Hospital de Dia da Diabetes reforça equipa com uma Podologista
Bebiana Matos é Podologista e é a mais recente especialista vinculada no CHMT ao Hospital de Dia da Diabetes. A sua contratação surgiu da necessidade de diferenciação dos cuidados de saúde prestados neste Hospital de Dia.
Já integrada na equipa, Bebiana Matos justifica a sua presença no “auxílio ao trabalho dos colegas, nomeadamente das enfermeiras, no apoio do pé e utilização de alguns materiais de forma a utilizar uma descarga para que o pé assente de forma correta e evitar a formação de úlceras.”
Para além deste apoio, faz um trabalho preventivo do aparecimento de lesões no pé, correção de apoio e correção de estruturas que estão mal feitas, através de palmilhas.
O trabalho no Hospital de Dia da Diabetes é muito importante e desafiador. “Há casos muito complicados, que nos fazem pensar pois alguns são já pacientes há muito tempo, ou amputados e de grande debilidade a nível de tecidos e estruturas mesmo a nível de sensibilidade, o que nos obriga a pensar um bocadinho mais antes de atuar. São desafios que nos estimulam a trabalhar e procurar as melhores soluções”, afirma a Podologista.
A inclusão da Podologia no Hospital de Dia da Diabetes permite complementar, sobretudo mecanicamente, o trabalho realizado pela equipa de enfermagem. “Nós já tínhamos as enfermeiras que já estavam a fazer um trabalho fantástico a nível de cicatrização e também de prevenção, no aconselhamento para a prevenção, mas não conseguiam depois mecanicamente fazer essa prevenção. E esta é a mais-valia, elas trabalham diretamente na ferida, mas eu trabalho de forma a que a ferida não apareça, ou se já existe que ajude a cicatrizar”, explica Bebiana Matos.
Com utilização dos suportes plantares, palmilhas, é feita a definição do ponto de apoio mais utilizado pelo doente por forma a minimizar a pressão feita naquele ponto do pé e assim evitar o aparecimento da ferida. “Estamos desta forma a corrigir a forma como o pé apoia no solo e assim ajudamos a cicatrizar ou prevenimos o aparecimento da lesão”, diz a Podologista.
O tipo de tratamento é personalizado, sendo cada palmilha trabalhada de acordo com a zona do pé que faz a maior pressão e feita a partir do pé do próprio paciente.
No Hospital de Dia da Diabetes a consulta de podologia está também indicada para quem sofre de obesidade, “pois pode proporcionar-se mais conforto ao pé o que pode ajudar a prática de caminhadas, e isto resulta num paciente com mais confiança e mais feliz”, garante Bebiana Matos.
Para além do trabalho que está a realizar no Hospital de Dia da Diabetes está já efetuada a abertura da consulta externa em Podologia, o que permite a referenciação médica para esta especialidade de outras unidades de saúde do Médio Tejo.
O calçado é o mais importante
A importância do calçado é uma mensagem que Bebiana Matos não se cansa de referir. “Ele protege o nosso pé, o que é ótimo, mas se o calçado tiver, por exemplo uma costura fora do sítio, se for muito pequeno ou tiver uma palmilha deformada, tudo isso vai ter influência no nosso pé. O sapato nesta consulta tem uma importância extrema”, reforça a Podologista.
E, da mesma forma que o corpo muda e muitas vezes passamos de um M para um L ou para um S, também o pé engorda e emagrece, e tem alterações com a idade. Daí a importância de se experimentar sempre o calçado de forma correta. Bebiana Matos ensina como: “O sapato deve ser experimentado com o pé de fora e em cima do sapato, em vez de se enfiar o pé no sapato, pois desta forma consegue-se ver como vai ficar o pé no sapato. Esta dica deve ser utilizada por todas as pessoas”, concluí Bebiana Matos.
A Obesidade mata
O tabaco sempre foi uma das maiores causas de morte, mas prevê-se que nos próximos dez anos seja ultrapassado pela obesidade. No Centro Hospitalar do Médio Tejo a Consulta de Obesidade faz-se no Hospital de Dia da Diabetes. Joana Gonçalves, Nutricionista, responsável por estas consultas no CHMT, alerta para o facto de “a obesidade ser muito mais preocupante do que se fala, pois não só há só excesso de peso como há mais obesos. A obesidade é uma doença, mas mais do que doença em si trás consigo outras patologias. E a obesidade mata.”
