Sábado, 26 de Julho de 2014
No primeiro semestre
Mais de 250 camas de grandes hospitais com casos sociais
por Lusa<input ... >Hoje
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Fotografia © Adelino Meireles/ Arquivo Global Imagens
Mais de 250 camas de alguns dos maiores hospitais do país estiveram ocupadas, no primeiro semestre do ano, com doentes que tiveram de permanecer internados por incapacidade da família em os acolher e por falta de respostas sociais.
O tempo de espera da comparticipação económica para o doente ingressar num lar ou para pagar a um cuidador é o "obstáculo mais frequente à efetivação da alta hospitalar", segundo o Serviço Social do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN).
Neste centro hospitalar, que integra os hospitais Santa Maria e Pulido Valente, os casos de alta protelada por razões sociais baixaram de 103, em 2012, para 94, em 2013.
Até junho, já foram registadas 57 situações, que demoraram, em média, 13 dias a ser resolvidas, adianta o CHLN, numa resposta escrita enviada à agência Lusa.
A falta de "vaga imediata" para acolhimento em lares, residências assistidas, centros de acolhimento de crianças e comunidades terapêuticas foi responsável por 29,8% das situações de protelamento de alta.
Também as situações sinalizadas ao Ministério Público geraram "alguns tempos de espera", adianta o CHLN, ressalvando que, este ano, ainda não foi registada nenhuma situação de abandono.
A diretora do Serviço Social do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Isabel Ventura, adiantou que "a maior parte das famílias não abandona os seus idosos".
"A família tem dificuldade em conciliar a vida familiar e profissional e, por falta de recursos humanos e financeiros, por vezes, não reúne condições para levar o seu doente", explicou Isabel Ventura.
Por outro lado, acrescentou, "continua a ser muito difícil" arranjar vaga num lar comparticipado pela Segurança Social e os lares privados são caros para os rendimentos das famílias.
Os casos de alta protelada por razões sociais, que excluem os doentes que aguardam integração na Rede Nacional de Cuidados Continuados (RNCCI), "são excecionais" neste centro hospitalar, que agrega os hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) e dos Covões.
Em 2012, foram registados cinco casos, em 2013, 15 e, este ano, dez. Muitos destes casos são encaminhados pelo serviço de urgência dos HUC, como recurso para solucionar o problema social.
Além destes casos, os HUC referenciaram em 2013, para a RNCCI, 1.380 doentes e 811 no primeiro semestre do ano, cujo tempo de espera para integração nas unidades demorou, em média, de seis a 20 dias.
"Sabemos que estes tempos de espera têm interferência nas demoras médias dos internamentos, mas são o garante da continuidade de cuidados que os doentes necessitam", sublinhou Isabel Ventura.
Um estudo realizado nos últimos seis meses de 2013, no serviço de Medicina Interna dos HUC, verificou que 45% dos doentes tinham entre 76 e 85 anos, 61% tinham uma dependência elevada e 55% auferiam rendimentos entre 200 e 400 euros mensais.
A maioria (61%) vivia com a família e o apoio era assegurado por esta em 89% dos casos, refere o estudo, acrescentando que 46% foram referenciados para a RNCCI.
O Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), que engloba os hospitais de S. José, Estefânia, St.º António dos Capuchos, Curry Cabral, Santa Marta e Maternidade Alfredo da Costa, sinalizou 256 casos sociais em 2013, menos 32 do que em 2012.
Até junho, foram registados 128 casos, refere o CHLC, que aponta como principais motivos para o protelamento de alta as dificuldades das famílias em assumir o papel de principal cuidador, os baixos recursos económicos, a "falta de resposta atempada da rede de suporte formal" e a dependência física e cognitiva dos doentes.
Já o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, registou um aumento do número de doentes com alta protelada, que passou de 66, em 2012, para 93, no ano seguinte.
Até junho foram assinaladas 60 situações e atualmente há cerca de 18 doentes a aguardarem resposta social.
