Durante o mês de Junho (aqui chegados espera-se a colocação de médicos por concurso ou homologação de notas)
Os pólos/extensões de saúde de:
ASSENTIS passa de 1 dia para 3 diascom cuidados médicos
(soma das manhãs e tardes)
PARCEIROS IGREJA passa de 1 para 2 dias
BROGUEIRA passa de 1 para 3 dias
ALCOROCHEL passa de 1 para 2 dias
do doc da CUSMT de 26.4.2021:
RECURSOS HUMANOS
O reforço dos Recursos Humanos, sempre poucos para as necessidades (*), só pode ser atingido com vários meios: reforço do internato médico e da idoneidade formativa; criação de condições para atrair mais profissionais (valorização profissional e salarial; melhorias de equipamentos e instalações; telemedicina e digitalização; objectivos de gestão coerentes com a valorização das carreiras; incentivos à fixação; “habilidade” das administrações das unidades de saúde;…)
(*) E com a pandemia o esforço despendido pela quase totalidade dos profissionais de saúde, no último ano e no presente, traz consequências nos níveis de prestação de cuidados de proximidade. Fazer rastreios, vigilância, tratamento e vacinação exige muitos recursos humanos. Estes também adoeceram, trabalharam fins-de- semana e muito para além dos seus horários, sujeitos a grandes cargas de stress pessoal e familiar. Os ciclos de formação de novos médicos foram afectados, há constrangimentos de quadros de pessoal… exige-se muita ponderação de todos. Que nenhum caso grave fique por atender e aos poucos retomar a actividade pré-pandémica.
No passado dia 3 de Maio, aproveitando o facto da União Europeia realizar a dita Cimeira Social, em que participaram vários chefes de Estado e de governo, mais de duas dezenas de estruturas que representam o sector privado da saúde em Portugal, juntaram-se no Porto para aprovarem uma declaração Sistemas de Saúde Focados nas Pessoas e nos Resultados, cujo conteúdo, por mais dissimulado que esteja, não consegue esconder os verdadeiros objectivos: estamos perante uma verdadeira declaração de guerra ao Serviço Nacional de Saúde.
Face à ofensiva, o Estado deve reforçar o SNS em meios humanos e materiais
Esta iniciativa, cujas propostas são dirigidas à Comissão e Parlamento europeus, mas a pensar sobretudo em Portugal, onde juntaram pela primeira vez em muitos anos todas as estruturas representativas do sector privado, que têm em comum a defesa do negócio da doença, é o culminar de um ano marcado por uma ofensiva sem precedentes contra o SNS, em que procuraram, aproveitando algumas insuficiências do serviço público na resposta aos doentes com outras patologias que não a COVID-19, aparecer como os salvadores da pátria, insistindo na tese de que a solução de futuro passa sobretudo pela iniciativa privada.
Ao longo dos anos, particularmente neste último, este conglomerado de interesses instalados na saúde procurou impedir a articulação e exploração das integrais potencialidades do SNS, sitiando-o e utilizando-o como instrumento da transferência de recursos públicos para a acumulação privada.
Não estamos perante mais uma iniciativa integrada na campanha contra o SNS. Este é um passo muito significativo na ofensiva cujo objectivo é, desde há muito, a criação de um «sistema nacional de saúde» como uma pretensa solução de futuro. Dizem os promotores da iniciativa que são portadores de uma solução eficiente e sustentável, considerando o sector da saúde um importante contributo para transição climática e transformação digital, onde todas as suas componentes – privado, social e público – comuniquem entre si, criando desta forma as condições para que os doentes circulem no sistema.
Uma circulação que se faz num sentido, o dos privados, financiados com dinheiros públicos e com uma prestação de cuidados centrada nos seguros de saúde, deixando como alternativa aos dois milhões de pobres um serviço público minimalista, desvalorizado, com garantia de serviços mínimos.
Estamos perante uma proposta de estratégia que se insere numa lógica de desnatar o sector público com recursos financeiros públicos por via da dissociação do processo financiador/prestador e de aprofundamento das desigualdades no quadro do sistema a duas velocidades que decorre da opção utilizador/pagador.
Ao longo do texto utilizam expressões como «uma articulação inteligente e transparente entre sectores» e «assumir as pessoas no centro do sistema», com que procuram esconder a lógica de funcionamento dos grupos privados: o negócio da doença.
Procurando posicionar-se onde está o dinheiro fácil, apontam, como elemento central para as escolhas dos países da UE, o facto dos «agentes privados terem uma expressão significativa não só no sector da saúde como na economia europeia». Sempre a saúde misturada com o negócio.
