Quinta-feira, 29 de Junho de 2023

https://noticias.up.pt/criancas-que-vivem-perto-de-fast-food-tem-maior-probabilidade-de-serem-obesas/
Crianças que vivem perto de fast-food têm maior probabilidade de serem obesas
Estudo conduzido pelo Instituto de Saúde Pública da U.Porto (ISPUP) associa também a maior prevalência da obesidade infantil aos meios mais pobres.
As crianças que vivem em locais mais próximos a estabelecimentos de fast-food e com maiores níveis de privação socioeconómica têm maior probabilidade de serem obesas. A conclusão é de um estudo do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), que procurou perceber de que forma é que o contexto onde vivemos influencia a obesidade infantil.
As causas da obesidade infantil são complexas e multifatoriais. Sabe-se que a obesidade tem uma componente genética, mas também é influenciada por comportamentos e exposições ambientais que condicionam as escolhas pessoais.
Segundo Ana Isabel Ribeiro, primeira autora do estudo, coordenado por Henrique Barros, “esta investigação pretendeu mostrar qual a influência do ecossistema onde estamos inseridos no desenvolvimento de obesidade infantil”. Uma condição que, adianta a investigadora, “é um grande problema de saúde pública, por estar associado a múltiplos problemas de saúde física, como a diabetes, hipertensão e doença cardiovascular, e saúde mental, nomeadamente baixa autoestima, exclusão social e depressão”.
Mais de 15% das crianças do Porto são obesas
Para desenvolverem o estudo, os investigadores estimaram a prevalência de obesidade infantil na Área Metropolitana do Porto e viram de que forma é que as crianças obesas estavam distribuídas pelo território. Seguidamente, analisaram se algumas características das áreas de residência das crianças, por exemplo, o nível de privação socioeconómica dos locais, a existência de espaços verdes e de áreas para a prática de atividade física e a disponibilidade de opções alimentares menos saudáveis (fast-food) perto de casa, poderiam explicar, ou não, a prevalência de obesidade.
Para avaliar a obesidade, foi utilizado o índice de massa corporal (IMC) de 5200 crianças com 7 anos de idade, da coorte Geração XXI – um estudo longitudinal que acompanha, desde 2005, cerca de 8600 participantes que nasceram nas maternidades públicas da Área Metropolitana do Porto (Porto, Gondomar, Matosinhos, Valongo, Maia e Vila Nova de Gaia). A informação relativa ao IMC foi cruzada com as características dos locais de residência das crianças.
“Verificámos que a prevalência de obesidade é de 15.4% entre as crianças da Área Metropolitana do Porto. No entanto, a distribuição das crianças obesas no território é bastante desigual. Há zonas onde a prevalência de obesidade é significativamente superior a esta média. São aquilo que nós denominados de hotspots, ou seja, locais onde a percentagem de crianças obesas está acima do esperado”, refere.
Os investigadores verificaram que estes hotspots se encontram em duas áreas geográficas da Área Metropolitana do Porto (em algumas freguesias de Matosinhos e Valongo). “Para além do contributo dos fatores de risco tradicionais, a presença destas zonas de elevada prevalência foi em parte explicada pela maior proximidade a estabelecimentos de fast-food e pela elevada privação socioeconómica destes lugares”, explica.
Fast-food vs espaços verdes
“Vimos que as crianças que vivem em locais com maior proximidade a estabelecimentos de fast-food têm cerca de 30% mais probabilidade de serem obesas e que aquelas que habitam em zonas mais pobres também apresentam maior probabilidade de terem obesidade”, diz Ana Isabel Ribeiro.
Relativamente às outras características do ambiente residencial, encontrou-se uma tendência. De facto, “as crianças que vivem em zonas mais verdes têm menos probabilidade de serem obesas, assim como as que moram em locais com mais equipamentos desportivos. Contudo, a associação não foi estatisticamente significativa”, menciona.
Para a investigadora, o artigo, publicado na revista “International Journal of Epidemiology”, fornece informação útil a vários níveis. “Ao termos delimitado zonas da Área Metropolitana do Porto com maior prevalência de obesidade, acabamos por facultar informação relevante para quem trabalha nas Unidades de Saúde Pública desses locais.Da mesma forma, a investigação poderá ajudar as autarquias e decisores a definirem as áreas geográficas onde devem concentrar mais esforços para combater a obesidade infantil. Além disso, do ponto de vista etiológico, conseguimos mostrar que a obesidade não é consequência apenas das nossas decisões individuais. Existem aspetos externos que podem potenciar comportamentos menos saudáveis e, possivelmente, conduzir a uma situação de obesidade na infância”.
