Conforme o divulgado, a CUSMT reuniu no passado dia 26 de Agosto, com a Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo. O Conselho de Administração do CHMT fez-se representar pelo seu presidente e pelo director clínico e a Comissão de Utentes da Saúde por quatro dos seus elementos.
O presidente do CHMT começou por lembrar que há cerca de um ano e meio indicou ao Ministério da Saúde o nome duma personalidade da região para presidir ao Conselho Consultivo do CHMT. A sua tomada de posse é condição indispensável e primeira à constituição do referido Conselho Consultivo. Atendendo a que o ministério, ao que se saiba, não fez qualquer diligência nesse sentido, o CHMT continua sem Conselho Consultivo.
Como já tinha sido anunciado uma das preocupações da CUSMT é a eventualidade das medidas de poupança a implementar no CHMT virem a afectar a qualidade/quantidade de cuidados da saúde a prestar aos utentes. Sobre este assunto, fomos informados que não haverá alterações sobre a qualidade/quantidade de serviços a prestar.
Face à constatação de que o actual Conselho de Administração está a terminar o seu mandato, foi entendido pelos presentes, de que se tomariam notas da análise da actual actividade do CHMT assim como de eventuais propostas entretanto apresentadas. Neste espírito constatou-se que é necessário implementar uma nova prática de informação e comunicação que valorize a actividade do CHMT e envolva mais as comunidades regionais.
No entanto, respeitando as características próprias do CHMT e da comunidade envolvente é urgente que se defina e aplique uma estratégia para o sector da saúde, que envolva os diversos níveis de cuidados (saúde pública, primários, hospitalares, continuados e paliativos). Só assim se poderá verdadeiramente aspirar a uma utilização racional dos meios existentes beneficiando o nível de cuidados de saúde prestados na região.
Registe-se que foi entendido como necessários novos contactos para esclarecimento mútuo daquilo que entendemos como o modelo realista do sector da saúde na região. Ficou claro da nossa parte, que se deve encontrar o equilíbrio, entre as políticas de proximidade/qualidade. Para tal reafirmamos que é preciso o envolvimento de todas as entidades representantes das populações do Médio Tejo no sentido de evitar a degradação de alguns serviços.
Outra das questões concretas que colocámos foi em relação à problemática das listas de espera, tema recorrente colocado por parte dos utentes. Pelas informações recolhidas, quer nas consultas quer nas cirurgias, verificou-se uma ligeira melhoria (por razões que não foram mencionadas), no primeiro semestre do ano. Refira-se que neste mesmo período a “produção” do CHMT não destoou do conjunto das outras unidades hospitalares da ARLVT.
Mas, apesar de continuar a ser executado o CIGIC, as listas de espera de algumas patologias (p.e. Oftalmologia e ortopedia) são um problema sem perspectivas de resolução, pelo menos enquanto durarem os actuais constrangimentos provocados pela actual política de recursos humanos.
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo
Médio Tejo, 30.08.2010
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