Quinta-feira, 24 de Julho de 2014
Este país não é para crianças
Cortaram abonos de família, subsídios de nascimento, subsídios de aleitação, reduziram as deduções fiscais com a educação e a saúde, baixaram salários, aumentaram «brutalmente» (para usar a terminologia de Vítor Gaspar) os impostos sobre o trabalho, reduziram o rendimento disponível das famílias, fecharam escolas, facilitaram os despedimentos, empurraram 250 mil jovens para fora do País, aumentaram o horário de trabalho, reduziram as férias, e depois gritaram «Aqui d’el-rei que não nascem crianças em Portugal»
É caso para perguntar: – Estavam à espera que nascessem?
Quando Passos Coelho tomou posse tínhamos a terceira mais baixa taxa de natalidade da Europa (9,4 por cada mil habitantes); hoje é só a pior da Europa (7,9) e corremos o risco de nas próximas quatro décadas perdermos 20% da população. Este um dos resultados da mais desastrosa e ruinosa governação.
A razão para a drástica falta de nascimentos foi muito recentemente dada por alguns hospitais que denunciaram que há grávidas a chegarem aos hospitais com fome e crianças a quem não é dada alta porque as famílias não as podem sustentar.
Confrontado com esta notícia o Sr. ministro da Saúde respondeu laconicamente: – os pobres não são comigo, não é uma questão deste Ministério. É a fome no seu melhor reduzida a uma mera questão de guichets. O problema é que no Ministério adequado, aquele do ministro Mota da motoreta abundam as tesouras e tudo o que tem sido feito é cortes.
É do domínio público que hoje o melhor e mais seguro passaporte para o desemprego é a gravidez. São conhecidos casos de exigência do compromisso de não engravidar durante cinco anos como requisito para admissão num emprego.
O que pensa o primeiro-ministro sobre estas situações? O que fez este Governo para as combater?
Como conjugar estas questões com as demagógicas preocupações com a demografia?
Há 60 anos emigraram os avós a fugir da guerra colonial, hoje emigram os filhos para fugir do desemprego e da fome. A continuar assim, não tarda que emigrem os netos à procura de uma escola ou de um infantário.
Aurélio Santos
Sábado, 19 de Julho de 2014

Declaração de Suspensão da Colaboração dos Médicos com o Ministério da Saúde
Comunicado
Os médicos estão a ser coagidos pelo Ministério da Saúde a optar entre a desqualificação do seu trabalho ou a emigração, ambas as situações com prejuízo do SNS e dos doentes. Na verdade, é crescente o número de médicos a emigrar e a sair para o sector privado, pois cada vez é mais penoso trabalhar no SNS, progressivamente despojado de meios e sobrecarregado de indicadores absurdos e dificuldades crescentes, com as estatísticas manipuladas a substituírem os doentes, e com os médicos, uma profissão de elevada exigência, complexidade e alto risco, a serem remunerados abaixo de mecânicos, sem que o Ministério denote qualquer preocupação com essa situação. Daí muitos concursos ficarem desertos. O Ministério dedica mais atenção a alimentar notícias na comunicação social, como ilustra o caso dos “inadaptados” e da repescagem de situações, do que a promover um diálogo efectivo e sério com os médicos e com os doentes, particularmente importante no período prévio à publicação de erros legislativos, que procure soluções positivas para ambas as partes, para os doentes e para o SNS. A Ordem dos Médicos não assinará acordos vazios de conteúdos concretos e devidamente datados, ao contrário de outros. A greve convocada pela FNAM, em vez de ser considerada como um sinal de alerta, foi completamente desvalorizada e, com base na mistificação, reduzida a uma mera iniciativa de carácter político-partidário, sendo ostensivamente ignoradas todas as importantes questões concretas elencadas pela Ordem e pelos Sindicatos. O que se passa na Saúde em Portugal é grave, como demonstram as urgências sobrelotadas, os hospitais com pessoal insuficiente, os doentes sem Médico de Família e a realidade (esperada e prevista) de cada vez mais doentes oncológicos terem de ser operados no sector privado (as listas de espera para cirurgia oncológica