No trabalho, intitulado Hotspots of childhood obesity in a large metropolitan area: does neighbourhood social and built environment play a part?, participaram também as investigadoras Verónica Vieira e Ana Cristina Santos.

O Dia Mundial de Prevenção de Quedas procura aumentar a consciencialização sobre os perigos e consequências das quedas.
Celebrado anualmente a 24 de junho, este dia é dedicado a chamar à atenção para um problema de saúde que afeta pessoas de todas as idades.
As quedas são eventos comuns e muitas vezes subestimados. Mas podem ter consequências graves, como lesões, fraturas ósseas, traumas na cabeça e até mesmo a morte. Além disso, podem levar a complicações de saúde de longo prazo e afetar a qualidade de vida das pessoas.

Idosos e crianças são especialmente vulneráveis. Os idosos, devido às mudanças no equilíbrio e na coordenação motora, têm maior probabilidade de sofrer lesões graves. Já as crianças, por estarem em fase de desenvolvimento, muitas vezes são mais propensas a acidentes devido à sua curiosidade e falta de perceção de perigo.
No entanto, qualquer pessoa, em qualquer faixa etária, pode estar sujeita a uma queda.
Por isso, é fundamental adotar medidas preventivas em todas as fases da vida. Algumas medidas são simples e podem fazer a diferença: garantir a adequada iluminação dos ambientes, manter os pisos limpos e secos, utilizar corrimãos em escadas e degraus, utilizar calçados adequados e evitar o uso de tapetes soltos.
O internamento hospitalar aumenta também o risco de queda, pois os doentes alteram as suas rotinas e encontram-se num ambiente diferente do que lhes é familiar. Nesse sentido a preocupação com a problemática das quedas é uma realidade e uma prioridade no Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) e a Instituição conta com o Grupo de Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem – Quedas (PQCE-Quedas), composto por enfermeiros, que analisam as ocorrências e definem e implementam estratégias de intervenção para a prevenção e redução de quedas no hospital.
PELA MELHORIA DA PRESTAÇÃO DOS CUIDADOS DE SAÚDE NO CONCELHO DE CONSTÂNCIA E NO MÉDIO TEJO
PELA DEFESA DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE
Os eleitos da CDU na Assembleia Municipal, têm vindo a manifestar a sua preocupação pela degradação progressiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), com consequências evidentes na falta de médicos e outros profissionais de saúde.
A falta de médicos de família nos cuidados de saúde primários em Portugal não é novidade. Desde há muito tempo que se tem vindo a alertar para este problema, contudo, a situação tem se vindo a agravar nos últimos tempos na maioria dos concelhos do Médio Tejo e a nível do país. No concelho de Constância, também sente este problema, que se veio a acentuar com a aposentação de uma médica que deixou cerca de dois mil utentes sem médico de família, sendo a sua grande maioria da freguesia de Santa Margarida da Coutada.
No último ano o número de utentes sem médico de família aumentou 29% ascendendo agora a quase 1,7 milhões no país. Na tentativa de minimizar o problema, recorrem permanentemente a prestadores de serviços, o mesmo se verifica nos hospitais cujas administrações recorrem a esses mesmos serviços.
Pelos constrangimentos que se tem vindo a verificar para assegurar as escalas de urgência pediátrica, no Centro Hospitalar do Médio Tejo - Unidade de Torres Novas está prevista a suspensão das urgências de pediatria ao fim de semana de 15 em 15 dias. O encerramento dos serviços de urgência vem aumentar ainda mais os problemas para as crianças e para os pais, que terão de procurar solução em outras unidades de saúde e percorrer grandes distâncias, para além de sobrecarregar o serviço de urgência de outros hospitais.
A falta de médicos, de alguma forma está a ser agravada pelo número de aposentações, mas também é devido à falta de capacidade do SNS, para reter os médicos no serviço nacional de saúde e para cativar e motivar os que estão atualmente fora do serviço público.
Mas esta situação preocupante não é uma inevitabilidade e terá que se encontrar solução.
Assim, a Assembleia Municipal de Constância reunida a 23 de junho de 2023 delibera requerer do Governo a adoção de medidas urgentes que garantam a fixação e atração de profissionais de saúde para o setor público, que passam pela valorização das carreiras, progressões, remunerações, melhoria das suas condições de trabalho dotando os centros de saúde e hospitais de recursos materiais e técnicos adequados, e de uma maior autonomia das unidades do SNS.