No CHMT a abordagem da Consulta da Obesidade é feita com adultos e com crianças, em cerca de 150 consultas por mês realizadas a adultos e 70 consultas a crianças.
As consultas são espaçadas consoante cada caso. “É feito o acompanhamento quinzenal em situações extremas, que tenham associadas situações depressivas ou compulsão alimentar, fazemos também acompanhamento mensal, quer nas crianças quer com os adultos que estão disponíveis, e trimestral (que é o mais espaçado que temos). Muitas vezes começamos com acompanhamento quinzenal e vamos espaçando”, explica Joana Gonçalves.
A abordagem tende a ser o mais dinâmica possível, de forma a motivar os utentes para as alterações sobretudo dos hábitos alimentares. “Para além das sessões individuais, de acompanhamento nutricional, estamos a começar a introduzir nos adultos sessões de grupo em que abordamos vários temas, exemplo da rotulagem alimentar e novas confeções.
Estamos igualmente a iniciar um projeto de cozinha saudável, com aulas sobre novas formas de cozinhar, nomeadamente com o tema das sopas, a substituição do sal introduzindo as ervas aromáticas que ainda não são muito utilizadas pela população no Médio Tejo”, informa a nutricionista Joana Gonçalves
No que se refere à abordagem realizada com as crianças, Joana Gonçalves está “a iniciar um estudo sobre o que está a predispor as nossas crianças ao excesso de peso”.
ma das constatações que faz nas suas consultas é que “as crianças são muito criadas pelos avós e essas crianças tem IMC mais elevado”. Também o sedentarismo é apontado como causa, pois “as crianças fazem pouco exercício físico e as que o fazem não gostam”, refere a nutricionista de acordo com o que observa nas suas consultas.
E a época das férias de verão é propícia ao aumento de peso. “Na época de verão as crianças tem tendência a engordarem 3 a 5 quilos, pois a maior parte passa o tempo em casa e não pratica qualquer atividade. Estamos a aproximar-nos de um período crítico”, alerta Joana Gonçalves.
Alterar hábitos é o mais difícil.
Na consulta de obesidade o que é aconselhado é pensado caso a caso de acordo com o perfil da família, quer a nível económico mas também de gostos e preferências. E, quando cumprem os planos, na grande maioria dos casos o agregado familiar consegue reduzir as despesas comendo de forma saudável.
Muitas vezes “a resistência é dos próprios pais”, diz a nutricionista pois “pensam que uma alimentação adequada demora muito tempo, são capazes de cozer arroz mas são incapazes de preparar uma salada”.
E esta é uma das maiores dificuldades “a dos pais quererem mudar os hábitos, esta dificuldade é muitas vezes maior do que a económica”.
E se com as crianças, a dificuldade está na alteração dos hábitos alimentares da família com os adultos a “maior dificuldade é fazer-se o click. Os adultos têm a consciência do que lhes faz mal. Muitos comem como compensação do dia-a-dia e nesses casos muitas vezes é difícil de controlar”, afirma Joana Gonçalves que considera que “é muito complicado perder peso e a própria sociedade não ajuda, pois há muitos estímulos”.
Trabalho em equipa e de porta aberta
Uma das mais-valias deste serviço é o trabalho em equipa que se faz no Hospital de Dia da Diabetes. “Nós aqui tentamos, com a equipa que temos, trabalhar todos os aspetos; a parte psicológica, a emocional e de que maneira isso afeta as escolhas alimentares”.
Feita a abordagem multidisciplinar, Joana Gonçalves prepara, sempre que possível, planos, SOS, escapes para essas situações de compulsão. “Quando os utentes tem aquela hora que não se conseguem controlar, tentamos minimizar a sensação de culpa através de estratégias, pois muitas vezes não há mesmo forma de evitar os episódios de convulsão e portanto é necessário limitar os alimentos calóricos em casa”.
Outra das vantagens é a relação de porta aberta que existe na Consulta de Obesidade. “É muito importante para as pessoas saberem que podem vir em qualquer altura, quando precisam. Isto e a confiança no profissional que o está a acompanhar. Nós temos de dar o exemplo, não podemos seguir a máxima de ‘olha para o que eu digo e não para o que eu faço’. Não podemos querer que o nosso utente perca peso e faça exercício se nós no nosso dia-a-dia não o fazemos”, afirma a nutricionista que acredita que “se tiverem o nosso exemplo eles vão ter uma adesão à terapêutica superior como uma motivação maior”.