não podem ser manipuladas e os doentes não podem esperar, pelo que são as primeiras a sofrer com o esvaziamento programado de recursos do SNS...). Desde o início do mandato do Ministro da Saúde que a Ordem se mostrou disponível para apoiar todas as medidas de carácter técnico, independentemente dos interesses eventualmente afectados, vontade essa consubstanciada no acordo assinado com a DGS e que se traduziu na produção e auditoria de múltiplas Normas de Orientação Clínica. O Ministério lança recorrentemente acusações à Ordem dos Médicos, mas foge ao debate honesto e frontal dos problemas da Saúde, porque sabe que não tem razão nas suas afirmações (ver artigo anexo). Quem acusa publicamente deveria estar disponível para o debate público, olhos nos olhos. Mas o Ministro da Saúde evita o contraditório directo, consciente da fragilidade e incompletude dos seus argumentos e afirmações. Assim, considerando que, a) Por todas estas e pelas razões reunidas no memorando de preocupações que Ordem e Sindicatos Médicos entregaram ao Ministério da Saúde, b) Pela falta de respeito e consideração que o Ministério da Saúde evidencia relativamente ao trabalho médico, c) Pela postura do Ministério da Saúde, cuja política se pode ilustrar pelas intenções subjacentes e pelo secretismo com que enviou para publicação a “Lei da Rolha”, cuja última versão não deu a conhecer a ninguém e que está na mesma linha censória do Despacho 9635/2013, A Ordem dos Médicos, sem deixar de cumprir todas as suas obrigações legais e convidando já o Ministério da Saúde para reatar o diálogo (estando disponível para o fazer ainda em Julho ou mesmo em Agosto), tal como tinha previamente anunciado vem apelar formalmente aos médicos, até indicação em contrário, que: 1. Informem directamente os seus doentes da gravidade e impacto negativo da actual política do Ministério da Saúde nos cuidados que lhes são prestados. 2. Continuem a denunciar à OM (em cada Secção Regional) todas as situações de deficiência, insuficiência ou pressão que possam pôr em risco a saúde dos doentes e o seu tratamento de acordo com as boas práticas médicas. 3. Recusem assinar todo e qualquer tipo de contratualização imposta, ainda para 2014 ou para 2015. 4. Cessem a participação em Grupos de Trabalho e recusem imediatamente toda e qualquer colaboração graciosa com o Ministério da Saúde, ACSS, ARS, DGS, Infarmed, Hospitais e ACES, incluindo as comissões de NOCs e Auditorias. Só unidos, os Médicos poderão preservar um futuro com Qualidade para medicina em Portugal.
Ordem dos Médicos, 18 de Julho de 2014
Sexta-feira, 18 de Julho de 2014
Destinatário: Presidente da Assembleia da República;
Nome: MANUEL SOUSA LIGEIRO
Email: mligeiro@hotmail.com
Organização: -
Cargo: -
Morada: Rua Cabeço do Azinho, lote nº. 6
Cidade: Torres Novas
Código Postal: 2350-483 Torres Novas
País: Portugal
Assunto: Resoluções nº. 57/2014 e 58/2014
Mensagem: Torres Novas, em 2 de Julho de 2014
Sra. Presidente da Assembleia da República
Sou, Manuel Sousa Ligeiro, portador do Cartão de Cidadão nº. 02468923 8ZZ8, e morador na Rua Cabeço do Azinho, Lote nº 6, 2350-483 Torres Novas, Distrito de Santarém, venho, por esta via expor e propor o seguinte a V. Exª.
1-Acabo de ter conhecimento da publicação, no DR nº. 123-I série, de 30 de Junho das Resoluções da Assembleia da República nº 57/2014 e 58/2014.
2 – Nas duas resoluções a Assembleia da República (AR) recomenda ao Governo que tome medidas no sentido dos Centros Hospitalares do Baixo Vouga, EPE e Entre Douro e Vouga, EPE assegurarem bons cuidados de saúde à população do Distrito de Aveiro.
Recomenda, de entre outras boas medidas, que o Governo “ Garanta à população do Distrito de Aveiro o acesso a cuidados de saúde de qualidade e proximidade, em tempo útil, assegurando a coesão e a justiça social” (nº.1 da resolução nº. 57/2014) e “ A aplicação da referida Portaria (a nº. 82/2014) no Distrito de Aveiro não ponha em causa, em momento algum, o acesso da população aos cuidados de saúde de que necessitam, com qualidade, segurança e em tempo útil.” (nº. 4 da Resolução nº. 58/2014).