Sendo aprovada, a moção deverá ser remetida às seguintes entidades:
- Sua Excelência o Ministro da Saúde
- Grupos Parlamentares da Assembleia da República;
- Diretor Executivo do SNS
- Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
- Presidente do Concelho de Administração do Centro Hospitalar do Médio tejo
- Diretor executivo do ACES Médio Tejo
- Comunicação social
Os eleitos da CDU- Coligação Democrática Unitária
NOTA:
A PRESENTE MOÇÃO FOI APROVADA PELA UNANIMIDADE DOS ELEITOS NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CONSTÂNCIA.

https://mediotejo.net/torres-novas-populacao-de-assentis-reclama-na-assembleia-municipal-por-medico-de-familia-c-audio/
Torres Novas | População de Assentis reclama na Assembleia Municipal por médico de família (c/áudio)
A população de Assentis (Torres Novas) deslocou-se em peso à Assembleia Municipal para exigir a colocação de um médico de família na extensão de saúde local. Mais de uma centena de pessoas, que se deslocaram em dois autocarros disponibilizados pela Junta de Freguesia, manifestaram a sua discordância em integrar a Unidade de Saúde Familiar (USF) Cardilium, na cidade. Pedem um médico na aldeia e apelam a uma pressão mais eficaz das forças políticas locais junto do Governo Central. ...
(Nota: na reportagem acima consta a afirmação do Coordenador da CUSMT de que a AMTN tinha tomado posição a favor do Aeroporto de Lisboa no norte do Distrito de Santarém. Tal não corresponde à verdade. Ficam as desculpas da CUSMT por ter prestado informação errada).
Terça-feira, 27 de Junho de 2023

https://www.spms.min-saude.pt/2023/06/ligue-antes-salve-vidas-i-sns-24-agendou-62-de-utentes-para-consultas-dos-cuidados-de-saude-primarios/
“Ligue Antes, Salve Vidas” é a mensagem de apelo à população de Póvoa de Varzim e Vila do Conde lançada há 1 mês, para ligar para o SNS 24 (808 24 24 24) antes de se deslocar ao Serviço de Urgência. O piloto foi lançado no dia 24 de maio, através de uma campanha de multimeios, centrando-se em sensibilizar e informar os utentes para a correta utilização dos serviços de saúde.
Em 28 dias de serviço, os números registados são considerados positivos. Das mais de 6.100 triagens realizadas pelo SNS 24 aos utentes inscritos no Centro Hospitalar Póvoa de Varzim – Vila do Conde (CHPVVC), mais de 54% foram encaminhados para os cuidados de saúde primários e com consulta agendada em menos de 24h, sendo que 62% tiveram a consulta marcada através do SNS 24. Ou seja, foram agendadas mais de 2 mil consultas nos cuidados de saúde primários no mesmo dia ou no dia seguinte. Mais de 10% das pessoas permaneceram em autocuidados em domicílio.
O “Ligue Antes, Salve Vidas” inclui medidas no âmbito da literacia em saúde, cuja finalidade é reforçar a utilização preferencial do contacto com a linha SNS 24 como porta de entrada no SNS, pela possibilidade de organização e gestão dos serviços de saúde disponíveis para a resposta à doença aguda, através de um encaminhamento adequado: autocuidados em domicílio, consulta aberta em cuidados de saúde primários (com consulta agendada no mesmo dia ou no dia seguinte) e Serviço de Urgência.
A SPMS é uma das entidades que faz parte deste piloto, conjuntamente com a DGS, o INEM, a ARS Norte e a ACSS, sob a coordenação da Direção Executiva do SNS, o ACeS Póvoa do Varzim/Vila do Conde e o CHPVVC.
O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) reforçou a sua equipa com oito novos profissionais de saúde que vão ser integrados nas três unidades da instituição.
Três médicas – das especialidades de Nefrologia, Medicina Intensiva e Medicina Interna -, quatro assistentes técnicos – área de Gestão de Doentes e Recursos Humanos – e um técnico superior – serviço de Farmácia – vão reforçar a prestação de cuidados de saúde aos nossos utentes.
Na sessão de acolhimento o Conselho de Administração do CHMT fez-se representar por Casimiro Ramos, Presidente do Conselho de Administração, Carlos Lousada, Diretor Clínico, e Piedade Pinto, Enfermeira Diretora.
