O Serviço de Sangue do Centro Hospitalar do Médio Tejo, EPE, tem mantido uma gestão equilibrada dos stocks de sangue, mesmo em tempos de pandemia.
Com mais de 6300 dádivas no ano de 2020, Leonor Gonçalves, diretora do Serviço de Sangue, regista com agrado “o aumento de mais de 600 novos dadores, muitos deles dadores jovens, mobilizados no último ano”.
A gestão do stock de componentes sanguíneos é difícil e têm de ser bastante rigorosa para manter o equilíbrio entre as dádivas e as necessidades em transfusões dos doentes da Instituição, tendo em conta os prazos de validade dos componentes sanguíneos. No caso das plaquetas a validade é de 5 dias e o sangue (concentrados de eritrócitos) tem validade de 42 dias. Estas condicionantes obrigam a uma gestão diária das dádivas e dos componentes sanguíneos produzidos, para responder eficazmente às necessidades da população.
O Serviço sempre foi autossuficiente em sangue e desde o início da pandemia, foi possível continuar a dar resposta às necessidades das três Unidades Hospitalares do CHMT e ainda enviar excedentes para outros hospitais, quer da Região de Lisboa, quer de outras áreas geográficas. “Enviamos sangue quando solicitado por outros hospitais, com mais regularidade para o Hospital de Santarém, IPO de Lisboa, Hospital de Santa Maria, Portalegre e até para Elvas. Felizmente temos conseguido dar resposta”, afirma Leonor Gonçalves.
O Serviço de Sangue do Centro Hospitalar do Médio Tejo garante assim o seu próprio fornecimento, como cada vez mais o fornecimento de sangue a todo o Distrito, através das frequentes entregas ao Hospital de Santarém.
A dinâmica do Serviço de Sangue do CHMT assenta muito no apoio dos dadores regulares do Serviço, mas também no apoio da Associação de Dadores de Sangue de Tomar, de instituições de ensino, de entidades sociais e empresariais da Região. No ano de 2020 cerca de 4.000 dadores deram 6300 dádivas.
Leonor Gonçalves destaca com satisfação “a mobilização da Comunidade, desde a Escola Prática de Polícia de Torres Novas, PSP, GNR, Associações de Bombeiros, mas também muitas empresas que têm manifestado disponibilidade para apoiarem o Serviço na dádiva de sangue”.
Recorde-se que, logo no início da Pandemia, a Escola Prática de Polícia de Torres Novas assegurou, durante cerca de uma semana, as necessidades de sangue do CHMT, com a dádiva por parte de alunos e profissionais da Escola, dando prova dos valores que caraterizam a missão da Polícia de Segurança Pública.
A existência destas dádivas têm garantido uma reserva ativa de sangue que ultrapassa as necessidades de toda a Região do Médio Tejo e ainda permite colaborar com outras entidades hospitalares, através de entregas regulares de sangue por parte do CHMT.
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