Quero desde já aplaudir esta iniciativa da AR para com a população do Distrito de Aveiro!
3 – Porém quero manifestar aqui, e agora, a minha perplexidade, para não dizer indignação, da actuação da AR!
Estava eu convencido de que a AR representa todos os portugueses. Não estarei certo? Gostava de acreditar que não estou errado!
4 – A AR está preocupada com as consequências da aplicação da Portaria nº. 82/2014, de 10 de Abril no Distrito da Aveiro. Nessa preocupação não está sozinha, eu estou muito preocupado com o resultado dessa aplicação no concelho onde vivo (Torres Novas), no Distrito da Santarém e no País!
Também tenho tido informação de que diversos Órgãos do Poder Local se têm manifestado contra esta Portaria!
Pois ao contrário do que transparece das referidas resoluções a dita portaria aplica-se a todo o País!
Já agora, Sra. Presidente, permita-me informá-la que o Hospital Torres Novas, que serve a população de Torres Novas (onde vivo) e a de mais cinco concelhos, da aplicação da Portaria fica apenas com a especialidade de Pediatria! Isso é Encerra!
O Centro Hospitalar do Médio Tejo, EPE , que integra os Hospitais de Abrantes, Torres Novas e Tomar e que serve a população do Médio Tejo (240 000 habitantes) perderá 12 (doze) especialidades, as quais estão previstas só para hospitais de Lisboa ou Coimbra!
Não posso comparar os efeitos resultantes da aplicação da dita portaria nos Distritos de Aveiro e Santarém, nem com os outros distritos do País, porque não conheço as situações em concreto, mas no Distrito de Santarém os resultados serão catastróficos!
5- Sra. Presidente, sou cidadão português, cumpro as minhas obrigações legais e cívicas e também contribuí para a eleição da AR, por isso, gostava de me ver aí representado!
Assim, e tendo em conta que:
- A AR é um Órgão de Soberania que representa todos os Portugueses;
- Todos os Portugueses têm os mesmos direitos;
- Me parece justo que o conteúdo das Resoluções da AR nº. 57/2014 e 58/2014 se aplique ao País e não apenas ao Distrito de Aveiro;
- De V. Exª., Sra. Presidente, pelas altas funções em que está investida, se espera uma actuação exemplar;
Ponho à consideração de V. Exª. A iniciativa para que o conteúdo daquelas duas resoluções seja tornado extensível a todos os Distritos do País.
Grato pela atenção que V. Exª. Possa dispensar a esta minha “inquietação”,
Subscrevo-me com consideração,
(Manuel Sousa Ligeiro)
PS:
Desta carta darei conhecimento a todos os Grupos Parlamentares
..............
From: GABPAR.Correio@ar.parlamento.pt To: mligeiro@hotmail.com Subject: RE: Correio do Cidadão - Resoluções nº. 57/2014 e 58/2014 Date: Tue, 8 Jul 2014 14:15:49 +0000
Exmo. Senhor Manuel Sousa Ligeiro
A Presidente da Assembleia da República agradece o seu email, no qual expõe a sua posição quanto a duas Resoluções da Assembleia da República.
Pelo seu teor, a Sra. Presidente decidiu remeter a sua comunicação para a análise dos Srs. Deputados da Comissão Parlamentar de Saúde.
Com os melhores cumprimentos,
O Gabinete da Presidente da Assembleia da República
Quinta-feira, 17 de Julho de 2014
TOMAR – Utente teve que esperar cerca de treze horas (!) por atendimento no hospital… e nem teve direito a uma refeição que fosse

Uma cidadã tomarense foi forçada a aguardar cerca de treze horas para ser atendida no serviço de urgência básica do Hospital Nossa Senhora da Graça, em Tomar. Esta espera incompreensível registou-se na última segunda-feira, altura em que os utentes com pulseira verde aguardaram um tempo interminável até serem chamados, levando-os ao desespero.
