População teme que problema se agrave com a inclusão na futura Unidade Local de Saúde de Leiria.
Mais de uma centena e meia de pessoas manifestaram, esta segunda-feira, em Ourém, contra a falta de médicos no concelho, um problema que afeta cerca de 15 mil utentes e que a população teme que se agrave com a inclusão na futura Unidade Local de Saúde (ULS) de Leiria. Isto porque, alguns médicos já anunciaram aos utentes a intenção de cessarem funções no concelho e de pedirem a mobilidade para outras unidade, por discordarem do modelo de ULS.
Também em Leiria, onde ficará sediada a nova organização, existe contestação, refletida num abaixo-assinado subscrito por mais de 350 profissionais dos centros de saúde, entre médicos, enfermeiros, administrativos e terapeutas.
"Queremos os nossos médicos", gritava Carmo Simões, repetindo a frase do cartaz que empunhada numa das mãos. Na outra, amparava-se numa muleta. "Mesmo assim, não podia faltar. Temos de lutar pelos poucos médicos que ainda temos", justificou a mulher, utente em Vilar dos Prazeres, onde o recém-renovado centro de saúde só tem clínico uma vez por semana.
Menos sorte tem Graça Vaz, inscrita na sede de concelho e que espera "há três anos" pela atribuição de médico de família. Resta-lhe fazer viagens "sem conta" à unidade de saúde, na esperança de conseguir uma consulta ou a prescrição de receituário. "Na semana passada, fui três vezes para conseguir receita. Sou hipertensa e precisava de ser acompanhada", lamenta.
Problema "grave"
Os manifestantes concentraram-se em frente à Câmara de Ourém, onde pediram para ser recebidos pelo presidente da autarquia, acabando mesmo por ocupar o átrio dos Paços do Concelho, o que motivou a presença de vários agentes da PSP no local.
Não houve, no entanto, qualquer incidente, com alguns manifestantes a reunirem com a vice-presidente, que explicou que, a essa hora, o líder do município estava reunido com o secretário de Estado da Saúde, precisamente para "o sensibilizar para o grave problema" da falta de médicos no concelho.
https://mediotejo.net/aces-medio-tejo-preenche-apenas-uma-das-quatro-vagas-abertas-a-concurso-para-medico-de-familia-c-audio/
Após o concurso de época especial, o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo viu preenchida apenas uma das quatro vagas abertas para a colocação de médicos de família, nomeadamente em Torres Novas, disse Diana Leiria, diretora do ACES, ao nosso jornal, a qual destacou os concelhos de Ourém, Abrantes, Sardoal, Mação e Alcanena, como os mais preocupantes em termos de falta de médicos. A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) afirma que existem mais de 50 mil pessoas sem médico de família e aponta para a falta de 30 destes profissionais na região. ...
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