As visitas hospitalares desempenham uma função relevante no apoio psicológico e emocional aos utentes assistidos na ULS Médio Tejo, consolidando o elo entre o utente e a sua rede social.
O acompanhamento familiar poderá constituir um importante contributo para o bem-estar e recuperação do utente, sobretudo no que respeita à preparação da alta do utente e à continuidade de cuidados.
As visitas e o acompanhamento inserem-se, assim, na humanização dos cuidados e integram a componente assistencial, sendo um direito legalmente consagrado.
Neste Dia Mundial da Saúde Ambiental, entrevistámos os Técnicos de Saúde Ambiental (TSA) da Unidade de Saúde Pública da Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo), que partilharam a importância do seu trabalho na mitigação e adaptação às alterações climáticas.
Os TSA atuam em várias frentes, desde a monitorização da qualidade da água e do ar até à educação ambiental e implementação de ações preventivas, como planos de contingência para eventos climáticos. A sua contribuição é vital para reduzir os riscos de desastres naturais, como inundações e ondas de calor, e promover a resiliência das comunidades.
Enfrentando desafios como a resistência à mudança e a falta de literacia ambiental, os TSA trabalham para sensibilizar a população e melhorar a sua capacidade de adaptação. A colaboração entre diferentes setores, como saúde, meio ambiente e proteção civil, é essencial para fortalecer essa resiliência e enfrentar novos desafios, como o aumento de doenças transmitidas por vetores e a degradação da qualidade do ar e da água.
Além disso, os TSA destacam a importância da educação ambiental nas escolas e nas comunidades como uma ferramenta poderosa para preparar as gerações futuras para os impactos das alterações climáticas.
Não deixe de ler a entrevista a e fique a conhecer mais sobre o que é ser técnicos de Saúde Ambiental e qual a sua importância.
R: Os Técnicos de Saúde Ambiental (TSA) desempenham um papel essencial na mitigação e adaptação às alterações climáticas, especialmente nas comunidades, através de ações relacionadas com a saúde pública, sustentabilidade ambiental e prevenção de riscos. Em diversas áreas, tais como:
– Qualidade da Água e Saneamento;
– Qualidade do Ar;
– Avaliação de Riscos Ambientais.
– Promoção da Gestão de Resíduos;
– Promoção do Uso Sustentável de Recursos;
– Desenvolvimento de planos de contingência para eventos climáticos;
– Colaboram com autoridades locais para criar sistemas de alerta precoce para desastres naturais;
– Prevenção de Doenças Transmitidas por Vetores – ixodídeos, culicídeos e flebótomos;
– Assegurar que as comunidades têm acesso a alimentos seguros;
– Proteção de Grupos Vulneráveis, como idosos, crianças e pessoas com condições crónicas de saúde, que são mais suscetíveis aos impactos das mudanças climáticas, como ondas de calor e poluição.
R: Os Técnicos de Saúde Ambiental são fundamentais na redução dos riscos de catástrofes naturais, através de uma abordagem integrada que abrange desde a prevenção, educação e monitorização até a resposta a emergências.
Ajudam a preparar as comunidades para lidar com eventos adversos, promovendo uma abordagem mais sustentável e resiliente. As suas ações são vitais para a proteção da saúde pública, especialmente em contexto de alterações climáticas que tornam estes eventos mais frequentes e severos.
R: As principais medidas recomendadas pelos TSA prendem-se essencialmente com:
– Promoção da educação ambiental e informar a população sobre os impactos das mudanças climáticas e as ações que podem ser tomadas para mitigá-los;
– Preparação de Planos de Emergência – protocolos para evacuação, abrigos e assistência a populações vulneráveis durante desastres;
– Participação ativa em simulacros de desastres naturais, para treinar a comunidade em resposta e resiliência;
– Implementação de sistemas de monitorização para acompanhamento das condições climáticas e de saúde pública, permitindo uma resposta rápida a emergências;
– Avaliações de risco para identificar áreas e populações vulneráveis e priorizar intervenções;
– Colaboração com diferentes setores (saúde, municípios, proteção civil) para desenvolver políticas integradas que abordem a resiliência climática de forma abrangente.
– Implementação de programas de saúde pública para monitorização de doenças transmitidas por vetores.
R: O impacto das alterações climáticas na saúde pública e na qualidade de vida das populações é avaliado através de diversos indicadores, estudos epidemiológicos e indicadores ambientais. Estas avaliações ajudam a identificar os riscos, vulnerabilidades e efeitos diretos e indiretos sobre a saúde humana
Após os grandes incêndios ocorridos nos concelhos de Mação, Ourém e Abrantes, foi efetuada a monitorização da qualidade da água de abastecimento público de forma a avaliar o impacto dos incêndios nas captações e consequentemente na qualidade da água distribuída às populações.