Um dos exemplos do que aconteceu centrou-se, precisamente, na cidadã em causa, cujo testemunho apontou para um «descontrolo existente no serviço e até falta de sensibilidade do profissional responsável». E este lamento explica-se com o facto de esta utente ter sido obrigada a esperar mais de quatro horas após a chamada da paciente que estava à sua frente na lista de atendimento. Ou seja, durante esse período, não foi chamado mais nenhum utente com pulseira verde. Outro exemplo diz respeito a uma senhora de Ourém, que deu entrada no hospital pelas 14 horas e às duas da manhã, já de terça-feira, ainda não tinha sido atendida. Desistiu de esperar e regressou a casa. A Hertz sabe que alguns utentes foram encaminhados para o hospital porque não tiveram acesso ao respectivo médico na extensão de saúde da área de residência, sendo que nas Unidades de Saúde Familiares de Santa Maria e Marmelais a prioridade é concedida aos cidadãos inscritos e quem chega das zonas ditas rurais é forçado a deslocar-se ao hospital, sujeitando-se a longos períodos de espera. Assim que a nossa redacção teve conhecimento do caos que estava a acontecer nas urgências do hospital foi estabelecido um contacto com o Nossa Senhora da Graça, isto por volta das 00h35, altura em que foi possível chegar ao contacto com o médico de serviço. Este profissional, que não se quis identificar, considerou que aquele dia estava a ser «normal». Refira-se que a Hertz já tentou obter respostas por parte do gabinete de comunicação do Centro Hospitalar do Médio Tejo, através de um e-mail enviado na última segunda-feira, mas até agora não chegou qualquer informação e explicação sobre o sucedido.
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2014-07-17 19:16:30
Terça-feira, 15 de Julho de 2014
Em TOMAR
Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Tomar reuniu com a equipa da USF de Santa Maria
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 | Uma das imagens do evento |
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No dia 14 de julho de 2014, a Comissão de Utentes dos Serviços públicos de Tomar (CUSP de Tomar) reuniu com a equipa da Unidade de Saúde Familiar de Santa Maria, no sentido de conhecer o estado de situação em que se encontram os cuidados de saúde primários, no concelho de Tomar. Estiveram presentes, alguns membros do CUSP de Tomar, o Doutor António Branco, a Enfermeira Cecília e a Assistente técnica Cláudia. |
Foram elencadas várias questões relacionadas, não só com os cuidados primários como também outras situações ligadas ao setor da saúde, nomeadamente,o alargamento da USF de Santa Maria, o funcionamento do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), medidas políticas implementadas face à atual legislação,a descentralização dos cuidados de saúde primários e sua possíveltransferência para a autarquia. |
Segunda-feira, 14 de Julho de 2014
MÉDIO TEJO – «Diário da República» apresenta os membros da Administração do Centro Hospitalar. Cristina Gonçalves é a directora-clínica

Já são conhecidos os cinco elementos que fazem parte do novo Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo. As nomeações saíram em Diário da República e confirmam a notícia veiculada há mais de um mês pela Hertz que dava conta da aposta que seria efectuada pelos ministros da Saúde e das Finanças em Carlos Andrade Costa para presidente do referido órgão, em substituição de Joaquim Esperancinha.
Aos 49 anos de idade, o novo responsável máximo pelo CHMT tem no currículo um curso de administração hospitalar com passagens pelo Hospital das Forças Armadas, pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, entre outras. Carlos Andrade Costa será acompanhado por Cristina Gonçalves (ao centro, na foto), de 55 anos, que será a nova directora-clínica. Trata-se de uma profissional conhecida da população tomarense uma vez que é a responsável pelo Hospital de Dia de Diabetes, valência situada em Tomar, cidade onde tem feito parte significativa da carreira: entre 1996 e 1999 foi a responsável do Serviço de Urgência do Hospital Distrital de Tomar; entre 2002 e 2005, foi directora do mesmo serviço mas então na Unidade de Nossa Senhora da Graça, já no criado Centro Hospitalar do Médio Tejo, organismo onde, até à actualidade, também tinha funções de directora da Medicina Interna. Bruno Ferreira, de 39 anos, licenciado em marketing mas com experiência no campo da saúde, irá desempenhar as funções de vogal-executivo, assim como António Lérias e Nelson Silva, enfermeiro-chefe, os dois únicos membros de transitam do anterior Conselho de Administração, órgão que fica, assim, mandatado para um período de três anos, renovável até ao máximo de três renovações consecutivas.
