A CUSMT vai reunir com a Comissão Política do PSD de Torres Novas, a pedido desta estrutura partidária local, em data a anunciar, para debater a prestação de cuidados de saúde no Concelho de Torres Novas.
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AS POPULAÇÕES PRECISAM E MERECEM
CUIDADOS DE SAÚDE DE PROXIMIDADE E QUALIDADE
Há quem tente empurrar as pessoas para a passividade e a conformação. Mas apesar de alguns até já terem perdido a capacidade de indignação, sabemos do significado humano, social e político da nossa actividade. É preferível que as decisões sejam tomadas pela pressão democrática da luta das populações do que depois de dramas humanos que trazem sempre mais sofrimento.
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo e as Comissões de Utentes dos Serviços Públicos dos Concelhos de Abrantes, Tomar e Torres Novas reuniram, na passada semana em Abrantes, Torres Novas e Tomar, com o objectivo de analisar a prestação de cuidados de saúde na Região do Médio Tejo e definir as iniciativas públicas e institucionais que levem a uma alteração de rumo.
As sucessivas reestruturações falhadas do CHMT e dos ACES (hoje só Médio Tejo) transformaram qualquer necessidade de saúde numa “dor de cabeça” para as populações.
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Protestam os utentes e familiares pelas demoras e pelo corrupio constante entre as urgências básicas de Tomar e Torres Novas e a urgência médico-cirúrgica de Abrantes, tendo de percorrer dezenas e dezenas de quilómetros. (Nenhuma das urgências do CHMT tem condições físicas para concentrar as outras duas). Além da urgência, pela sua importância social e clínica, outros serviços não deveriam ter sido concentrados como a Medicina Interna, Cirurgia e Pediatria.
Protestam os profissionais por serem poucos e não terem condições de funcionamento. Protestam as corporações de bombeiros pelo demasiado tempo de espera, o que põe em causa muitas vezes o 2º. Serviço.
Infelizmente esta situação não é exclusiva do Médio Tejo. Problemas com as urgências sucedem um pouco por todo o País. Tememos que a situação se agrave em caso de confirmação do surto gripal.
Dois constrangimentos de raiz contribuem para os recorrentes problemas na urgência do CHMT: a concentração da urgência médico-cirúrgica e o crónico subfinanciamento dos hospitais. Ambas as questões são da responsabilidade do Ministério da Saúde.
Muitas vezes temos feito referências à falta de recursos humanos nos hospitais e centros de saúde. Os responsáveis governamentais assobiam para o lado. Perante escândalos públicos (como no Amadora-Sintra), logo o Ministério da Saúde se apressou a autorizar a contratação de médicos e ordenar o alargamento de horários nos Centros de Saúde. Como sucede por esse País fora, o recurso a empresas de prestação de serviços médicos é uma forma precária de resolver o problema. (O que está a suceder com a prestação das empresas fornecedoras de serviços médicos aos hospitais e centros de saúde é apenas um pequeno exemplo do que aconteceria aos utentes com a municipalização e privatização da prestação de cuidados de saúde.) Os hospitais deveriam ter pessoal suficiente para cobrir as necessidades e não dedicar-se a tapar buracos em ocasiões de maior aperto. Recusamos soluções precárias, mas infelizmente o sector da saúde no Médio Tejo deixou de ser atractivo para os profissionais médicos.
O Governo, em “modo eleitoral” e face à recusa generalizada de utentes e autarcas, retardou a aplicação da Portaria 82/2014. Mas continuamos a recear que mais tarde ou mais cedo tenhamos de fazer frente a encerramentos dos serviços de algumas especialidades.
Apesar do anúncio do aumento de capital no CHMT, tem de se resolver o problema de fundo: acabar com o subfinanciamento crónico das unidades de saúde.
Os dramas sociais que ficam a descoberto nestas épocas de crise. A comprová-lo está o número de internamentos com origem nas urgências, o aumento do número de óbitos nas vagas de frio e calor, a pressão para altas antecipadas perante a necessidade de camas. Neste cenário, a política de saúde tem sido desinvestir em recursos humanos, concentrar serviços e reduzir o número de camas.