A sensibilização das populações para os riscos ambientais e alterações climáticas é um desafio constante. Por exemplo, a falta de literacia em relação a esta temática e os seus efeitos na saúde das populações, a desinformação e resistência à mudança, porque parecendo um problema distante e que só afetará gerações futuras gera uma perceção de que não é necessário agir agora.
A educação ambiental desempenha um papel essencial na preparação das populações para enfrentar as alterações climáticas e seus impactos na saúde. A educação ambiental nas escolas é bastante importante pois as crianças são excelentes veículos de transmissão da informação e de mudança de comportamentos dos adultos, sendo uma ferramenta poderosa para preparar as populações para enfrentar as alterações climáticas e seus impactos na saúde.
Ao promover a conscientização, o desenvolvimento de habilidades e a cidadania ativa, as comunidades tornam-se mais resilientes, sustentáveis e capacitadas para lidar com os desafios do futuro.
A colaboração com diferentes setores – ambiente, proteção civil, educação, entre outros (área social) – é essencial para a criação de comunidades mais capacitadas para as alterações climáticas e eventuais desastres naturais. Esta abordagem multissetorial permite que diferentes áreas compartilhem conhecimentos, recursos e experiências, resultando em respostas mais coordenadas e eficazes, melhorando o planeamento a longo prazo, a comunicação com a população e a capacidade de adaptação.
A troca de conhecimentos entre saúde, ambiente, proteção civil e educação fortalece a prevenção de riscos, mitiga os impactos das alterações climáticas na saúde pública e promove um desenvolvimento sustentável e inclusivo.
O que leva a comunidades mais preparadas e capacitadas para enfrentar os efeitos climáticos, garantindo uma melhor qualidade de vida para as gerações presentes e futuras.
Sim, existem vários desafios emergentes em termos da saúde ambiental que se tornam cada vez mais importantes à medida que as alterações climáticas avançam.
Por exemplo:
– Doenças Emergentes: Vetores – o aquecimento global, a distribuição geográfica de mosquitos e outros vetores de doenças (como dengue, zika e malária) está a expandir-se, aumentando o risco de surtos em novas regiões;
– Qualidade do Ar: a poluição Atmosférica pode levar ao aumento dos problemas respiratórios e cardiovasculares e o impacto dos incêndios florestais, de onde resulta o aumento dos poluentes que afetam a saúde respiratória das populações nas áreas afetadas.
– Eventos Climáticos Extremos: Ondas de Calor – as ondas de calor são cada vez mais frequentes e severas, representando um risco significativo para a saúde, especialmente para grupos vulneráveis como idosos, crianças e pessoas com doenças crónicas.
– Efeitos sobre a Água: contaminação de Recursos Hídricos – a poluição e a alteração dos ciclos hidrológicos podem comprometer a qualidade da água potável, levando a surtos de doenças transmitidas pela água, assim como, a escassez de água, resultante de secas e mudanças nos padrões de precipitação.
Alguns conselhos práticos que podemos dar para melhorar a saúde ambiental das populações face às alterações climáticas são:
– Desenvolva um plano familiar que inclua rotas de evacuação, pontos de encontro e contatos de emergência. Certifique-se de que todos na família conhecem o plano;
– Tenha um Kit de Emergência – água, alimentos não perecíveis, medicamentos, lanternas, pilhas e material de primeiros-socorros.
Os Técnicos de Saúde Ambiental estão na linha de frente na resposta às alterações climáticas, atuando na prevenção de riscos à saúde pública, promoção de práticas sustentáveis e desenvolvimento de estratégias de adaptação para comunidades. O seu trabalho é importante para fortalecer a resiliência e a capacidade de resposta das populações aos efeitos adversos do clima, ao mesmo tempo que promovem a conscientização e educação ambiental a longo prazo.
A Câmara de Tomar não irá entrar na espécie de ‘leilão’ que atualmente ocorre no Médio Tejo em torno dos médicos de família. Perante a ausência de soluções e face à grave falta de profissionais, alguns concelhos têm optado por criar um conjunto de incentivos para que esses clínicos se possam fixar nos respetivos territórios, uma forma de assegurar que essas populações mais afetadas possam usufruir do acesso aos cuidados de saúde primários, um direito consagrado na Constituição… que só tem sido cumprido, precisamente, devido a essa intervenção de alguns Municípios. Mas, mesmo assim, na região, há milhares de pessoas sem médico de família. O panorama «não é assim tão negativo em Tomar», assegurou Hugo Cristóvão, presidente da autarquia nabantina, em recente entrevista na Hertz, que apontou para cerca de três dezenas de lugares destinados a esses clínicos, sendo que, destes, há três por preencher. Porto da Lage, Curvaceiras e Santa Cita serão, nesta fase, as situações mais complicadas. Questionado sobre se a Câmara equaciona seguir o caminho dos incentivos para atrair mais profissionais, Hugo Cristóvão foi claro na sua posição, assegurando que essa opção «não é a mais correta».
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