Nesta sessão de acolhimento aos novos profissionais, o Conselho de Administração, apresentou o Centro Hospitalar, a sua missão, valores e linhas estratégicas/orientadoras. E promoveu também uma reflexão sobre os valores da instituição.
Casimiro Ramos, Presidente do Conselho de Administração, destacou a oferta diferenciadora do CHMT na prestação de cuidados, o aumento do prestígio e reforço da imagem do CHMT junto da população: “Temos 29 especialidades, queremos que a população que servimos recorra a nós porque reconhece a qualidade dos serviços de saúde que são prestados no CHMT. A nossa principal missão é salvar vidas e diminuir o sofrimento dos nossos utentes, esta é nossa missão!”.
Piedade Pinto, Enfermeira Diretora, reforçou a mensagem do Presidente do Conselho de Administração, realçando a importância da relação com os utentes: “Quero reiterar o que Sr. Presidente do Conselho afirmou, a importância de termos cuidados de excelência com humanização é essencial, todos nós sentimos o que é ter um familiar no serviço de Urgência ou internado uma enfermaria, peço-vos que com todos os que se cruzem prestem os melhores cuidados possíveis e humanos”.
Carlos Lousada, Diretor Clínico, desejou sorte e felicidades aos novos profissionais, relembrando-os da importância que os cuidados de saúde têm para a população: “Quero desejar-vos a maiores felicidades no desempenho das vossas funções, é uma missão nobre aquela que vão desempenhar, e como tal queremos que se sintam apoiados e animados. A população que recorre a nós necessita de cuidados e não tem dúvida que iremos prestar os melhores cuidados possíveis”.

DOCUMENTO
CONFERÊNCIAS IMPRENSA (descentralizadas)
26 junho 2023, T Novas, Tomar, Abrantes
O SNS é o serviço público com mais impacto social e humano na população da Região do Médio Tejo. Contribui para debelar ou reduzir o sofrimento humano, há sempre várias portas abertas para as emergências, é grande empregador de mais de 3000 trabalhadores qualificados, quer nas unidades públicas quer em entidades que lhes prestam serviços… Três unidades hospitalares, mais de 100 unidades de saúde nos cuidados primários espalhadas por todas as freguesias que deviam ser a base da prestação de cuidados de saúde de proximidade... O SNS que no Médio Tejo, por exemplo, faz mais de 2000 consultas diárias, 40 cirurgias por dia útil, internamento de mais de 1500 utentes por mês, 440 episódios de urgência diária, milhares de tratamentos por dia, muitos deles domiciliários… É UM SERVIÇO PÚBLICO ÚNICO E INDISPENSÁVEL, MAS HÁ PROBLEMAS QUE É PRECISO RESOLVER.
Com o aumento da esperança de vida, cada vez há mais idosos a precisarem de mais e diferenciados cuidados de saúde. Vão ser precisas mais instalações e equipamentos, também na área social, vão ser precisos mais profissionais, vai ser preciso mais investimento.
AVANÇOS E RECUOS DO SNS NA REGIÃO DO MÉDIO TEJO
Registamos alguns aspectos positivos:
Regresso do internamento da especialidade Medicina Interna a todos os hospitais; Maternidade volta a funcionar 24/7 e ter sido assumido publicamente que não vai encerrar; serviços de excelência hospitalar: Nefrologia, Medicina Intensiva, Anatomia patológica que foram essenciais no combate à COVID-19, hospitalização domiciliária; Mais equipamentos de imagiologia; Todos os centros de saúde (12) já têm instalados os Gabinetes de Saúde Oral; As unidades de cuidados à comunidade; a participação de autarquias e demais entidades no combate à pandemia COVID19 e suas consequências, valorizando a trabalho articulado com a equipa de saúde pública; a linha SNS24; as baixas de 3 dias, sem consulta no C Saúde; o esforço dos trabalhadores que “vestem” a camisola do SNS…
E o que não correu (ou não está) a correr bem… em alguns casos, mesmo MAL:
Obras urgência; Intermitências na maternidade; Intermitências nas urgências básicas; Intermitências na Urgência Pediátrica; Formação e gestão de recursos humanos; Encerramento e/ou inactividade das Extensões de Saúde (nos concelhos de Ourém, Alcanena, Torres Novas, V N Barquinha, Tomar, Abrantes, Sardoal, Mação...); Dificuldades de recursos humanos (enfermeiros, médicos, assistentes técnicos...); "Urbanização" dos cuidados de saúde primários; Não há profissionais de saúde oral em todos os gabinetes concelhios; …
PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS
Médicos de família para todos; facilitar o acesso a cuidados de saúde; apoio aos mais idosos; redução das listas de espera; Obras na Urgência de Abrantes; manutenção e construção de instalações dos cuidados primários; coesão territorial e valorização das comunidades rurais; … O reforço do SNS e, afinal, ….