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Os responsáveis governamentais e do ACES “Médio Tejo” afirmam não haver intenção de encerrar qualquer unidade de saúde, mas com o prolongar de situações em que não há médico e/ou lá está só ocasionalmente fica-se com a ideia de que aposta na degradação dos serviços e na possível aceitação pelas populações da rotina de procurar outras alternativas para justificar o encerramento das unidades de saúde em causa. Sobre a possibilidade de o Médio Tejo vir a ter Unidades Móveis de Saúde, ninguém consegue dar uma resposta.
O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, no distrito de Santarém, tem 29.500 utentes sem médico de família, uma situação que só ficaria resolvida com a colocação de 16 médicos. A diretora executiva do ACES do Médio Tejo, Sofia Theriaga, revelou à agência Lusa que tem cerca de 29.500 utentes sem médico de família, de um total de 228.000 utentes pertencentes a 11 concelhos, sendo os casos de Abrantes (12.000 utentes a descoberto), Ourém (8.100), Torres Novas (6.300), Sardoal (2.000) e Ferreira do Zêzere (1.100) "os mais complicados". O Ministério da Saúde para “resolver” o problema abriu um concurso nacional para a colocação de 70 médico, MAS SÓ UM (1) para o ACES “Médio Tejo”.
Mas as populações e as estruturas de utentes não se resignam. Por exemplo, na Freguesia do Pedrógão e em Casais de Igreja (Freguesia de Assentis), no Concelho de Torres Novas, já foram recolhidas mais de 500 assinaturas em defesa da colocação de médicos nas respectivas unidades de saúde. Também em Freguesias do Concelho de Abrantes vão ser recolhidas assinaturas para exigir médico nas Extensões de Saúde. Na Freguesia da Sabacheira, perante o anúncio de uma manifestação da população, logo os responsáveis apareceram a prometer médico durante dois dias por semana.
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As comissões de utentes decidiram:
in SAÚDE SA
SNS, sinais de ruptura
«Contratações de emergência , médicos pagos acima da lei, e a receber mais de 500 euros por turno de doze horas e a abertura noturna de centros de saúde foram medidas extraordinárias tomadas esta semana para evitar que se repetisse o caos do Natal na Urgência do Hospital Amadora Sintra, onde doentes esperaram mais de 24 horas. Tudo para responder a uma enchente que, afinal, não existiu. Nem ali, nem na maioria dos hospitais do país.
Os dados obtidos pelo Expresso junto de várias unidades hospitalares mostram que houve menos doentes a recorrer à Urgência nesta época festiva em comparação com o mesmo período do ano passado. No Amadora-Sintra, onde o tempo de espera atingiu recordes, houve mesmo uma diminuição de 18% na Consoada e de 16% no dia de Natal. Ao todo, foram atendidas 483 pessoas nos dois dias, menos 100 do que em 2013.
O problema não foi, portanto, provocado pelo excesso de doentes mas pela falta de médicos. Naqueles dias, deveriam estar a trabalhar cinco médicos na linha da frente e só dois compareceram. Entre os faltosos, dois entregaram atestado por doença e um, em prestação de serviços, não apareceu nem justificou a ausência. Os cortes de 20% no pagamento do trabalho fora do horário normal desmotivaram os médicos, que deixaram de achar compensador estarem de banco em vez de ficarem em casa.
São cada vez mais os clínicos que pedem dispensa da Urgência noturna, logo que completam os 50 anos, e de todo o trabalho no atendimento urgente cinco anos mais tarde. A benesse é antiga, mas até existirem cortes nos pagamentos eram menos os profissionais a aproveitá-la. “Esta faculdade, associada à faixa etária média dos médicos, implica que um número significativo — mais de 50% no momento atual — possa deixar de realizar trabalho naquelas instituições, o que tem um forte impacto nos serviços de saúde”, reconhece a ACSS.
