente recusam adquirir para o tratamento de alguns dos seus doentes, mas ao que parece não estão autorizados a fazê-lo por serem medicamentos não homologados, importa chamar a atenção para o facto de que, neste como noutros casos semelhantes (a não realização de exames de diagnóstico e tratamentos por razões financeiras), as decisões que deverão ser de natureza clínica estão a ser fortemente influenciadas pelas orientações do Ministério da Saúde de racionar - e não racionalizar, como diz o Ministro da Saúde - e pelos cortes insustentáveis que quase paralisam os serviços.
LUSA
Nestes casos, como o que foi noticiado, sempre que se trate de medicamentos autorizados, é fundamental que as decisões sejam tomadas com ponderação (não se pode dizer nem nunca, nem sempre) e na base de critérios clínicos decididos em grupo nos respectivos hospitais e não administrativamente pelo Ministério da Saúde. A verdade é que em situações semelhantes existem pressões enormes por parte das estruturas do Ministério no sentido de reduzir custos, mesmo que daí possam resultar problemas graves para os utentes. Não é por acaso que a ARS/Norte escolheu como um dos indicadores para a avaliação do desempenho assistencial dos centros de saúde, a proporção de idosos com 75 ou mais anos que tomam regularmente mais de cinco medicamentos, num claro apelo ao racionamento.
Acontece que apesar de todos estes problemas e da gravidade da situação, alguma comunicação social tem vindo a dar cobertura ao desenvolvimento de uma campanha que procura por um lado fazer crer que a política de saúde deste Governo tem como grande objectivo tornar sustentável o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e, por outro, que tem sido possível a este Governo fazer mais e melhor com menos dinheiro. Pura mentira.
Tão mentira como quando querem fazer crer que em Portugal o SNS não é sustentável devido à relação entre a despesa pública excessiva com a saúde e a riqueza criada no País, afirmação amplamente desmentida quando comparada com a situação de outros países da UE e OCDE, esta última chegando mesmo a classificar Portugal entre aqueles onde há maior eficácia no investimento público em saúde. O que procuram com essa mentira é ocultar a natureza da política de saúde do actual Governo e os seus verdadeiros objectivos e, por outro, criar entre o povo português o ambiente favorável a novos cortes no financiamento do Serviço Nacional de Saúde que o Governo e a maioria parlamentar que o sustenta se preparam para decidir no âmbito da «Reforma Estrutural do Estado» e depois incluir no Orçamento do Estado para 2014.
Negócio de alguns ou direito de todos?
A situação que se vive hoje neste sector e a sua previsível evolução no curto prazo não pode, nem deve, ser avaliada desligada da ofensiva mais geral sustentada politicamente nos «compromissos» inscritos no pacto de agressão e na situação económica do País, mas sobretudo na política de direita que tem vindo a ser concretizada pelo Governo do PSD/CDS-PP, política que em muitos momentos contou com o PS para a sua concretização ou apoio. A matriz ideológica da opção deste Governo não engana. O objectivo é criar em Portugal um «Sistema Nacional de Saúde» a duas velocidades: um serviço público desvalorizado e sem meios, para os mais pobres (o «Plano de prestações garantidas» como está consagrado no programa do Governo) e a entrega à prestação privada de cuidados de saúde para os que possam pagar, nomeadamente através da proliferação de seguros de saúde, que hoje já são mais de dois milhões e das Parcerias Público-Privada.
Para os defensores do «Estado mínimo na saúde», o Estado deve abandonar a sua função de prestador de cuidados e ficar apenas com a regulação e o financiamento. Para os grandes grupos privados na saúde, o Estado deve assumir os custos, e as empresas que estes grupos possuem, os lucros. Foi esta a lógica que levou ao surgimento das PPP na saúde que, como se ficou a conhecer recentemente, vão custar ao Estado mais seis mil milhões de euros. Para o grande capital, a saúde hoje é entendida como uma grande oportunidade de negócio. Tal como disse Isabel Vaz, Presidente do BES/Saúde, «melhor só o negócio das armas».