A nutricionista Joana Gonçalves, do Centro Hospitalar do Médio Tejo, começará a partir deste mês a escrever regularmente no Site do CHMT.
Os números de 2016, o melhor ano do CHMT
2016 foi um ano de crescimento para o Centro Hospitalar do Médio Tejo. Mais internamentos, mais consultas externas, mais atendimentos nas urgências, mais cirurgias e mais recursos humanos.
Estes resultados “marcam a história do CHMT, pois a sustentabilidade está na expansão da sua atividade e não na sua redução”, afirma Carlos Andrade Costa, presidente do Conselho de Administração.
Uma expansão que garante o futuro do CHMT, pois trata-se de “uma expansão com um controlo de custos eficiente, não como um fim mas como um meio para permitir a constante renovação da Instituição”, afirma o presidente do Conselho de Administração.
Recursos Humanos - Na prestação direta de cuidados de saúde o número de profissionais teve um acréscimo com um total de 1628 profissionais em 2016, quando comparado com 2014 cujo número estava nos 1409.
Relativamente às entradas e saídas de profissionais e comparando os anos de 2012 e 2016 também aqui se verifica uma inversão das circunstâncias, pois em 2012 saíram 117 profissionais e entraram 38 e no ano de 2016 saíram 169 e entraram 309 profissionais. O destaque aqui vai para o número de enfermeiros que entraram no CHMT no ano de 2016, 153 tendo terminado a sua colaboração 82.
Atividade Assistencial
O ano de 2016 é o ano em que se evidencia um crescimento da atividade assistencial no Centro Hospitalar do Médio Tejo com exceção para a Maternidade que desde 2010 tem vindo a diminuir os seus indicadores de número de partos.
O Centro Hospitalar do Médio Tejo registou, em 2016, 17.297 internamentos, tendo sido realizadas 178.473 consultas externas. O número mais elevado pelo menos desde 2010.
Atividade cirúrgica - Também a atividade cirúrgica apresenta evolução positiva com o maior número de cirurgias a realizar-se em 2016, ano em que foram realizadas 10.507 intervenções.
Hospital de Dia - No hospital de dia foram realizadas 27.108 sessões, face a 23.257 realizadas em 2016 e 18.228, em 2010.
Serviço de Urgências - No serviço de urgências foram realizados 153.872 atendimentos, valor que em 2012 estava nos 149.832.
Resultados financeiros – também na área financeira o Centro Hospitalar do Médio Tejo fez um caminho positivo no ano de 2016, tendo diminuído a dívida acumulada para 26.047.173,63€. Recorde-se que em 2013 a dívida estava em valores superiores a 50 Milhões de Euros.
Para o Conselho de Administração estes resultados surgem do “esforço abnegado que tem sido efetuado por todos os profissionais, complementado com a estratégia de gestão em contínua colaboração com a Tutela, o que tem permitido alcançar números tão satisfatórios, no desenvolvimento e crescimento do CHMT que se prevê que se mantenham.
Para 2017 o plano de atividades apresenta diversos eixos estratégicos, mantendo a prioridade na recapitalização do quadro médico do CHMT, na continuidade do aumento atividade assistencial e no início de implementação das medidas que resultam das propostas do grupo de trabalho da reforma hospitalar.
Ainda para 2017 o plano de investimentos contempla um total próximo dos 2 Milhões de euros, para infraestruturas, equipamentos e sistemas de informação, assim como para melhoria e reabilitação das infraestruturas.
Destacam-se no campo das infraestruturas, equipamentos e sistemas de informação a aquisição da TAC, aquisição de equipamento médico-cirúrgico, aquisição de mamógrafo, entre outros.
Na melhoria da infraestruturas previstas para o ano de 2017 evidencia-se a relocalização da zona de consultas externas, a expansão das instalações da Urgência Médico-Cirúrgica e a construção da sala de preparação de citoestáticos.
“2016 foi o melhor ano do Centro Hospitalar do Médio Tejo, resultado conseguido com o trabalho e dedicação de todos os profissionais desta Casa.
Os dados do primeiro trimestre de 2017 indicam que vamos no bom caminho, mantendo a tendência e consolidando estes números, ao reforçarmos a atividade assistencial e melhorando as condições físicas e de equipamentos do CHMT, reiterando o objetivo de sempre e que é prestar os melhores cuidados de saúde a todos os nossos utentes”, refere Carlos Andrade Costa.
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