No Amadora-Sintra, por exemplo, a diretora da Urgência é a primeira a admitir que não há capacidade de resposta. “Fomos perdendo profissionais ao longo do tempo, uns porque emigraram, outros porque deixaram de trabalhar na Urgência e não foram substituídos. Com falta de pessoal, não conseguimos lidar com picos de afluência”, lamenta Teresa Branco.
Face ao prognóstico de uma nova rutura nas Urgências durante a passagem de ano, o ministro da Saúde não teve outro remédio senão autorizar o que até aqui tentou evitar: novas contratações e pagamentos acima da tabela. Quem ficou na escala do fim do ano recebeu mais por hora extra e no caso dos três ‘tarefeiros’ o valor chegou ao dobro do quevalor chegou ao dobro do que está na lei. No total, os turnos de 12 horas que fizeram valeram-lhes 540 euros. E mesmo assim foi muito difícil encontrar quem se dispusesse a ir trabalhar — o Hospital Amadora-Sintra teve autorização para contratar dez médicos à tarefa (e mais sete para o quadro) mas até ao último dia do ano só três tinham aceitado.
Para evitar que novas situações de rutura ocorressem na passagem do ano, o Ministério da Saúde anunciou penalizações para os prestadores de serviços faltosos e prometeu repor os cortes no pagamento do trabalho extra. O ‘tratamento’ surtiu efeito.»
Expresso 03.01.15
PCP – “Política criminosa" : A utilização de "soluções precárias" como "a contratação de serviços a empresas", advertindo que "o caos verificado nas urgências de diversos hospitais" põe em causa "o direito à saúde" e "é consequência das políticas restritivas que têm vindo a ser implementadas".link
José Manuel Silva: “Caos nas Urgências”: O Ministério da Saúde reduziu o horário de abertura dos Centros de Saúde, asfixia os hospitais até à falência técnica (para depois fazer umas flores a atribuir ‘reforços’ financeiros), só sob pressão permite a contratação direta de médicos para as urgências, obriga à contratação através de empresas que não têm médicos e que impõe preços tão baixos que ninguém aceita a imensa carga de trabalho e o enorme risco de uma urgência pelo preço/hora de uma empregada doméstica, etc. A culpa do caos nas urgências e do desnecessário sofrimento dos doentes é do Ministério da Saúde. link
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O balanço da política deste ministro está por fazer. Para já, o que fica da sua acção, além do cumprimento zeloso dos cortes a eito impostos pela troika e da montanha de medidas de cariz administrativista, à boa maneira amanuense, resume-se ao improviso e definhar acelerado do serviço público de saúde em abono dos investimentos privados .
A Unidade de Saúde Familiar de Santa Maria, de Tomar, alargou o seu âmbito a um pólo em Ferreira do Zêzere. Há registo para o reforço da equipa e da capacidade assistencial, sendo que este alargamento permite a cerca de 3500 utentes ferreirenses já terem médico de família. Esta medida foi apoiada pelo Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo e mereceu a aprovação da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
Entretanto, em Tomar, a Unidade de Saúde Familiar de Santa Maria conseguiu inscrever todos os utentes que o haviam requerido, ou seja, não há ninguém em lista a aguardar pela atribuição de médico de família. Numa nota enviada para a redacção da Hertz, António Branco, coordenador da USF, refere que há a previsão de os serviços aceitarem até duzentos novos inscritos até 31 de Março deste novo ano. Desta forma, os interessados podem efectuar o respectivo pedido no edifício da Nabância, em Tomar. Como a preferência dos utentes é obrigatoriamente respeitada, o pedido para um determinado médico poderá conduzir a uma espera para que haja vagas nesse profissional. Se indicar mais do que uma opção (ou não manifestar preferência) o pedido pode ser satisfeito com maior prontidão.
No CHMT nos últimos anos a vigilância e segurança tem sido assegurada pelos trabalhadores do GRUPO 8. Agora, foi entregue à empresa GIS. Desconhecemos os méritos e deméritos (funcionais e financeiros) das empresas em causa, mas não deixamos de registar que 30 trabalhadores foram para o desemprego. Ah, foram substituídos por outros! Em que condições?
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