A única solução capaz de impedir que situações de racionamento no acesso dos doentes aos exames de diagnóstico e aos tratamentos de que necessitam continuem a pôr em causa a qualidade de vida de milhões de portugueses (e até a própria vida a muitos deles) é, através da luta de massas, criar as condições que conduzam à demissão do Governo, à dissolução da Assembleia da República e à marcação de eleições antecipadas, condição necessária para que se abra caminho à construção de uma política alternativa, patriótica e de esquerda, que consagra a existência de um Serviço Nacional de Saúde universal, geral e gratuito.
..... O primeiro-ministro garantiu ainda que o Governo vai tentar resolver a situação do encaminhamento dos utentes vilarregenses para a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco.
O município reclama que os habitantes possam ser atendidos no Centro Hospitalar do Médio Tejo, em Abrantes, que fica mais perto do que o hospital de Castelo Branco.
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2 de agosto de 2013 - 17h21
O Ministério da Saúde anunciou hoje a abertura de 437 vagas para a contratação de médicos para “colmatar as carências de profissionais nas instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) localizadas nas zonas mais periféricas do país”. ...
A Extensão de Saúde de Carrazede, na freguesia de Paialvo, está fechada ao atendimento. Por aquilo que se supõe, esta situação acontece porque se atravessa o habitual período de férias, ainda que o médico Daniel de Castro, que prestava serviço, tenha sido transferido para outra estrutura, precisamente neste primeiro dia de Agosto.
Apesar de haver lugar a algum receio por parte da população - perante outros exemplos idênticos que, depois, resultaram no fecho definitivo da Extensão - tudo aponta para o regresso da normalidade em Setembro. É esta a convicção da Junta de Freguesia de Paialvo que, perante estes dados, depressa se colocou no terreno no sentido de encontrar explicações. Luís Antunes, autarca local, disse à Hertz que tem garantias nesse sentido: «Estamos a entrar em Agosto, que é um mês sempre crítico em relação às extensões de saúde, a exemplo do que aconteceu no ano passado. Nessa altura, mesmo com médico, convém recordar que ele tem férias e não apareceu ninguém para o substituir. O doutor Daniel de Castro chamou-me ao seu gabinete, dentro das boas relações que sempre tivemos e que teremos com todos que possam servir a nossa população. Ele disse-me que iria ficar até final de Julho mas depois seria transferido, ou outro termo idêntico. Falei com a Administração Regional de Saúde, de Tomar, e disseram-me para estar descansado pois estavam a tratar do assunto mas não me enviaram um documento com esse teor. Pedi, depois, uma reunião ao doutor Urbano Figueiredo que, agora num documento assinado, me garantiu que a extensão de Saúde de Carrazede iria receber outro médico. A enfermeira também está de férias e só regressa no dia 20. Também se prevê que a partir dessa altura possa estar presente o doutor Feliciano. Interpreto estas mexidas como opções de gestão, sendo que em Setembro tudo irá voltar à normalidade. Acreditamos que será assim. Para defender a nossa freguesia, temos que estar inscritos nos nossos serviços, a exemplo de manter os nossos filhos nas nossas escolas e manter a inscrições no médico de família». Luís Antunes quis deixar claro que os utentes que necessitarem de cuidados médicos terão que se deslocar a Tomar: «Os utentes que necessitarem de cuidados médicos deverão dirigir-se ao Centro de Saúde que está na Nabância, na cidade de Tomar. É assim que acontece quando, por exemplo, o médico não pode comparecer em determinada semana. Tenho que dizer que o doutor Daniel até chegou a trabalhar aos sábados. Essa justiça tem que ser feita. Mas vamos estar atentos, com os ouvidos no ar para defender os nossos fregueses».
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