NOTA da CUSMT:
CADA VEZ MAIS DIFÍCEIS AS CONDIÇÕES DE ACESSO A CUIDADOS DE SAÚDE DE PROXIMIDADE!
Os responsáveis governamentais, regionais e locais pelo sector da saúde para justificar o encerramento ou a prestação de serviços de proximidade têm usado o argumento da falta de recursos económicos. Que virão a dizer nos próximos tempos, face às medidas aprovadas (as mais duras dos últimos vinte anos) hoje no Orçamento de Estado. Às famílias é imposto a baixa ou estagnação dos seus rendimentos e obrigam, ao mesmo tempo, a pagar mais por todos os serviços públicos, ATÉ NA SAÚDE!
A CUSMT, colocará na Ordem de Trabalhos das reuniões dos Conselhos de Comunidade dos Agrupamentos de Centros de Saúde (a realizar em Dezembro), estes e outros atentados ao direito a cuidados de saúde de proximidade.
Ao mesmo tempo, não desistiremos de denunciar publicamente e junto de todas as entidades tudo o que afecta o direito à saúde por parte das populações do Médio Tejo.
Aos responsáveis políticos, ficava-lhes bem um pouco de humildade democrática e reconhecerem que andaram a fazer falsas promessas de elevados níveis de acesso a cuidados de saúde, nas eleições que se realizaram há pouco mais de um ano. Para a CUSMT, é à prestação de cuidados de saúde que se deve dar a prioridade das prioridades.
Médio Tejo, 26.11.2010
................................................................................................................................................................................................
(in O Mirante)
Utentes de Alcanena e Torres Novas ficaram sem tratamentos de fisioterapia perto de casa
Desde 25 de Outubro que os utentes de Alcanena e Torres Novas estão privados de tratamentos de fisioterapia perto de casa. Até aqui, existia um protocolo estabelecido entre o Hospital de Torres Novas e algumas clínicas privadas para conseguir assegurar um atendimento a todos os utentes mas, segundo apurámos, este protocolo terá sido suspenso por razões económicas, obrigando os utentes a procurar tratamentos em outros concelhos, nomeadamente em clínicas que têm protocolo directo com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT). O Centro de Saúde de Alcanena informa os utentes do encerramento do serviço e indicou como alternativas clínicas em Tomar, Ourém, Chamusca, Abrantes ou Entroncamento.
Manuel Jorge, de Alcanena, lamenta a situação. “O meu sogro teve um AVC e estava a recuperar ao fazer reabilitação numa clínica em Alcanena, mas agora tem que ir para Tomar ou Entroncamento porque no hospital a capacidade está lotada”, explicou. No Hospital de Torres Novas, a lista de espera para tratamentos de fisioterapia era de dois meses em Julho, situação que se deverá ter agudizado com esta medida. O MIRANTE procurou insistentemente obter esclarecimentos junto da ARS-LVT e Hospital de Torres Novas mas as respostas não chegaram até ao fecho desta edição. Sabemos, no entanto, que para breve está prevista uma reunião com responsáveis destas clínicas, a fim de discutirem o assunto.
“São centenas de pessoas prejudicadas com esta situação”, diz o terapeuta Rui Manuel da clínica “Cemefial” em Alcanena que atendia, por dia, entre 100 a 150 pessoas. “Há mais de 20 anos que existia um protocolo entre o Hospital de Torres Novas e algumas clínicas para fazer face à procura de tratamentos, mas agora os tratamentos passaram a ser feitos nas clínicas que apenas têm acordo com a ARS”, explica o responsável para quem as pessoas são as mais lesadas com esta medida. “Muitos não têm transporte próprio e têm que pagar pelo menos 40 euros de deslocações até ao Entroncamento, onde existe a clínica mais próxima”, exemplifica.
Rui Manuel diz que as pessoas estão descontentes e já por mais de uma vez se concentraram à porta da clínica a reclamar. O terapeuta lamenta ainda que, da parte da ARS, ninguém tenha explicado oficialmente o que está na base desta medida. Segundo o mesmo, o protocolo com o hospital não foi revogado mas também não estão a ser passadas as credenciais de tratamentos para estas clínicas. “Porque é que uma área tão grande fica sem fisioterapia?”, indaga.
“Maioria acaba por desistir dos tratamentos”
“Oitenta por cento dos nossos pacientes eram utentes que vinham através do centro de saúde pelo que corremos mesmo o risco de ter que dispensar alguns funcionários”, disse a O MIRANTE, por seu lado, Magda Mendes, massagista na clínica CEMEFI, em Torres Novas. De acordo com a mesma, há facturas de tratamentos para liquidar desde Junho e que a ARS tem vindo a devolver, mas é o facto de sentir que as pessoas ficam com a sua saúde prejudicada que mais a indigna.
“Há alguns que preferem pagar como se fosse no particular mas a maior parte das pessoas desiste e como não tem condições para poder deslocar-se a Abrantes e Ourém vão ser obrigadas a interromper os tratamentos”, aponta.
Também a essa clínica de reabilitação não chegou nenhuma informação oficial sobre o término do protocolo que tinham desde 1982 com o Hospital de Torres Novas. “Soubemos porque alguns dos nossos utentes solicitaram no centro de saúde transporte de ambulância. Ligaram-nos do centro de saúde a perguntar quando eram os tratamentos e quando viram que estes passavam de Outubro disseram que não era possível passar a credencial porque a ARS não reconhece estes protocolos”, lamenta.
. Um GRANDE PROBLEMA na pre...
. 16 julho - Reunião Comiss...
. MÉDIO TEJO: preparar a re...
. AUTÁRQUICAS 2025 (12 out)...
. Torres Novas: sábado, 5 j...
. TELECOMUNICAÇÕES NA ULSMT...
. Hospitais privados "fazem...
. ULS MÉDIO TEJO DÁ AS BOAS...
. Quase 80% dos utentes des...