O QUE É PRECISO FAZER PARA HAVER CUIDADOS DE SAÚDE
DE QUALIDADE E PROXIMIDADE
A Criação da ULS do Médio Tejo tem que proporcionar aos utentes do Médio Tejo uma melhoria significativa no acesso aos cuidados de saúde. A não ser assim para quê mudar a estrutura da organização dos serviços?
Para que este objectivo maior seja alcançado há que:
- Evitar que as pessoas adoeçam. Dar prioridade aos cuidados de saúde pública (prevenção da doença) com acções claras e monitorizadas e com resultados mensuráveis. e aos cuidados de saúde primários, Centros e suas Extensões de Saúde;
- Facilitar o acesso aos cuidados de saúde, com especial enfase aos cuidados de saúde primários, por estarem mais próximos do utente, reabrindo progressivamente as Extensões de saúde encerradas ou sem funcionamento, podendo para tal serem constituídas equipas profissionais móveis com esse objectivo. Com os cuidados de saúde primários adequados às necessidades dos utentes, evitam-se idas aos hospitais, aliviando os cuidados hospitalares;
- Organizar os cuidados hospitalares para que a grande maioria dos doentes possa ser tratada sem ter necessidade de sair da ULS.
Para executar este trabalho é necessário:
- Dotar os serviços (todos) com os recursos humanos necessários, definindo uma política de recursos humanos baseada no reforço da idoneidade formativa, na justa e equiparada remuneração salarial, na uniformização das condições de trabalho, na formação permanente, criar incentivos para as zonas e especialidades carenciadas, desburocratizar as contratações de profissionais;
- Dotar a ULS com os equipamentos e instalações que respondam em tempo útil às necessidades dos utentes e dos profissionais, como: aquisição de veículos próprios para transporte de doentes; obras de requalificação da Urgência de Abrantes; manutenção e construção de unidades de cuidados primários;
- Dotar a ULS com uma organização que integre adequadamente todos os serviços e que o doente seja o centro do sistema, com: urgência médico-cirúrgica no CHMT/ULS; serviço de pediatria nas três unidades hospitalares; funcionamento do serviço de medicina física e de reabilitação; aplicar o princípio “porta de entrada é porta de saída”; funcionamento permanente da maternidade; deslocação de especialistas hospitalares aos centros de saúde; simplificar a passagem de baixas e altas médicas; recolhas nos centros de saúde para tratamento laboratorial nos serviços hospitalares; facilitar entrega de medicamentos gratuitos aos doentes em ambulatório; funcionamento do serviço de saúde oral em todos os concelhos; humanizar a comunicação (eficiente e eficaz) das unidades de saúde com os utentes e vice-versa, com especial atenção às telecomunicações; reforçar o serviço de hospitalização domiciliária e aumentar a actividade e criar novas Unidades de Cuidados à Comunidade; aumentar o número de camas de cuidados continuados; diminuição progressiva das listas de espera de consultas e cirurgia; ...
- Dotar a ULS com os meios financeiros necessários à sua sustentabilidade.
MEDIDAS IMEDIATAS: Um esforço da parte do CA do CHMT para encontrar uma solução para reverter a intermitência da Urgência Pediátrica CHMT/Torres Novas; Reforçar as urgências básicas e médico-cirúrgicas; a contratação de mais profissionais; reforço dos cuidados de proximidade… reduzir DRÁSTICAMENTE o tempo que vai do anúncio de medidas ou acções (necessárias e justas) e a sua concretização ao serviço das populações e profissionais. Acabar de vez com “o governar por anúncio”!!!
EM CONCLUSÃO: Defendemos o reforço de acções mensuráveis de prevenção e cuidados de saúde qualidade e proximidade. Os cuidados de saúde devem ser prestados onde estão as populações! Mais fácil deslocar profissionais às zonas rurais que "obrigar" centenas a deslocarem-se às zonas urbanas.
_____26.6.2023__________________________________________________________________________
Membro do MUSP NACIONAL e do MUSP SANTARÉM
_______________________________________________________________________________________