ULS MÉDIO TEJO ACIONA ‘ALERTA LARANJA DE SAÚDE PÚBLICA’
Estima-se que o alerta suba para nível vermelho no sábado – com um aumento do risco de complicações de saúde junto da população mais vulnerável
A Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS MT) informa que foi hoje ativado o Alerta Laranja de Saúde Pública, devido à previsão de temperaturas extremamente elevadas nos próximos dias. De acordo com as projeções meteorológicas, prevê-se que no sábado, 29 de junho, os valores ultrapassem os 38º centígrados na nossa região, o que poderá justificar a elevação do alerta para o nível vermelho durante o fim de semana – o mais grave no âmbito da resposta em saúde pública.
Esta situação representa um cenário de calor extremo com riscos acrescidos para a saúde, sobretudo entre idosos (em particular os que vivem sozinhos ou em zonas isoladas), bebés e crianças pequenas, pessoas com doenças crónicas, população acamada ou dependente, e trabalhadores expostos ao ar livre.
A exposição prolongada a temperaturas extremamente elevadas pode causar complicações sérias, como desidratação, exaustão pelo calor ou descompensação de doenças crónicas como diabetes, hipertensão, insuficiência renal ou respiratória. A população idosa, pela sua fragilidade, é particularmente vulnerável — sobretudo quem vive sozinho ou sem rede de apoio familiar próxima.
Portugal está entre os países europeus com pior desempenho na redução da mortalidade rodoviária, que praticamente estagnou na última década, segundo o Conselho Europeu de Segurança dos Transportes (ETSC).
O relatório anual do Índice de Performance de Segurança Rodoviária (PIN) do ETSC, hoje divulgado, indica que Portugal registou uma redução de 0,6% no número de mortos na estrada entre 2014 e 2024, passando de 638 para 634 mortes.
Ao longo da última década, o número de mortes nas estradas portuguesas praticamente estagnou, contrastando com os progressos registados pela maioria dos Estados-membros da União Europeia, precisa o documento.
Este desempenho coloca Portugal numa posição preocupante quando comparada com a média europeia, que conseguiu uma diminuição de 17,2% no mesmo período.
O ETSC é uma organização independente e sem fins lucrativos dedicada à redução do número de mortes e ferimentos nos transportes na Europa, da qual faz parte a Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP).
O organismo, que ressalva que os dados referentes a Portugal são provisórios, indica que no ano passado morreram nas estradas portuguesas 634 pessoas, uma ligeira descida face às 642 vítimas de 2023, representando uma redução de apenas 1,2%.
“Estes valores ficam muito aquém da redução anual de 6,1% necessária para atingir a meta europeia de diminuir as mortes rodoviárias em 50% até 2030”, indica o índice.
A taxa de mortalidade rodoviária portuguesa situa-se nos 60 óbitos por milhão de habitantes, superior à média da União Europeia, que se fixa nos 45 mortos por milhão de habitantes.
De acordo com o relatório, esta diferença sublinha o fosso existente entre Portugal e os países com melhor desempenho em segurança rodoviária, como a Noruega (16 mortes por milhão) e a Suécia (20 por milhão).
O ETSC refere que no ano passado se registaram 20.017 mortes nas estradas da UE, uma diminuição coletiva de 2% em relação a 2023, “ficando muito aquém da redução anual de 6,1% necessária para alcançar a meta da UE de uma redução de 50 % até 2030”.
“Apenas a Lituânia reduziu para metade o número de mortes nas estradas na última década. Dezasseis outros países obtiveram reduções acima da média da UE de 17%, incluindo a Bélgica e a Noruega. No entanto, sete países experimentaram aumentos, como Israel e Holanda”, enquanto Portugal praticamente estagnou, indica o mesmo documento, divulgado pela Prevenção Rodoviária Portuguesa.
Além da estagnação no número de mortes, o índice mostra que Portugal enfrenta “um agravamento preocupante no que respeita aos feridos graves”, que aumentam 24,4% entre 2014 e 2024, uma tendência que contraria “os esforços europeus de redução da sinistralidade”.
O PIN do Conselho Europeu de Segurança nos Transportes indica ainda que este indicador revela que, mesmo quando os acidentes não resultam em morte, a gravidade das lesões tem vindo a intensificar-se.
Face a estes resultados, a PRP alerta, em comunicado, para a necessidade de Portugal reforçar o investimento em segurança rodoviária e acelerar a implementação de medidas preventivas, frisando que “a estagnação dos últimos dez anos não pode continuar se o país pretende alinhar-se com os padrões europeus e cumprir os compromissos assumidos no âmbito das políticas comunitárias de transportes”.
“O relatório PIN 2025 serve como um alerta inequívoco: sem uma mudança de paradigma na abordagem à segurança rodoviária, Portugal corre o risco de ficar progressivamente mais distante dos seus parceiros europeus na proteção dos cidadãos nas estradas”, refere a vice-presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, citada no comunicado.
A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) entregou em 2023 ao Governo socialista a Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária – Visão Zero 2030, que tem como meta a redução em 50% do número de mortos e feridos graves na estrada até 2030, documento que transitou para o anterior executivo da AD, mas até hoje não foi aprovado.
No concurso nacional para Médicos de Família recém formados, foram atribuídas 22 vagas à ULS MÉDIO TEJO. Houve, segundo informações da ACSS, 6 candidaturas. As assinaturas dos contratos decorreM até 28 de junho próximo. Fazemos, sinceramente, votos para que todos os candidatos concretizem a sua intenção de prestar cuidados médicos no Médio Tejo.
Nota: em recente notícia da SIC sobre este tema houve confusão entre a ULS Médio Tejo e ULS Estuário do Tejo. O repórter da SIC, já apresentou desculpas à CUSMT.
VER também
https://muspsantarem.blogspot.com/2025/06/medicos-de-familia-apenas-12-vagas.html
𝐃𝐮𝐚𝐬 𝐦𝐞́𝐝𝐢𝐜𝐚𝐬 𝐝𝐨 𝐒𝐞𝐫𝐯𝐢𝐜̧𝐨 𝐝𝐞 𝐌𝐞𝐝𝐢𝐜𝐢𝐧𝐚 𝐈𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚 𝐝𝐚 𝐔𝐧𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐋𝐨𝐜𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐒𝐚𝐮́𝐝𝐞 𝐝𝐨 𝐌𝐞́𝐝𝐢𝐨 𝐓𝐞𝐣𝐨 (𝐔𝐋𝐒 𝐌𝐞́𝐝𝐢𝐨 𝐓𝐞𝐣𝐨) 𝐟𝐨𝐫𝐚𝐦 𝐝𝐢𝐬𝐭𝐢𝐧𝐠𝐮𝐢𝐝𝐚𝐬 𝐜𝐨𝐦 𝐩𝐫𝐞́𝐦𝐢𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐥𝐞𝐯𝐨 no 31.º Congresso Nacional de Medicina Interna, que decorreu recentemente em Coimbra.
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