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2014-07-14 12:36:25
Sábado, 12 de Julho de 2014
A destruição do SNS pelo governo
– o estrangulamento financeiro
– a luta dos médicos em defesa do SNS
Numa altura em que os médicos recorreram à greve para defender o SNS e os seus direitos, interessa recordar (até para que possa ficar claro para todos portugueses a razão da luta dos médicos), a forma como este governo, através do seu ministro da saúde, tem procurado destruir, de uma forma silenciosa, o SNS, através de cortes brutais no seu financiamento e no dos hospitais públicos. Ao mesmo tempo que faz isto tem-se revelado um " mãos largas " no financiamento dos grupos económicos privados (Espírito Santo Saúde, José Mello e o grupos brasileiro AMIL que adquiriu os Hospitais Privados à CGD, quando o governo privatizou a área de saúde da "Caixa") grupos esses que já controlam uma parte importante do serviço público de saúde. O quadro 1, construído com dados oficiais constantes da " Síntese da execução orçamental" divulgada mensalmente pelo Ministério das Finanças e do OE-2014, mostra com clareza a fúria destruidora deste governo contra tudo que é público.
Quadro 1- Corte brutal no financiamento do SNS e "mãos largas" no financiamento dos grupos económicos privados da saúde através do Orçamento do Estado pelo governo 
Entre 2010 e 2014 a despesa pública a nível dos SFA com a saúde dos portugueses diminuirá de acordo com a decisão deste governo, em valores nominais, de 13.874,4 milhões € para apenas 8.289,6 milhões €, ou seja, em 5.584,8 milhões € (-40,3%). No entanto, se a análise for feita em termos reais, ou seja, entrando com o efeito do aumento de preços, a redução é muito maior. Efetivamente, os 8.289,6 milhões € previstos de despesa para 2014 correspondem em poder de compra apenas a 7.675,6 milhões € de 2010, e assim a redução em termos reais, entre 2010 e 2014, atingirá 44,7% (menos .6.198,8 milhões €). A mesma evolução negativa verificar-se-á no financiamento dos hospitais públicos (Hospitais EPE), cujas transferências do Orçamento do Estado o governo tencionava reduzir, entre 2010 e 2014, em valores nominais, de 4.741,6 milhões € para 4.075 milhões € (- 666,6 milhões €) mas, em termos reais (entrando com o feito do aumento de preços) passariam, também entre 2010 e 2014, de 4.741,6 milhões € para 3.773,1 milhões € (-20,4%). Só a luta dos médicos é que obrigou o ministro da saúde a reforçar a verba de 2014 para os hospitais públicos em mais 300 milhões € como noticiou o Diário Económico de 9/7/2014
É fácil de compreender que perante este corte brutal no financiamento do serviço público de saúde desde 2011, ano em que este governo entrou em funções, tudo falte no SNS e nos Hospitais públicos (pessoal, remédios, consumíveis, etc.) de que se queixam os médicos e os outros profissionais da saúde com prejuízo grave para todos os portugueses. O que não tem faltado é dinheiro do Orçamento do Estado para financiar os grupos económicos privados da saúde, cujos pagamentos, por parte do Estado, aumentaram, entre 2010 e 2014, em 166,7%, pois passaram de 160,4 milhões € para 427,8 milhões € como mostra também os dados oficiais constantes do quadro1. Parece evidente que o objetivo é destruir o setor público de saúde para assim facilitar o negócio aos grupos económicos privados da saúde e criar excedentes para pagar aos credores (para 2014, só as despesas com juros previstas atingem o impressionante valor de 7.239,1 milhões €).
08/Julho/2014
CUSMT reune
com Pedro Ferreira
(Presidente da CMTN e responsável pelo sector da saúde na CIMédio Tejo)
no dia 21 de Julho
Face a novos enquadramentos legais e a novas perspectivas de organização da prestação de cuidados de saúde, a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo solicitou a reunião com o Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, também o responsável pela área da saúde na Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, com o objectivo de informar e esclarecer quais as nossas opções para a futura organização de cuidados de saúde e as iniciativas previstas para a sensibilização da população e entidades com capacidade de decisão.
Informa-se que a CUSMT também enviou um pedido de reunião à Comissão para acompanhamento do Hospital, criada pela Assembleia Municipal de Torres Novas.