Se dúvidas pudessem existir sobre o que os portugueses podem esperar das orientações defendidas na declaração do Porto, basta fixarmo-nos no que aconteceu no último ano, quando o País foi confrontado com o agravamento da situação epidémica, situação em que os grupos privados, ou se esconderam ou fecharam unidades, disponibilizando algumas camas, não para o combate à COVID-19, mas para a recuperação de cirurgias - o que dá lucro.
Ao longo das nove páginas do texto não fazem uma única referência ao Serviço Nacional de Saúde, ignorando por completo a existência de um preceito constitucional que atribui ao SNS o papel principal na garantia do acesso à saúde, bem como à existência de uma nova Lei de Bases da Saúde que aponta no mesmo sentido.
Perante mais este passo na ofensiva contra o SNS, cabe ao Estado responder da única maneira possível – reforçar o Serviço Público de Saúde, dotando-o das condições necessárias para assumir as responsabilidades constitucionais que lhe estão atribuídas, no sentido de garantir o acesso dos portugueses aos cuidados de saúde, independentemente das suas condições sociais e económicas.
Médio Tejo | Utentes da Saúde falam em “tristeza” por saída de Carlos Costa do CHMT (c/ÁUDIO)
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) lamentou hoje a saída de Carlos Andrade Costa da presidência do Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), cargo que exercia desde 2014, tendo referido ser “com tristeza” que vê partir o gestor para assumir outras responsabilidades no Hospital de Vila Franca de Xira.
“Não temos dúvidas nenhumas em afirmar que este Conselho de Administração” (CA) presidido por Carlos Andrade “foi o melhor que passou pelo CHMT”, disse Manuel Soares, tendo destacado o percurso do gestor e a sua capacidade de diálogo permanente. “Com este CA saiu valorizado o CHMT, saíram valorizadas as suas populações e saiu valorizado o Serviço Nacional de Saúde”, vincou, lembrando que a CUSMT apelou várias vezes para a recondução de Carlos Andrade no cargo, o que sucedeu desde que tomou posse, em 2014.
ÁUDIO: MANUEL SOARES, PORTA-VOZ UTENTES DA SAÚDE MÉDIO TEJO:
Reprodutor de áudio
Para o futuro, Manuel Soares defende que o próximo Conselho de Administração “mantenha o diálogo permanente com os utentes e demais entidades” e que “cultive a audição” de modo a auscultar a “sensibilidade das populações”, de modo a “cumprir a missão do CHMT” e tendo em conta as “necessidades dos novos tempos” com reforço de “articulação com organizações sociais e com outros níveis de cuidados de saúde”.
O Centro Hospitalar do Médio Tejo, EPE, confirmou hoje que Carlos Andrade Costa aceitou o convite do Ministério da Saúde para assumir a gestão do Hospital Vila Franca de Xira, Parceria Público-Privada (PPP) gerida pela CUF, tendo comunicado a cessação de funções aos funcionários do CHMT, a quem agradeceu e afirmou encerrar “um dos períodos mais gratificantes” do seu percurso profissional de quase trinta anos na gestão de hospitais.
Com Carlos Andrade Costa seguem também do CHMT para a administração hospitalar de Vila Franca de Xira a enfermeira diretora, Ana Paula Eusébio, e Bruno Ferreira, vogal do CA do CHMT. Do Conselho de Administração permanecem no Centro Hospitalar do Médio Tejo o vogal Carlos Gil e a diretora clínica Ivone Caçador.
Relativamente ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar Médio Tejo, “o processo de nomeação encontra-se em curso de acordo com a tramitação legal usual e será divulgado oportunamente”, deu conta a tutela.
Fonte oficial do CHMT disse que o despacho foi assinado pelo Ministério da Saúde e Ministério das Finanças na terça-feira, dia 18 de maio, e tem efeitos a partir de hoje.
Carlos Andrade Costa foi nomeado presidente do CA do CHMT em julho de 2014 tendo sido sucessivamente reconduzido para as funções que agora cessa naquele centro hospitalar que serve cerca de 260 mil habitantes de 11 concelhos do Médio Tejo, no distrito de Santarém, Vila de Rei, de Castelo Branco, e ainda dos municípios de Gavião e Ponte de Sor, ambos de Portalegre.
Nascido em 1965, Carlos Andrade Costa tem Licenciatura em Direito e os Cursos de Administração Hospitalar, de Auditor de Defesa Nacional e Pós-graduação em Gestão de Instituições sem Fins Lucrativos, entre outros, como o de Diretor dos Serviços de Planeamento, Programação Financeira e de Assuntos Bilaterais I, no Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Na Santa Casa de Misericórdia de Lisboa foi administrador-delegado de todos os equipamentos de cariz hospitalar da instituição. Membro de Direção dos Hospitais das Forças Armadas, Carlos Costa foi o único civil a gerir hospitais militares.
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