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Corporação tem 23 ambulâncias paradas por falta de dinheiro para gasóleo.
Os Bombeiros Voluntários de Constância têm 23 viaturas paradas por falta de dinheiro para combustível, alerta o comandante da corporação do distrito de Santarém.
"Estamos a atravessar graves dificuldades financeiras e desde quinta-feira, dia 19 de fevereiro, que temos 23 ambulâncias para transporte de doentes paradas por não haver dinheiro para gasóleo", disse hoje à agência Lusa o comandante da corporação.
Em causa, apontou Adelino Gomes, estão "dívidas acumuladas do CHMT" - que integra os hospitais distritais de Abrantes, Tomar e Torres Novas -, "por serviços já prestados, desde setembro de 2014, mas ainda não pagos, e que ascendem aos 200 mil euros".
A corporação, com 110 bombeiros, tem os "ordenados e as obrigações para com o Estado em dia", disse Adelino Gomes, mas "apenas cinco viaturas ainda têm algum combustível para a prestação de socorro" na zona.
"Já deixámos de prestar os serviços requisitados pelo centro hospitalar, que constituem cerca de 80% dos trabalhos prestados pelas nossas ambulâncias, mas até quarta-feira, dia 25 de fevereiro, se os pagamentos não forem efetuados, vamos ter de parar toda a prestação de socorro, por estrangulamento financeiro e por falta de combustível, peças e manutenção de viaturas", notou.
Contactada pela Lusa, a administração do CHMT disse que os pagamentos estão em dia, tendo afirmado que, "no final de 2014, foram pagas à Federação dos Bombeiros todas as faturas conferidas até à data".
"O CHMT não tem qualquer acordo contratual individual com as corporações de bombeiros. O contrato do Centro Hospitalar do Médio Tejo é com a Federação dos Bombeiros e é a esta entidade que o CHMT efetua os pagamentos das faturas", segundo a informação enviada à agência Lusa pela administração do Centro Hospitalar.
O Conselho de Administração "tem feito um esforço para pagar as faturas à Federação, logo após a conclusão do processo de conferência das mesmas, apesar destas terem pagamento a 90 dias", concluiu.
Contactado pela agência Lusa, o vice-presidente da Federação Distrital dos Bombeiros de Santarém, José Viegas, disse que "o último pagamento efetuado pelo CHMT foi em agosto de 2014".
"Temos insistido com o CHMT para repor o estipulado, que é o pagamento a 90 dias, mas desde agosto do ano passado que nada foi pago", afirmou.
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